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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Catherine Zeta-Jones quer ser Susan Boyle no cinema






"Catherine Zeta-Jones quer transformar-se, imagine-se, em Susan Boyle. Como? É simples, a actriz quer viver o papel da cantora escocesa no grande ecrã. Para director do filme Zeta-Jones contará com a ajuda do não menos famoso James Cameron.
Catherine Zeta-Jones, considerada por muitos como uma das mulheres mais bonitas do mundo, quer transformar-se em Susan Boyle. A tarefa que, à partida, poderia parecer impossível já foi facilitada pelo Daily Mail, que se encarregou de fazer uma foto-montagem de Zeta Jones na pele de Susan Boyle... É uma espécie de: como transformar a bela num 'monstrinho'.(...)
Diz-se, inclusivamente que Catherine Zeta-Jones já tem um director e produtor para o filme... o premiado e mundialmente conhecido, principalmente depois de 'Titanic', James Cameron. (..)"

visao.pt Quarta-feira, 29 de Abr de 2009 15:56

Susan Boyle aliciada para filme pornográfico

"A cantora mais mediática do momento, que admitiu nunca ter sido beijada por ninguém aos 47 anos, no programa Britain's Got Talent, foi aliciada pela indústria pornográfica para participar num 'filme para adultos'.
O New York Daily News avançou, na terça-feira, que Susan Boyle terá recebido uma oferta de um milhão de dólares para protagonizar "um filme para adultos". Será que vai aceitar?
"Com 47 anos, nunca fui beijada por um homem", admitiu esta britânica que surpreendeu e cativou o mundo com a sua voz magnífica.
A sua actuação emotiva, do tema "I Dreamed a dream" que integra o musical "Les Miserables", está a ser divulgada por todo o planeta e Susan Boyle tornou-se, agora, o maior fenómeno mediático dos últimos tempos."

visao.pt Quarta-feira, 22 de Abr de 2009 10:52

Elaine Paige, a cantora da Ópera "EVITA" admite gravar com Susan Boyle

"Elaine Paige, the singer, has hinted that she would like to perform a duet with Britain's Got Talent sensation Susan Boyle.
Elaine Page wrote that she had been overwhelmed with emails about Susan Boyle, and suggested: 'Perhaps we should record a duet?'"

TELEGRAPH.CO.OK By Simon Johnson, 22 Apr 2009 9:57AM

Meu Comentário: ainda a procissão vai no adro! O que mais se seguirá?

Fotos:
1.2. Catherine Zeta-Jones;
3. Fotomontagem do Daily Mail;
4. Susan Boyle;
5. Elaine Paige

«Santana Lopes não tem perfil de rigor e ascetismo»


"A presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Paula Teixeira da Cruz (PSD), reitera que Santana Lopes não tem o perfil de "rigor" e "ascetismo" que defende para a presidência da autarquia da capital.
Em entrevista à Lusa, Paula Teixeira da Cruz reafirmou também que a coligação do PSD com o CDS-PP em Lisboa irá "acantonar" os sociais-democratas à direita.
A seis meses de terminar o mandato à frente da Assembleia Municipal, Paula Teixeira da Cruz diz que não vai "andar por aí", irá dedicar-se à sua actividade profissional, intervir civicamente e como "militante de base" do PSD.
A presidente da Assembleia Municipal não assistiu ao lançamento da candidatura de Pedro Santana Lopes, no sábado, numa declaração na Internet, mas continua a considerar que o cabeça-de-lista social-democrata a Lisboa deveria ter outro perfil.
"Lisboa, no estado em que se encontra, exige um perfil de muito rigor e algum ascetismo. Gostaria de ver alguém que tem um discurso para Lisboa e que já fez por Lisboa", afirmou, referindo que "estas questões não são pessoais, são institucionais".
"É evidente que não penso que esse seja o perfil do doutor Pedro Santana Lopes", declarou.(...)
"Sou uma voz livre e tenciono continuar a ser uma voz livre"."

DESTAK.PT/LUSA - 30|04|2009-09.45H

Meu Comentário:
Lá que Santana não é um mocinho muito de se confiar já todos nós sabíamos.
Mas quanto a "ascetismo", o conceito está um bocadinho deslocado no tempo e no espaço.
Não estamos na Idade Média e isto aqui também não são os Himalaias...
Já nem no "Nome da Rosa" de Umberto Eco, o ascetismo, nesse caso cristão, abundava.
Francamente, lá por Santana gostar de umas miúdas e de uns copos, um pézinho de dança nas discotecas da 24 de Julho, vamos criticá-lo por falta de "ascetismo"?
Não posso imaginar como seriam as "Santanettes" - versão ascética!

Gripe suína: OMS aumenta o nível de alerta


Gripe Suína: OMS sobe alerta para nível 5

"A Organização Mundial de Saúde subiu esta noite o nível de alerta de gripe suína para 5, numa escala em que 6 é o máximo. A decisão foi tomada durante mais uma reunião de emergência. Margaret Chan, da OMS, explicou esta decisão com a propagação rápida do vírus que está a ser verificada e apelou aos países para que activem os respectivos planos pandémicos."

RDP Antena1, 2009-04-30 11:02:46

Ilustração: HenriCartoon

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Voltámos ao tempo dos interrogatórios pidescos?


"Vários meses depois de a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, ter sido recebida com ovos, a Inspecção-Geral de Educação (IGE) foi ouvir os estudantes, maiores de 16 anos, da Escola Secundária de Fafe. A Associação de Pais contesta o método de interrogatório que, diz, incentiva a um "comportamento denunciante" e "é absolutamente inconcebível depois do 25 de Abril".

Os pais já enviaram cartas ao procurador-geral da República, ao provedor de Justiça e aos grupos parlamentares. A IGE assegura, através de ofício, que nada de ilegal ocorreu.

O protesto que deu origem às averiguações da IGE ocorreu em Novembro. Maria de Lurdes Rodrigues dirigia-se a um edifício próximo da Escola Secundária de Fafe, para participar numa sessão de entrega de diplomas do programa Novas Oportunidades, quando cerca de 200 alunos se aproximaram, vaiando a ministra e arremessando ovos contra as viaturas oficiais. A ministra nem chegou a sair do automóvel e a manifestação não durou muito, ao contrário das consequências, que se prolongaram no tempo.

O conselho executivo da escola, os pais e as associações sindicais vieram a terreiro criticar a forma como os estudantes protestaram contra o estatuto do aluno. Mas nem assim os ânimos serenaram. Vinte quatro horas depois, em Baião, miúdos armados com ovos esperaram por um governante que não apareceu. E, dias mais tarde, era a vez de os secretários de Estado Jorge Pedreira e Valter Lemos serem alvejados com ovos e tomates, em Lisboa, ao que reagiram dizendo não acreditar que as manifestações fossem espontâneas.

“As perguntas feitas aos alunos permitem-nos deduzir que é isso que pretenderão provar — que eles foram manipulados, nomeadamente pelos professores”, comentou ontem, em declarações ao PÚBLICO, Paulo Nogueira Pinto, ele próprio docente (noutra escola) e pai de uma das alunas interrogadas pelo inspector da DGE. “Como é que souberam que a ministra vinha a Fafe? Quem é que se lembrou de fazer a manifestação? Os professores deram aulas? Marcaram faltas a quem não esteve na sala? Como é que os alunos saíram da escola? Estava algum funcionário à porta?”, desfia Nogueira Pinto, exemplificando perguntas a que a sua filha, aluna do 10.º ano, teve de responder.

Segundo diz, ela foi escolhida “de forma mais ou menos aleatória”. Estava a terminar uma aula de Educação Física quando o inspector pediu ao professor que lhe indicasse alunos com 16 anos ou mais. “Ela fazia parte do grupo e, como já tinha acabado os exercícios, foi indicada ”, explicou.

Nogueira Pinto diz não duvidar da veracidade do esclarecimento da DGE que, em resposta à sua reclamação, informa que o interrogatório foi legal na medida em que foi feito a jovens maiores de 16 anos, imputáveis para fins penais. Insiste, no entanto, que, “do ponto de vista ético, o método é profundamente incorrecto”.

Aquele pai contesta o facto de a aluna, de 16 anos, ter sido levada para uma sala que não conhecia para ser interrogada durante cerca de uma hora, e também o facto de, na sua perspectiva, ter sido “incitada a acusar e denunciar pessoas, nomeadamente os seus professores, pelos quais se espera que tenha respeito como figuras de autoridade”. “No fim, fizeram-na assinar uma folha com a suposta transcrição das suas declarações, feitas por uma pessoa que a DGE identifica como sendo o secretário do inspector”, relatou.

O presidente da associação de pais, Manuel Oliveira Gonçalves, diz que mal foi alertado para o que estava a acontecer, durante o mês de Março, se dirigiu ao conselho executivo, que disse desconhecer como estavam a ser escolhidos os alunos e como decorriam as audições. E que, por isso, auscultou alguns dos estudantes ouvidos, cujos relatos coincidiam com o da filha de Nogueira Pinto.

“Assim como criticámos os alunos pela forma como se manifestaram, agora questionamos a legalidade e a legitimidade de um interrogatório deste tipo”, afirmou ontem Manuel Gonçalves. Não se considera “satisfeito com o esclarecimento” dado a Nogueira Pinto. “Por um lado, custa-me a crer que seja legal. Mas, ainda que assim fosse, não é legítimo. Eu nem queria acreditar que isto estava acontecer, tantos anos depois do 25 de Abril”, comentou.

O PÚBLICO contactou o vice-presidente do conselho executivo da escola, Rui Fonseca, que, dando conta da ausência do presidente, não quis comentar o assunto, alegando desconhecer pormenores. Também o Ministério da Educação, através do assessor de imprensa, Rui Nunes, se escusou a prestar qualquer esclarecimento."

Graça Barbosa Ribeiro - PÚBLICO.PT - 29.04.2009 - 07h24

Foto: Massimilano Uccelletti

Cidadãos lançam petição em defesa do solo agrícola do país


"Portugal já não é rico em solos férteis, mas uma recente legislação veio retirar a garantia de que os que existem serão preservados. É esta a principal crítica — e preocupação — de um grupo de cidadãos que pôs a circular na Internet uma petição em defesa da Reserva Agrícola Nacional (RAN).
No final do mês passado, foram aprovadas alterações ao regime da RAN que, segundo os subscritores, não melhoraram a lei anterior, antes a alteraram por completo. Por isso, apelam a que os deputados à Assembleia da República introduzam alterações que permitam que os solos sejam salvaguardados para a produção de alimentos.

A petição foi posta a circular na segunda-feira em www.peticao.com.pt/reserva-agricola-nacional e já conta com cerca de 450 assinaturas, entre as quais a do arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles, um dos ideólogos das reservas agrícolas e ecológicas nacionais.

Os subscritores da petição criticam algumas das alterações introduzidas, as quais, referem, foram “escamoteadas ao escrutínio público durante a preparação do diploma”. “Permitir a incondicional florestação dos solos agrícolas, excluir da RAN áreas destinadas a habitação, actividades económicas, equipamentos e infra-estruturas — subalternizando a defesa dos poucos solos férteis do país a necessidades que podem ser colmatadas de outras formas — e as numerosas utilizações de áreas da RAN para outros fins” são as principais questões apontadas.

Uma das principais críticas tem a ver com o facto de se prever que a delimitação da RAN tenha em atenção outros usos para o território. E argumentam que esses usos podem procurar localizações alternativas enquanto o solo agrícola tem uma “localização única, cada vez mais rara no contexto nacional, e insubstituível”."

Ana Fernandes, Público.Pt - 29.04.2009

Pode ler e assinar a petição em: http://www.peticao.com.pt/reserva-agricola-nacional
A mesma já contava com cerca de 900 assinaturas às 23 horas.

Yes, We Can !


Os 100 dias da presidência Obama

"O presidente norte-americano completa hoje 100 dias de mandato com a maioria dos norte-americanos a darem um voto favorável ao seu desempenho.
Numa altura em que 64 por cento dos norte-americanos aprovam a governação de Barack Obama, analistas consideram também que as sondagens são um indicador de que será nos próximos 12 meses que se poderá decidir o futuro político do novo Presidente. Desde que tomou posse a 20 de Janeiro, Obama tomou muitas medidas e cumpriu algumas promessas.
A decisão de encerrar o centro de detenção de Guantanamo, no prazo de um ano, e a anulação da proibição ao uso dos fundos federais para subsidiar organizações internacionais que pratiquem ou forneçam informação sobre o aborto foram duas das medidas que marcaram uma ruptura, com a política controversa de luta contra o terrorismo de George W. Bush e com os valores conservadores que este representava.
Em relação ao cumprimento de promessas eleitorais, levantou restrições a viagens e ao envio de remessas para Cuba dos cubanos residentes nos Estados Unidos e levantou restrições ao financiamento público da investigação sobre células estaminais embrionárias.
A crise financeira ocupou grande parte do tempo do presidente norte-americano, que aprovou um plano de relançamento de 787 mil milhões de dólares a três anos e tomou também medidas para travar o arresto de bens imobiliários, ajudar os bancos e os construtores automóveis, tendo ainda aprovado um primeiro orçamento."

EXPRESSO/Lusa Quarta-feira, 29 de Abril de 2009 10:17
Cartoon: Stephane Peray

Cão português para Obama em Banda Desenhada





Mike Peters - The Providence Journal/ Expresso, 25 a 28 de Abril de 2009

Manuela Ferreira Leite quer suspensão da actual avaliação


"A presidente do PSD defendeu hoje a suspensão do actual modelo de avaliação dos professores e a aprovação de um novo modelo de avaliação externa e sem quotas administrativas."

"Nem quero advogar o estatuto de adivinho, mas esta trapalhada toda ainda acaba num processo inspirado num qualquer dos arquipélagos e devidamente abençoado pelo bloco central dos interesses e de outras coisas mais. Mas com requintes que pretendem projectar uma vaga neoliberal e datada mas que teima em enquadrar o presente e a projectar-se no futuro; e questiono-me: avaliação externa feita por quais privados?"

Paulo Prudêncio às 23:00 in CORRENTES 28 de abril de 2009

Parlamento recebe Movimentos de Professores


ENCONTRO COM O GRUPO PARLAMENTAR DO PSD

No passado dia 28 de Abril, Mário Machaqueiro e Ricardo Silva, representando a APEDE, e Ilídio Trindade, representando o MUP, reuniram na Assembleia da República com o deputado Pedro Duarte, em representação do Grupo Parlamentar do PSD. Na impossibilidade de se fazer representar, o PROmova delegou a sua representação nos dois movimentos presentes.

Este encontro teve como objectivo sensibilizar o Grupo Parlamentar e a própria Direcção do PSD para as seguintes preocupações dos professores:

A necessidade de que os partidos da oposição assumam publicamente, de forma clara, um compromisso de ruptura com as políticas que a actual maioria PS tem querido impor à classe docente e às escolas deste país, compromisso que, indo ao encontro das principais reivindicações dos professores, tenha expressão nos programas eleitorais.

A concretização do pedido de fiscalização da constitucionalidade dos diplomas relativos ao modelo de avaliação do desempenho.

Em relação ao primeiro ponto, tivemos oportunidade de transmitir ao deputado Pedro Duarte o anseio que os professores têm de ver cancelada a divisão iníqua da carreira docente entre titulares e não titulares e de ser avaliados por um modelo que dignifique a sua profissão. Mostrámos também as dificuldades que hoje se colocam aos professores contratados e a necessidade de assegurar todas as condições que os retirem de uma precariedade artificial, a qual está a ser suscitada por um conjunto de disposições legais que os menorizam injustamente face aos outros professores, em particular no que toca à obrigatoriedade da prova de ingresso, aos impedimentos que se levantam ao completamento de horários nas escolas em que são colocados, etc. Manifestámos ainda a preocupação pelo anúncio do fim dos concursos nacionais de colocação de professores, salientando que o carácter nacional dos mesmos é, nas condições actuais do mercado de trabalho, uma condição fundamental para a transparência e para a equidade do processo de colocação dos docentes. Por fim, relembrámos os piores aspectos do modelo de administração escolar cuja imposição está em curso, dando o exemplo do Agrupamento de Santo Onofre como um caso exemplar da prepotência do Ministério da Educação que torna letra morta qualquer veleidade de autonomia escolar efectiva. Sublinhámos que, para todos estes aspectos, os partidos da oposição deverão apresentar propostas alternativas capazes de gerar consensos e de conquistar um apoio alargado entre os professores.

E acrescentámos: se o novo cenário pós-eleitoral não romper decididamente com as actuais políticas para a educação, é certo e garantido que a paz não irá regressar às escolas e que os professores se voltarão a unir para lutar contra as mesmas, sendo esta uma realidade que os partidos da oposição têm de ponderar seriamente.

Quanto ao ponto relativo ao pedido de fiscalização da constitucionalidade das leis supracitadas, o deputado Pedro Duarte garantiu-nos que a iniciativa parlamentar está em andamento e que o PSD se ofereceu para assegurar o número de deputados necessário a esse pedido, no caso de os outros partidos não conseguirem reunir tal número.

Num futuro próximo, é nossa intenção reunir com representações dos restantes partidos da oposição, encontrando-nos, se possível, com as direcções dos mesmos ou com as suas secções responsáveis pela definição programática das políticas de ensino, a fim de obter junto destas organizações algum compromisso público que as vincule numa atitude de clara rejeição dos modelos desenvolvidos pela equipa que, em má hora, tomou conta do Ministério da Educação.

Publicada por ILÍDIO TRINDADE em MUP, Quarta-feira, 29 de Abril de 2009

terça-feira, 28 de abril de 2009

Message in a Bottle


Papel escrito em 1944 por sete jovens judeus encontrado em Auschwitz

"Foi encontrado, durante umas obras perto do campo de concentração nazi Auschwitz-Birkenau, na Polónia, um manuscrito dentro de uma garrafa escrito por sete jovens judeus aí detidos.
O texto está escrito a lápis e datado de 9 de Setembro de 1944. Lêem-se os nomes dos sete jovens, os seus números no campo de concentração, o local onde nasceram e a violência que os rodeava.
Segundo responsável pelo museu de Auschwitz dois desses jovens, um francês e um polaco, sobreviveram.
A garrafa estava escondida dentro de uma parede de cimento de uma escola que os rapazes foram obrigados a construir, a poucos metros no campo de concentração.
O responsável pelo museu disse ainda que os autores da nota eram «jovens que tentaram deixar algum vestígio da sua experiência»."

SOL, 3a-feira, 28 Abril 2009

Meu Comentário:
Que fique para memória futura o sofrimento de todas as vítimas dos campos de concentração nazis e das suas famílias, que se prolongou por gerações.
Que mais ninguém venha dizer que o Holocausto nunca existiu!

Não sigam apelos irresponsáveis: a entrega da ficha de auto-avaliação é obrigatória


"O colega Ricardo, editor do blog Profslusos* publicou, hoje, um dos posts mais esclarecedores sobre a questão da recusa da entrega dos objectivos individuais versus entrega da ficha de auto-avaliação. É uma irresponsabilidade (...) apelar à recusa na entrega da ficha de auto-avaliação. E são injustos os que acusam de incoerência os colegas que não entregaram os OI e que agora pensam entregar a ficha de auto-avaliação. Não existe nada na lei que diga que a entrega dos OI é obrigatória, ao contrário do que sucede com a auto-avaliação. Acusar os sindicatos de hipocrisia pelo facto de estarem a apelar à entrega da ficha de auto-avaliação acompanhada de texto crítico não passa de um radicalismo infantil e irresponsável. Algo, que a ser seguido por alguém, pode trazer consequências desastrosas para os colegas que se deixarem embalar pelos apelos à irresponsabilidade. O Ricardo explica isso muito bem com o recurso ao cruzamento do ECD (artigos 41º e 44º) com o Estatuto Disciplinar dos Trabalhadores que exercem Funções Públicas (artigos 17º e 18º da Lei 58/2008). As consequências podem ser graves: para além da não contagem do tempo de serviço para efeitos de progresso e acesso na carreira e renovação de contrato (artigo 41º do decreto-lei 15/2007), pode conduzir à pena de suspensão (artigo 17º do Estatuto Disciplinar). A alínea i do artigo 17º da Lei 58/2008 não deixa dúvidas: "a pena de suspensão é aplicável...quando violem os procedimentos de avaliação de desempenho...".(..)"

RAMIRO MARQUES em Profavaliação, Segunda-feira, 27 de Abril de 2009

*O Blog Profes Lusos tem um link na barra lateral.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Fazer downloads ilegais merece cortar acesso à Internet?


"O debate sobre downloads ilegais é tão antigo quanto a Internet, pelo menos desde que há largura de banda suficiente para deixar passar música e filmes. Mas nenhuma proposta tinha ido tão longe como a que será discutida quarta-feira no Parlamento francês. Propõe-se que, depois de dois avisos, os cibernautas que descarregam música sem pagar fiquem impedidos de aceder à Internet. Entre os acérrimos defensores e os que deploram a lei, todos procuram responder à pergunta: há ou não violação da liberdade de expressão?

A lei Criação e Internet já foi reprovada, mas apenas por 21 votos contra 15. As abstenções foram torrenciais, pois o Parlamento francês tem 577 deputados. Mas, apesar dessa reprovação, voltará a ser debatida na quarta-feira. É apoiada pelo Presidente Nicolas Sarkozy e é também conhecida por Lei Hadopi, o acrónimo em francês de Alta Autoridade para a Difusão de Obras e Protecção dos Direitos na Internet - a organização que, caso a lei seja aprovada, ficará responsável pela aplicação de sanções.

Esse é, aliás, um dos aspectos mais polémicos da lei: ficar nas mãos de uma entidade não judicial a decisão de impedir um cidadão de aceder à Internet. Mas o principal argumento de quem contesta a proposta é o facto de se poder estar a restringir direitos fundamentais como a liberdade de expressão e o acesso à informação.

O projecto francês foi na semana passada centro de uma polémica na União Europeia, entre os eurodeputados e o Conselho Europeu, e está a pôr em causa a aprovação de legislação sobre telecomunicações.

Na quarta-feira, os eurodeputados da Comissão para a Indústria, Investigação e Energia aprovaram uma emenda proposta pela eurodeputada Catherine Trautmann, antiga ministra da Cultura francesa e socialista. A emenda diz que "nenhuma restrição pode ser imposta aos direitos e liberdades dos utilizadores finais sem decisão prévia das autoridades judiciais". Ou seja, é contestada a proposta francesa de criar a Hadopi.

Essa emenda já tinha sido aprovada pelo Parlamento Europeu numa primeira leitura, mas foi rejeitada pelo Conselho Europeu em Outubro. Agora debate-se até que ponto é que a emenda aprovada impede a aplicação da proposta de lei francesa.

Para a ministra da Cultura francesa, Christine Albanel, a lei Criação e Internet não está em causa. "A emenda não impedirá a França de adoptar a sua lei, pois a suspensão do acesso à Internet após várias advertências não é um atentado aos direitos e liberdades fundamentais", disse à AFP. Já Trautmann defende que "um debate nacional não pode ter prioridade sobre a decisão de 27 países da UE".

A proposta de lei francesa é inédita e deixa os especialistas na expectativa. "Parece-me que se está a ir longe de mais", diz Patrícia Akester, advogada e investigadora do Centro para a Propriedade Intelectual e Direito da Informação na Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

"Na perspectiva do utilizador pode defender-se que, se for negado o acesso à Internet, se consubstancia uma anulação do direito de liberdade de expressão", diz a investigadora, que sublinha o facto de haver outras hipóteses antes de se cortar o acesso. "Há a possibilidade de usar medidas tecnológicas para proteger os direitos de autor e outras medidas que não foram exploradas". A proposta francesa, diz, é precipitada, "requeria mais estudo para que se chegasse a uma solução justa e equilibrada".

A legislação sueca permite que um titular de direitos de autor peça em tribunal que seja revelada a identidade do utilizador de um endereço que possibilite downloads ilegais. O modelo proposto em França já foi rejeitado em Espanha, onde a Coligação de Criadores e Indústrias de Conteúdos propõe agora centrar-se na punição das páginas que permitem cópias ilegais.

Em Portugal, a violação de direitos de autor pode ser penalizada com uma pena de prisão até três anos. Mas o que está a ser debatido em França é inédito por se dirigir aos utilizadores finais e não aos fornecedores de acesso à Internet ou os promotores de sites de downloads ilegais.

"É uma solução estranha, porque nunca se foi tão longe na perseguição ao consumidor final", explica Manuel Lopes Rocha, especialista em propriedade intelectual do escritório de advogados PLMJ. Lopes Rocha antevê um cenário em que a lei é aprovada no Parlamento mas poderá depois ser chumbada pelo Tribunal Constitucional francês, por poder colidir com o direito de liberdade de expressão.

"Goste-se ou não, há hoje enorme discussão no mundo dos direitos de autor sobre os direitos fundamentais", adianta. "A França teve o mérito de desencadear o debate, mas deve ficar por ali, porque vários países já anunciaram que não vão seguir esse caminho"."

Público.Pt. - Isabel Gorjão Santos, 27.04.2009 - 08h49

Meu Comentário:
A pouco e pouco, vamos vendo aparecer algumas situações em que os direitos e liberdades dos cidadãos começam a ser colocados em causa.

A pretexto da punição da pirataria informática, pode ver-se seriamente restringida a liberdade de acesso e navegação livres na Internet, quando, na verdade, as verdadeiras razões se prendem com os interesses económicos das empresas de telecomunicações; às mesmas interessa, obviamente, ganhar mais, em função de pacotes de sites pagos, que os cidadãos terão de subscrever, como se fosse um serviço de televisão por cabo, por exemplo.

O produtor de cinema Paulo Branco e a actriz Catherine Deneuve já se manifestaram contra esta medida. Isto é bastante significativo pelo facto ambos estarem envolvidos na indústria cinematográfica e lhes interessar, nessa conformidade, combater a pirataria e proteger os direitos de autor. Mas para eles a liberdade dos cidadãos não pode, apesar disso, ser ameaçada.

domingo, 26 de abril de 2009

Menina Júlia de August Strindberg no Teatro D. Maria II


Tipicamente nórdico, o minimalismo da cozinha onde se desenrola esta peça de Strindberg. Cenário todo em tons de branco pastel, sem qualquer decoração; nas paredes, apenas o estritamente indspensável: as frigideiras penduradas e a campainha pela qual o Sr. Conde chamava os criados.

Três personagens principais interpretadas por Beatriz Batarda, Albano Jerónimo e Isabel Abreu, movem-se como triângulo amoroso num torvelinho de emoções à flor da pele, termina em tragédia, à boa maneira escandinava.

Tudo decorre numa noite com baile, sexo, sangue, vinho e muitas dúvidas existenciais. Certezas, só uma, a da precariedade da vida e do fim inevitável.

Vale sempre a pena o trabalho de Beatriz Batarda, que já nos habituou às tragédias e dramas passionais, e, Albano Jerónimo, muitos furos acima do que revelou como Carlos da Maia numa adaptação execrável de “Os Maias” de Eça de Queirós, que Moita Flores escreveu para a SIC há alguns anos. Este actor vale mais do que as telenovelas o deixam mostrar.

A peça está bem conseguida no seu todo e a sala Garrett é um espaço adequado a este tipo de produções clássicas. Sentimo-nos no tempo do século XIX, onde cabe a acção deste drama.

Pode jantar-se ou tomar um snack no bar “Amo-te” de Pedro Miguel Ramos, dentro do próprio Teatro.


MENINA JÚLIA - Ficha técnica:
De August Strindberg | tradução Augusto Sobral | encenação Rui Mendes | cenografia Manuel Amado e Ana Paula Rocha | figurinos Ana Paula Rocha | luz Carlos Gonçalves | música Rui Rebelo | com Beatriz Batarda, Albano Jerónimo e Isabel Abreu | figurantes Ana Gil, Bruno Gonçalves, Nuno Nolasco, Raimundo Cosme, Regina Gaspar e Teresa Athayde | assistência de encenação Maria Arriaga

Sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II até 24 de Maio, de quarta-feira a sábado às 21:30 e domingo às 16:00.

Orgia em Castelo Suiço copia Kubrick



Enquanto geríamos como podíamos o nosso dia 25 de Abril, a classe abastada suíça tinha à sua disposição um convite para uma orgia de luxo num castelo, promovida por um site em língua alemã.
Nada de extraordinário, não fosse a coincidência do dia e da estética. Abrindo o site, a primeira coisa em que pensei foi como é falha de originalidade a indústria do sexo.
O site convidava à inscrição, dava o preço por casal, colocava restrições à indumentária, que devia ser de cerimónia e informava que a localização do castelo só seria dada a conhecer após a confirmação da inscrição e respectivo pagamento.
Ao mesmo tempo, um vídeo promocional enchia-nos os olhos com imagens sedutoras q.b.: lindas modelos a saírem de carros de luxo e entrando em salões sumptuosos, vestidas com longos vestidos de alta costura e máscaras no rosto, como no Carnaval de Veneza. Eles, igualmente mascarados, mas de smoking.
Mas, o que ressalta de imediato é a semelhança com o último filme de Stanley Kubrick. É absolutamente gritante.
Quem viu o filme “Eyes Wide Shut”, uma verdadeira obra-prima do cinema contemporâneo, reconhece neste vídeo um plágio descarado.
Desde o porte das modelos, até aos carros, passando pelos cenários e pelas máscaras venezianas emplumadas, tudo é absolutamente copiado da festa de sexo, num castelo, a que a personagem interpretada por Tom Cruise comparecia, às escondidas da mulher, interpretada por Nicole Kidman.
Não é fácil esquecer a mestria de Kubrick e cada um dos seus filmes é um marco na memória, pelas emoções que desencadeia, quer ao nível da estética, quer dos sentimentos.
“Eyes Wide Shut” é forte, estranho e interpelador. É impossível esquecê-lo ou ficar-lhe indiferente. É um filme que constitui um símbolo, quer por ser o último deste grande cineasta, como também por ter sido o último que Cruise e Kidman interpretaram enquanto ainda viviam juntos.
Será que a festa do castelo suíço se dirigia aos cinéfilos, estetas, saudosos de Kubrick? Ou será que a organização tem falta de imaginação e rouba as ideias dos outros?
Só faltava que a música de fundo da festa fosse a Valsa nº2 de Shostakovich e o anfitrião do castelo fosse o fantasma de Kubrick…


Fonte: castleevents.com

Voluntariado - Os primeiros frutos estão aqui!


Agrupamento de Escolas D. Dinis recruta Voluntários

"O Agrupamento de Escolas D. Dinis, em Odivelas, está a recrutar voluntários para funções administrativas, implementação de projectos e organização de eventos. Aos voluntários será pago o subsídio de refeição e transporte.

De acordo com Ana Manuela Gralheiro, directora do Agrupamento de Escolas D. Dinis, que está sediado na E.B. 2.3 dos Pombais, este recrutamento deve-se à falta de pessoal não docente qualificado para os Serviços Administrativos da Escola e a organização de eventos.

A oferta destina-se em especial aos jovens das áreas de Sociologia, Animação, Psicologia, Administração, Novas Tecnologias e Serviço Social ou a professores aposentados.

No final do voluntariado (data a marcar pelo voluntário), será passada uma "carta de recomendação" pela Direcção Executiva do Agrupamento."

(recebido por e-mail)

Ao que chegámos!

D. Nuno Álvares Pereira - o oitavo Santo português


Esse mesmo, o bravo combatente da Batalha de Aljubarrota, que deu bordoada nos castelhanos, foi hoje canonizado pelo Vaticano. Tornam-se assim oito os Santos portugueses.
Tínhamos de ser bons nalguma coisa, caramba!


"D. Nuno Álvares Pereira foi proclamado santo esta manhã, às 10h33 (09h33 em Lisboa) no Vaticano, perante milhares de pessoas, entre elas duas mil portuguesas. O Papa sublinhou a dimensão de "herói" do novo santo português mas não referiu a sua generosidade.

O Papa Bento XVI referiu-se, há poucos minutos, a Frei Nuno de Santa Maria, o oitavo santo português proclamado em Roma às 10h33 (09h33 em Lisboa), como "herói e santo de Portugal", que viveu numa época em que a nação consolidou "a sua independência de Castela". (...)

Frei Nuno de Santa Maria torna-se assim o oitavo santo português desde a fundação da nacionalidade. A última portuguesa a ser proclamada santa foi Beatriz da Silva, que viveu entre cerca de 1426 e 1492, tendo fundado a congregação da Imaculada Conceição. A lista dos restantes portugueses canonizados pela Igreja Católica inclui São Teotónio, Santo António, a Rainha Santa Isabel, João de Deus, Gonçalo Garcia e João de Brito.

Santo António protagonizou a mais rápida canonização da história – menos de um ano após a sua morte, pois nessa época a Igreja não exigia o reconhecimento de curas milagrosas. Gonçalo Garcia nunca viveu em Portugal: era filho de um português e de uma indiana, tendo nascido na Índia em 1557 e morrido mártir em Nagasaqui (Japão), como frade franciscano em 1593."

António Marujo, PÚBLICO.PT - 26.04.2009 - 10h08 em Roma

Afinal, eles não são Xutos. São só Pontapés!


A propósito da canção "Sem Eira nem Beira" que publiquei no dia 16 de Abril de 2009, impõe-se a seguinte correcção e esclarecimento:

Eu, o Antero e mais outros colegas bloggers parece que andámos enganados a respeito das intenções dos Xutos e Pontapés ao fazer a canção “Sem Eira nem Beira”.

Na edição desta semana do "Sol", um dos membros dos XUTOS E PONTAPÉS, o Zé Pedro, diz mesmo: «Não queremos ser embrulhados em coisas políticas» e «eu até gosto muito do Sócrates».

A música é má, Kalu não sabe cantar, eventualmente o único interesse da canção seria o seu possível aproveitamento político.
Se tal não tem cabimento, por esse motivo, removi-a deste Blog.


Imagem do Kaos

25 de Abril - sensação de tristeza e desânimo



Parece ter sido geral o sentimento de que alguma coisa se perdeu e não se recuperou.
Talvez a alegria e a esperança de outrora já não possam mesmo ter lugar.
Muita depressão e arrependimento por ter votado "neste" Partido Socialista deve andar por aí, o que ditou um 25 de Abril morno, triste, desmobilizado.

Os mais antigos, que viveram a festa de esperança e entusiasmo em 1974, ficaram em casa ou foram para o CCB ouvir concertos de Bach em catadupas.
É bom, é bonito, a gente evade-se e embebeda-se de beleza e emoção, numa fruição estética que nos afasta do que se passa na realidade concreta.
Eu própria tive a tentação de "fugir" para lá e embebedar-me de Bach...

Mas quis ver de perto este 25 de Abril, passados 35 anos.
E o que vi não foi de molde a deixar dúvidas: estamos mesmo no fundo!

Os mais jovens, ainda não eram nascidos, não sabem de nada.
Contudo, se havia alguns pólos de entusiasmo no desfile, eram mesmo constituídos por alguns grupos de jovens, que, vendo a sua vida muito complicada, aproveitam a oportunidade para protestar; pode ser que alguém os oiça.

O Jornal de Notícias de hoje noticia:

"Vidas para lá dos 500 euros.
Ninguém escapa hoje ao contacto com os call centers. O sector emprega cerca de 50 mil pessoas, na sua maioria jovens ou recém-licenciados."


Com este panorama de desemprego, sub-emprego, precariedade, exclusão, pobreza galopante, autoritarismo e demagogia, seria de esperar que "a grande massa" (perdoem-me o chavão) aproveitasse para comparecer em força às ruas para manifestar o seu descontentamento. Tal não aconteceu. Se calhar, estão conformados. Ou estarão somente cansados?

Algo tem de ser repensado. Talvez as pessoas tenham direito ao recolhimento e mesmo à depressão.
Só espero que recuperem dela a tempo de não voltar a dar o benefício da dúvida a esta equipa governamental, pois isso seria o descalabro deste país.


Ilustrações:
1. Jornal "O Libertário"
2. Henri Cartoon

Vital Moreira ataca os Professores


"Vital Moreira, foi, no Congresso do Partido Socialista, dado a conhecer como cabeça de lista deste partido nas próximas eleições para o Parlamento Europeu. Vital Moreira é uma personalidade com um passado e um presente político conhecido de boa parte dos portugueses.

O que, talvez, nem todos saibam é que este mestre de Direito nutre um profundo desprezo pela classe docente, só comparável ao da actual Ministra da Educação. De facto, em 18 de Novembro de 2008, no jornal "Público", Vital Moreira faz um dos ataques mais rasteiros e mais odiosos que me foi dado ler em todo este processo de luta dos professores contra o actual
sistema de avaliação. Que diz aí Vital Moreira? Basicamente quatro coisas, a saber:

a) Que não existe qualquer razão para que os professores não sejam avaliados para efeitos de progressão na carreira;

b) Que os professores não gozam de direito de veto em relação às leis do país, nem podem auto-isentarem-se do seu cumprimento, pelo que não é aceitável qualquer posição que implique resistência à aplicação do actual modelo de avaliação;

c) Que o governo não pode ceder às exigências dos professores, devendo antes abrir processos disciplinares a todos aqueles que ponham em causa a concretização da avaliação dos docentes tal como foi congeminada pelo Ministério da Educação;

d) Que o governo, na batalha contra os professores, deve esforçar-se por chamar a si a opinião pública, isolando, desta forma, a classe docente.

Este é o pensamento de Vital Moreira, onde a sua veia caceteira surge bem expressa. Mas, mais do que isso, este texto, publicado no "Público", revela-nos um verdadeiro guia político da acção do Ministério da Educação contra os professores.

Que cada colega não perca a memória e dê a devida resposta a este senhor nas eleições para o Parlamente Europeu, é o mínimo que está ao nosso alcance."

(recebido por e-mail)

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Recordar Natália Correia



O meu enorme agradecimento a José Mário Branco pela força motriz que é a sua voz. Letra de Natália Correia.

Recordar Adriano Correia de Oliveira



Trova do Vento Que Passa - Letra de Manuel Alegre

Há que não deixar murchar os cravos!









Sei que estás em Festa, pá!

Chico Buarque - Tanto Mar



Um grande abraço a todos os companheiros desta caminhada nos últimos 35 anos.

Comentário de uma leitora lúcida


"(...) É assustador! Quem é esta gente que governa para distorcer? É angustiante pensar que teremos de suportar mais não sei quantos anos de «eduquês», que agora corrói todo o edifício educativo. Se não é uma concretização da ficção kafkiana ou de um outro qualquer episódio asfixiante da Twilight Zone... A educação está a transformar-se excessivamente depressa numa versão pesadelo do Second Life. Alguém conseguirá acordar este governo? Alguém lhes saca da mão os óculos da realidade virtual? Arre, aqui em baixo há gente! Arre!!"

«Merda, sou lúcido!» (Álvaro de Campos)

Teresa Bagão, 23 de Março de 2009 21:34

(Foto da Web)

A propósito do caos nas Universidades Francesas


...Ah ! Nem se fala disto, não fosse alguém inspirar-se...

“A França está à beira de uma revolta social generalizada. Ontem, os trabalhadores de uma fábrica de pneus da Continental destruíram as instalações e os equipamentos quando souberem que ia haver um despedimento colectivo. As Universidades francesas estão paradas há três meses. A revolta dos estudantes e dos professores é geral. Há vários meses que se registam manifestações de estudantes e professores em todas as maiores cidades francesas. Muitas dessas manifestações têm sido acompanhadas de confrontos violentos com as forças policiais. Nos últimos dias, a escalada da revolta estudantil subiu de patamar com o sequestro de reitores, destruição de equipamentos escolares e centenas de estudantes barricados dentro das instalações das universidades. Em Portugal, reina a calmaria nas universidades e institutos politécnicos, apesar de haver centenas de alunos a desistirem dos cursos por falta de dinheiro e de o Governo ter aprovado um projecto de lei de carreiras do ensino superior que vai reduzir, em 30%, o vencimento de uma percentagem de docentes que oscila entre os 30 e os 70%.
O Governo do Presidente Nicolas Sarkozy , um tonto, ridículo e caprichoso pinga-amor, anunciou a perseguição judicial dos trabalhadores da fábrica da Continental. Os trabalhadores cometeram um erro que lhes vai custar caro: destruíram a fábrica de cara destapada, em consequência de um impulso provocado pela revolta, fúria e frustração”.

Ramiro Marques em Profavaliação, Quinta-feira, 23 de Abril de 2009

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“Comentando a notícia, nós não somos assim, depois de uma grande luta (manifestação com 120 000), em que cerca de 90% era contra a entrega dos Objectivos Individuais e que exigia a revogação do ECD, acabamos por ceder: 65% entregou os OIs.
Os franceses em luta nada têm em comum com os portugueses...
Há cerca de um ano, por ter havido uma luta social em França, que durou 15 dias consecutivos e, por este motivo, o governo francês voltou atrás, Marcelo Rebelo de Sousa disse que os franceses não sabiam contestar, ou algo semelhante. Isto é um político a falar e a tentar convencer os portugueses que não devem lutar. De notar que ele é PSD e a luta é contra o PS. Esta é a opinião de um político e de um partido. No entanto, ele nem precisa de lançar estas "postas de bacalhau" porque o povo português é um rebanho de cordeirinhos e os franceses são uma matilha de lobos. Não estou a denegrir os franceses, antes pelo contrário, os verdadeiros lobos não são "lobos maus", são organizados, existe hierarquia, só atacam quando é necessário e, normalmente, são discretos e não se metem com ninguém, a não ser que se sintam ameaçados...”

O que não sabe pensar
(Comentário recebido por e-mail)

Foto: José A. Gallego

Alargamento de escolaridade obrigatória para 12 anos


"O Governo estimou hoje em cerca de 30 mil o aumento do número de alunos no ensino secundário tendo em conta o alargamento da escolaridade obrigatória e garantiu que instalações e professores são actualmente suficientes para suportar este crescimento.

"A capacidade das escolas, o número de professores e o equipamento são suficientes" para suportar o crescimento do número de alunos no secundário, afirmou a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, em conferência de imprensa, em Lisboa.

A governante lembrou que estão em execução melhorias na rede de estabelecimentos de ensino secundário, sobretudo nas zonas onde "a pressão" do número de alunos é maior.

O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros, na generalidade, uma proposta de lei para alargar de nove para 12 anos a escolaridade obrigatória, ou seja, os jovens entre os seis e os 18 anos terão de frequentar a escola ou um centro de formação profissional.

A regra legal de extensão da escolaridade obrigatória será para aplicar aos alunos que se vão inscrever no 7.º ano de escolaridade, que iniciarão o ensino secundário em 2012/2013, se entretanto não chumbarem.

A ministra disse que o alargamento da escolaridade obrigatória para mais três anos, além dos nove actuais, "exige muito da sociedade, das escolas, dos professores em primeiro lugar, mas também das famílias dos alunos". Mas mais importante do que criar a obrigatoriedade de permanência, acrescentou, é "criar condições" para que os alunos se sintam atraídos pela escola, que deve corresponder às suas expectativas, o que não veio sucedendo e justificará o abandono escolar, que foi de 36,3 por cento em 2007, o segundo mais alto da União Europeia, apenas ultrapassado por Malta (37,6 por cento), segundo dados divulgados na conferência de imprensa".

Público.Pt./ Lusa, 23.04.2009 - 18h42

Meu Comentário:
Uma medida que não é em si má, pode vir a tornar-se numa difícil tarefa, quer no que toca à gestão dos recursos humanos, quer físicos.
A tutela diz que os espaços e os professores existentes são suficientes.
Mas como? 30 mil alunos a mais faz toda a diferença!
Teremos de dar aulas a turmas de 40 pessoas, encavalitadas nos parapeitos das janelas? Teremos de redobrar as horas lectivas?

E as famílias portuguesas, como vão poder ter na escola todos os jovens até aos 18 anos? Há condições económicas objectivas para isto? Não será isto de um grande irrealismo?
É que não somos um país da Europa do Norte, onde quase tudo está assegurado.
E como vamos manter à força na Escola alunos que não querem estudar?
Isto pode levar a um aumento exponencial de atitudes de indisciplina e violência.

Já há quem chame a esta medida uma hecatombe do eduquês...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Consumir, guardar, amar os Livros






Ilustrações:
1. Denna - Radiosity
2. Denise Nielsen - Purpleheartbook
3. Carl Spitweg - The Bookworm
4. Brian T. Keller's Gallery
5. Alex Levin's Gallery

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Hoje foi o Dia Mundial da Terra


Foto de: Pérola de Cultura - Sognefjord - Noruega

Não é ele, não senhor!


Cartoon: Anterozóide

Amanhã é o Dia Mundial do Livro

O Balanço da Luta dos Professores feito por Ramiro Marques


"1. Há professores que vão da euforia à depressão à velocidade de um bater de asas. São aqueles que andam pelos cantos das escola a murmurar que a luta dos professores não valeu a pena. Para eles, ou se ganha tudo ou não se ganha nada. Ora, a realidade não é a preto e branco. Gostava que esses professores fizessem o seguinte exercício intelectual: o que teria acontecido se os professores não tivessem feito a grandiosa Marcha de 8 de Março, as manifestações e a greve geral?
2. A resposta é simples: o modelo de avaliação de desempenho, com toda a sua complexidade e carga burocrática, estaria a ser aplicado em todo o lado. E os que analisaram a legislação e as fichas que a DGRHE publicou sabem que isso equivaleria a, entre outras coisas, associar a classificação dos professores às taxas de abandono e de insucesso dos alunos. Quem estudou o assunto conhece a complexidade da tarefa exigida pela quantificação e tratamento desses dados. Uma tal exigência obrigaria a muitos dias de trabalho de volta das estatísticas com o único propósito de criar mais um elemento de subjectividade e de injustiça no processo de avaliação de desempenho. Essa exigência absurda caiu com a avaliação simplificada porque os professores lutaram. O mesmo poderemos dizer para a obrigatoriedade das assistências a aulas. A ministra da educação só deixou cair essa obrigatoriedade porque sentiu na pele a pressão causada pela luta dos professores.
3. Ainda que mais nada fosse alterado, o balanço que eu faço daquilo que se conseguiu é largamente positivo."

Publicada por Ramiro Marques em PROFAVALIAÇÃO, 22 de Abril de 2009, 18:42

Manuela Moura Guedes processa Sócrates


"Para a jornalista da TVI, "a pessoa que exerce o cargo de primeiro-ministro lida muito mal com a liberdade de informação".
A jornalista Manuela Moura Guedes vai processar judicialmente o primeiro-ministro por difamação, na sequência de acusações de José Sócrates ao "Jornal Nacional" da TVI , feitas na entrevista à RTP , revela a própria à Lusa.
Em entrevista à RTP1, transmitida terça-feira à noite, Sócrates referiu-se ao telejornal das 20h de sexta-feira da TVI, apresentado por Manuela Moura Guedes, como sendo "travestido" e feito "de ódio e perseguição". "Aquilo não é um telejornal, é uma caça ao homem", afirmou.
Para a jornalista, estas frases demonstram "que a pessoa que exerce o cargo de primeiro-ministro lida muito mal com a liberdade de informação".
(...)A subdirectora de Informação da TVI foi a primeira jornalista portuguesa a "pôr um processo de difamação a alguém por causa do exercício do jornalismo". "Processei o antigo presidente do Sporting , João Rocha, e o jornal do clube, e ganhei", recorda. "Isto é uma reprise", conclui."

EXPRESSO/Lusa, Quarta-feira, 22 de Abril de 2009, 15:17

Ilustração: HenriCartoon

terça-feira, 21 de abril de 2009

I dreamed a Dream - Les Misérables



Esta é a canção que Susan Boyle interpretou no concurso Britain'Got Talent e que lhe valeu do júri apreciações como "Extraordinária", "atordoante" e "a maior surpresa em três anos de programa"...

Não fazer juízos pela embalagem


Susan Boyle apareceu num Concurso televisivo para revelar novos talentos na área do canto e assustou o júri pelo seu aspecto rural: apareceu em palco com as sobrancelhas não depiladas, quase sem maquilhagem, além de ostentar um vestidinho lamentável e uns sapatos inenarráveis. O andar então, nem se fala. Todos se riram da figura quase grotesca, no mínimo ridícula.

Perguntaram-lhe porque estava ali. Redundante. "I want to be a singer!". Nova gargalhada. Admirava Elaine Page e propunha-se cantar um tema da Ópera "Les Misérables"...

Expectantes e incrédulos, os membros do júri e o público, deixaram-na começar.
E... nota após nota, frase após frase, começaram a ficar estupefactos com a voz desta criatura, vinda de detrás das estevas ou dos rebanhos, do fim do mundo, sei lá!

A mulher revela-se a cada estrofe um portento vocal, com uma força, uma segurança, e uma afinação sem hesitações, que, dir-se-ia ter andado desde pequenina a ter aulas de canto nas melhores escolas de Londres.

Quando terminou de cantar foi muito aplaudida e a sua natural timidez e falta de hábito de estar em palco levaram-na a sair a correr do palco.
Tiveram de chamá-la para que voltasse e ouvisse o vaticínio do júri. Os seus três membros capitularam, claro, arrebatados, dando-lhe por unanimidade a nota máxima para Susan poder passar à final.

Moral da história: não se pode julgar ninguém pelo seu aspecto. O talento e a embalagem às vezes não são directamente proporcionais!

Oportunamente colocarei aqui o vídeo com a sua interpretação.
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Última hora: os vídeos do programa foram bloqueados, pelo que não é possível incorporá-los.

Entretanto o programa "Britain's Got Talent" deu uma reviravolta, pois ontem um miúdo de 12 anos, Shaheen Jafargholi, do país de Gales,com a canção "Who's Loving you", de Michael Jackson conseguiu destronar esta escocesa de Blackburn, com 47 anos e desempregada, cujo sonho era tornar-se cantora profissional.

O rapaz arrancou aplausos de pé do júri, incluindo Simon Cowell, produtor e criador dos IL DIVO.


Cartoon de Henrique Monteiro in http://henricartoon.blogs.sapo.pt/

Nova Confederação de Associações de Pais


Ora aqui está uma boa notícia: foi finalmente constituída uma nova Confederação de Associações de Pais, em consequência da divisão existente na CONFAP, de Albino Almeida.

Este novo organismo chama-se CNIPE - Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação.

Segundo a sua Presidente, Maria José Viseu, afirmou ao Correio da Manhã, "a divisão deu-se porque não nos revíamos nas posições assumidas. Quem está na CNIPE tem uma forma diferente de ver a escola".

Esta Confederação representa 600 Associações de Pais, ou seja, metade das 1200 existentes no país, o que já foi reconhecido pelo próprio Albino Almeida.

Saúdo veementemente esta iniciativa, pois no mínimo, Albino Almeida merecia uma oposição à altura. Os professores muito desprezo e incompreensões lhe devem, para não dizer coisas piores acerca do seu papel nefasto nos problemas da Educação em Portugal.

Para saber mais, pode ser consultado o site oficial da CNIPE em http://cnipe.org/joomla/


Foto do Correio da Manhã de Maria José Viseu, a Presidente da CNIPE.