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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Sessão evocativa de Miguel Portas

Mário Laginha, "Traz outro amigo também" (José Afonso)

Marisa Matias

Aldina Duarte

António Costa

João Semedo

Francisco Louçã

Mísia

Paulo Portas

André e Frederico, filhos de Miguel Portas

Fotos (c) Luís Diferr para Pérola de Cultura

A iniciar os discursos, Ruben de Carvalho lembrou os tempos de juventude de Miguel Portas. Depois outros se seguiram, como o presidente da CM de Lisboa e dirigentes do Bloco de Esquerda. Por fim, o irmão e os dois filhos.
Cantaram vários amigos e amigas, como Tito Paris, Xana e o Khalil Ensemble. 
Rita Blanco leu passagens do livro "Périplo" de Miguel Portas. 
Mas os momentos mais emotivos estão aqui registados nas fotos de Luís Diferr, que fez questão de comparecer. Estiveram presentes nesta cerimónia muitos outros artistas e pessoas da comunicação social, como Luís Represas, João Gil, Ana Mesquita e Margarida Pinto Correia.
A abrir e a fechar a sessão ouviram-se as músicas de uma playlist que Miguel Portas tinha feito para a TSF.
A escolha do local, o Jardim de Inverno do Teatro São Luiz, em Lisboa, assim como dos amigos para cantar, constavam de uma nota que deixou, cujo título era "Para o caso de isto correr mal...". 
E correu.


Mais pormenores aqui.

domingo, 29 de abril de 2012

Dia Mundial da Dança

(c) Sue Blackwell - escultura em livro

Jogos Olímpicos da era moderna 2


Os Jogos Olímpicos da era moderna têm vindo a ser sediados regularmente em diversos países, desde a sua primeira edição em Atenas, em 1896.
Em 1916, 1940 e 1944 não houve jogos devido às guerras mundiais e boicotes políticos e algumas tragédias esqueceram, por completo, a mensagem Humanista, subjacente ao ideal olímpico.
1900, Paris: A exposição não alcançou o brilho esperado pois coincidiu com a Exposição Universal e inauguração da Torre Eiffel, sua porta de entrada.

1912, Estocolmo: Francisco Lázaro, um português de 23 anos, maratonista, que dissera antes da corrida: "ou ganho ou morro", morreu mesmo, durante a corrida, de esgotamento e insolação.
1920, Antuérpia: inaugurou-se a bandeira com os cinco círculos interligados, que até hoje é o símbolo do acontecimento.

1924, Paris: na natação, o americano, Johnny Weissmuller, ganhou três medalhas de ouro. Veio a ser famoso no cinema no papel de Tarzan. 
1928, Amsterdam- Holanda: Pela primeira vez acendeu-se a chama olímpica.
1936, Berlim: Nestes jogos, numa encenação típica do regime nazi, foi decidido que a chama olímpica fosse trazida através de tocha acesa, desde a Grécia, por revezamento de centenas de atletas, até ao local dos Jogos. Hitler teve a maior decepção quando a maratona foi vencida por um japonês e o atleta negro americano Jesse Owens ganhou 4 medalhas de ouro. Passou para a história como o símbolo da estupidez das teorias racistas de Hitler.

1952, Helsínquia-Finlândia: a União Soviética, competiu pela primeira vez.
1960, Roma: iniciou-se a cobertura, ao vivo, dos jogos, pela televisão.
1964, Tóquio: entrada do voleibol nas Olimpíadas.
1968, México: durante uma manifestação a polícia matou 70 estudantes.
1972, Munique: um ataque terrorista palestiniano veio a resultar na morte de 5 palestinianos e 11 atletas israelitas.

1976, Montreal: o atleta português Carlos Lopes ficou em segundo lugar na maratona, conquistando uma medalha de prata para Portugal.
1984, Los Angeles: o atleta português Carlos Lopes venceu a maratona, conquistando pela primeira vez uma medalha de ouro para Portugal,

1992, Barcelona: evento marcado pela presença de países que resultaram das grandes transformações geopolíticas ocorridas em alguns países.

1996, Atlanta: data da comemoração de 100 anos dos Jogos Modernos. Foram as primeiras Olimpíadas totalmente financiadas por empresas privadas.
2000, Sydney: pela primeira vez, a organização do evento foi acompanhada por grupos ecológicos.
Os atletas de Timor Leste, nação que acabara de se separar da Indonésia, ainda sem hino nem bandeira, desfilaram como participantes independentes.
2004, Atenas: na cerimónia de abertura, os gregos deram um espetáculo que remetia para a  Antiguidade e para a criação das Olimpíadas, tendo sido entregue junto com as medalhas uma coroa de oliveira.

2008, Pequim: a China organizou um espetáculo com investimentos bilionários e atletas de ponta e esforçou-se por reduzir a poluição do ar da sua capital para não prejudicar a saúde dos desportistas. Apresentou um grande evento desportivo que ficará para a História.


Em 2012, será Londres a sediar os jogos e em 2016 o Rio de Janeiro.


Fontes:-
-Olimpíadas.com.sapo.pt( Jogos Olímpicos da era moderna)
-1896: Jogos Olímpicos da era moderna/Calendário Histórico/DW
-História- O Mundo da Corrida
-Os Jogos Olímpicos da Era Moderna» Opinião e Notícia (opiniaoenoticia.com.br)
-Wikipédia



Sede do Comité Olímpico Internacional - Lausanne, Suiça
Tita Fan

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A palavra a Helena Sacadura Cabral


Um imenso abraço 
"Com o meu filho Miguel foi uma parte de mim. Possivelmente a melhor. Mas o que ele me deixou de amor será o suporte dos dias que ainda irei viver até o voltar a encontrar.
A todos os que aqui me acarinharam vai o meu imenso e reconhecido abraço. Bem hajam!"
por Helena Sacadura Cabral | 27.04.12
Daqui

O corpo grita o que a boca cala


EL CUERPO GRITA ... LO QUE LA BOCA CALLA
 "La enfermedad es un conflicto entre la personalidad y el alma". Muchas veces... El resfrío "chorrea" cuando el cuerpo no llora. El dolor de garganta "tapona" cuando no es posible comunicar las aflicciones. El estómago arde cuando las rabias no consiguen salir. La diabetes invade cuando la soledad duele. El cuerpo engorda cuando la insatisfacción aprieta. El dolor de cabeza deprime cuando las dudas aumentan. El corazón afloja cuando el sentido de la vida parece terminar. El pecho aprieta cuando el orgullo esclaviza. La presión sube cuando el miedo aprisiona. Las neurosis paralizan cuando el niño interior tiraniza. La fiebre calienta cuando las defensas explotan las fronteras de la inmunidad. Las rodillas duelen cuando tu orgullo no se doblega. El cáncer mata cuando te cansas de "vivir". Y tus dolores callados...¿ Cómo hablan en tu cuerpo ? La Enfermedad no es mala, te avisa que te estás equivocando de camino.
(Texto de autoria desconhecida)

Coragem de ensinar



"Coragem de Ensinar" é uma reportagem da jornalista Conceição Queiroz, com imagem de Gonçalo Prego e montagem de Miguel Freitas. Será emitida no dia 23 de Abril, no "Jornal das 8".
O "Repórter TVI" ouviu testemunhos de professores que enfrentam as dificuldades que decorrem da experiência de trabalhar com alunos que lhes transformam a vida num inferno, sem deixar de dar voz aos estudantes que provocam esses conflitos.

O que aconteceu para que o professor perdesse prestígio e autoridade? Os professores queixam-se da extrema indisciplina vivida na sala de aula, das ameaças e do desrespeito. Também reconhecem que a classe perdeu prestígio com o passar dos anos.

Mais de 4 mil ocorrências de natureza criminal em contexto escolar foram participadas no ano letivo 2010/2011, no âmbito do programa Escola Segura. O Observatório de Segurança em Meio Escolar registou quase 250 casos de agressões contra professores e funcionários. Ofensas à integridade física, injúrias, vandalismo ou furtos são alguns dos crimes detetados.
Enviado por Ana C. Silva

Children of the Rainbow

"40.000 fighting terror with love, care and roses in Oslo"
(by Renny B. Amundsen)


A cidade de Oslo mobilizou-se debaixo de chuva e frio para entoar uma canção infantil como forma de protestar pelo assassinato de 77 pessoas há quase um ano, enquanto decorre o julgamento de Anders Breivik. O homem é um assassino confesso sem qualquer espécie de arrependimento e odeia o multiculturalismo, aquilo que para os 40.000 noruegueses que se manifestaram nesta praça, é um valor de cidadania indissociável da sua democracia inclusiva.
A Pérola de Cultura, desde o trágico acontecimento, solidarizou-se com a dor destes cidadãos e continua a fazê-lo neste momento, esperando uma punição exemplar para o responsável pela morte crua de adultos e crianças inocentes na Noruega.





Foto de Visit Oslo

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Inveja

(c) Tacci

“Amigas e amigos, companheiros, correligionários e outros avulsos não especificados:
Dantes, quando eu era puto, a jogar à bola na rua, havia sempre alguém que marcava um golo «àqueles gajos» e gritava «arrecada! trê-zó-Moscavide!» 
Nunca percebi bem o que queria dizer a frase, nem de onde vinha, mas era bem expressiva.
Usava-se para mostrar um soberano desdém para com o «inimigo», fosse ele quem fosse, desde que defendesse a outra baliza. 
É o comentário que os nossos deputados devem estar a fazer uns com os outros, se for verdade o que se diz aí em baixo. 
E a gente «arrecada».
Que remédio: a baliza é nossa, o inimigo somos nós.”
Ilustração e texto de Tacci 

Afinal há subsídios de férias e Natal... mas na função pública só para os deputados e funcionários da Assembleia da República. Saiu o Orçamento para a Assembleia da República e eles lá estão: o Subsídio de Férias e de Natal. 
Deputados e funcionários da Assembleia da República contemplados com subsídios de férias e de natal em 2012 no orçamento APROVADO por TODOS os partidos! À semelhança do que foi justificado para a TAP PORTUGAL e para a Caixa Geral de Depósitos...
(Dados aqui)

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A cidade

Egon Schiele, sunflower

A cidade é um chão de palavras pisadas
a palavra criança  a palavra segredo.
A cidade é um céu de palavras paradas
a palavra distância  e a palavra medo.

A cidade é um saco  um pulmão que respira
pela palavra água  pela palavra brisa
A cidade é um poro  um corpo que transpira
pela palavra sangue  pela palavra ira.

A cidade tem praças de palavras abertas
como estátuas mandadas apear.
A cidade tem ruas de palavras desertas
como jardins mandados arrancar.

A palavra sarcasmo é uma rosa rubra.
A palavra silêncio é uma rosa chá.
Não há céu de palavras que a cidade não cubra
não há rua de sons que a palavra não corra
à procura da sombra de uma luz que não há.

José Carlos Ary dos Santos 
Enviado por Carmela,  25 de abril de 2012

25 de abril em Portugal e em Itália




O dia 25 de abril é feriado em Portugal e em Itália. Em ambos os países se assinala o dia da liberdade. Poucas pessoas sabem que a queda do Estado Novo (1974) coincidiu com o dia e o mês em que havia caído o fascismo em Itália. 
"O “25 Aprile” deu-se em Itália em 1945. Os "partigiani" (guerrilheiros anti-fascistas) e as forças aliadas protagonizaram a libertação da ocupação das tropas nazis, pondo fim à ameaça do fascismo ressurgir no seu panorama político". 
Ler mais aqui

25 de abril

(Cartaz cuja autoria não foi possível identificar)

Há sempre alguém que diz não



Adriano Correia de Oliveira com poema de Manuel Alegre.
Dedicado a Miguel Portas, que lutou até ao fim para defender os ideais de abril.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Miguel Portas (1958-2012)

Foto (c) Tiago Miranda/Expresso

A voz, a presença, a lucidez, a atitude solidária e a simplicidade fizeram dele um homem notável, de vida curta e intensa. Respirava autenticidade e não se poupou a esforços até ao último momento.
Profundamente solidário com os povos oprimidos e sempre do lado dos mais desprotegidos e vulneráveis, soube estar desde a primeira hora com os professores portugueses nas suas lutas. Na rua, em pessoa, sempre com um sorriso, um abraço, uma palavra de incentivo, uma doçura no olhar, uma esperança para além dos dias, era alguém difícil de igualar.
Ironicamente, o Miguel morre na véspera do 25 de abril e faria 54 anos a 1 de maio...
Não gosto de partidos, mas gosto de pessoas. E às vezes gosto mesmo muito.

Leituras sugeridas:
- Notícia com entrevista e fotos na Visão
- Notas biográficas no Público
- Galeria de fotos do Expresso
"Miguel às Portas do céu" por Luís Diferr

Os Jogos Olímpicos da era moderna 1



O renascimento do espírito olímpico, deveu-se ao francês Pierre de Frédy, barão de Coubertin, que, entusiasmado com as escavações efetuadas no antigo Santuário de Olímpia entre 1875 a 1881 (houve outras de 1936 a 1939), lançou, em 1894, a ideia de reviver a antiga tradição grega, “Unir os Povos e Fazer Tréguas às Guerras”. Apoiado pelo norte-americano William Sloane e pelo inglês Charles Herbert e na presença de representantes de 15 países, o barão de Coubertin fundou na Sorbonne, em França, o órgão precursor do Comitê Olímpico Internacional. Até hoje, esse organismo controla todo o mundo olímpico.

Após longas negociações, ajuda de outros países e doações em dinheiro da população grega, o governo da Grécia aceitou a ideia do retorno dos Jogos Olímpicos a Atenas. O príncipe Constantino assumiu entusiasticamente a presidência da comissão organizadora.
Em 6 de abril de 1896 (25 de Março de acordo com o calendário juliano, então em uso na Grécia), os jogos da Primeira Olimpíada da Era Moderna foram oficialmente abertos, no antigo estádio Panathinaiko, todo reconstruído em mármore, para o evento. Estiveram presentes cerca de oitenta mil espetadores, incluindo o Rei e família.
A frase do Rei George 1º da Grécia "Declaro abertos os primeiros Jogos Olímpicos Internacionais em Atenas. Vida longa à nação. Vida longa ao povo grego”, tornou-se marca registada para todas as cerimónias de abertura seguintes.

Um ano depois, foi realizado um congresso para decidir sobre o futuro dos jogos. A maioria dos presentes preferia mantê-los permanentemente em Atenas, mas Coubertin fez prevalecer sua ideia de variar o país-sede.
Seguiram-se Paris e Londres. A partir daqui o Comité conseguiu impor a sua disciplina, que passou a ser aceite por todos, nas Olimpíadas seguintes, que passaram a ser realizadas de quatro em quatro anos. A escolha da cidade onde se realizam os Jogos é decidida numa reunião do C.O.I. sete anos antes da prova.
Os Jogos Olímpicos são realizados de Verão, impossibilitando assim os desportos que necessitam de neve e gelo. Neste contexto o C.O.I., em 1924, criou os Jogos Olímpicos de Inverno. Assim realizam-se alternadamente, de 2 em 2 anos, estes dois grande eventos.



No sentido de continuar a abrir a todos, as portas dos jogos olímpicos, o C.O.I. criou em 1952 os Jogos Para-olímpicos, para os atletas que sofrem de alguma deficiência, realizando-se ao mesmo tempo e na mesma cidade que os Jogos Olímpicos convencionais.
Em 2010 foram iniciados os Jogos Olímpicos da Juventude. São disputados por atletas com idades entre catorze e dezoito anos, mas com um número reduzido de disciplinas e eventos.

O grande objetivo do Barão de Coubertin de promover a amizade e paz entre os povos, muitas vezes não se tem concretizado, e a introdução do profissionalismo desde as Olimpíadas de Munique de 1972 bem como da noção de espetáculo, que passou a ser julgado indispensável, contribuíram para alterar por completo esses ideais utópicos. 
A sua frase célebre “Não importa ganhar, importa é competir”, talvez não tenha, também, já, o mesmo sentido que Coubertin lhe pretendeu dar.
Por outro lado, a democratização, contrariando a ideia de Coubertin, levou a que a participação feminina se fosse acentuando jogos após jogos.

Fontes:
-Olimpíadas.com.sapo.pt (Jogos Olímpicos da era moderna)
-1896: Jogos Olímpicos da era moderna/Calendário Histórico/DW
-História- O Mundo da Corrida
-Enciclopédia Internacional Focus-Vol III
Tita Fan

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor

(Cartoon cuja autoria não foi possível identificar)
"A cultura assusta muito. É uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo escravo." 
António Lobo Antunes

Revisitar o Mito

O nascimento de Vénus, Sandro Botticelli (ca. 1485) - pormenor

C O L Ó Q U I O  I N T E R N A C I O N A L
2-5 DE MAIO, 2012
CENTRO DE ESTUDOS CLÁSSICOS
FACULDADE DE LETRAS, UNIV. DE LISBOA
CONFERENCISTAS PLENÁRIOS:
Arthur W. Frank Univ. of Calgary Emilio Suarez Univ. Pompeu Fabra
Marina Warner Univ. of Essex Alessandro Zironi Univ. di Bologna
Enviado por Becas

Que vive la France!



Gosto da França. E não só por ser o país de um dos meus antepassados. 
Lembro-me bem das lições de francês na cozinha da casa grande, onde menina descobri, pela mão da minha mãe, as delícias de aprender uma língua estrangeira, "a língua do avôzinho". Depois foram as canções e os artistas da música de intervenção francesa. E mais tarde os poetas e os filósofos. O cinema francês, ainda e sempre. 
Embora hoje se esteja a perder essa tradição em Portugal, ainda sinto grande afinidade com a cultura francófona. Por todas estas razões e mais outras, tão ou mais subjetivas, gostaria que as eleições na França realizassem efetivamente os desígnios teóricos da sua revolução. 
Bisou, "mana" Catherine!

Pequeno país segundo Saramago



O País é Pequeno e a Gente que nele Vive também não é Grande
Em tempos disse que Portugal estava culturalmente morto. Talvez o tenha dito em determinado momento, mas também o diria hoje porque Portugal não tem ideias de futuro, nenhuma ideia do futuro português, nem uma ideia que seja sua, e vai navegando ao sabor da corrente. A cultura, apesar de tudo, tem sobrevivido e é aquilo que pode dar do país uma imagem aberta e positiva em todos os aspectos, seja no cinema, na literatura ou na arte - temos grandes pintores que andam espalhados pelo mundo. Mas o Almeida Garrett definiu-nos de uma vez para sempre e de uma maneira que se tem de reconhecer que é uma radiografia de corpo inteiro: «O país é pequeno e a gente que nele vive também não é grande.» É tremenda esta definição, mas se tivermos ocasião de verificar, desde o tempo do Almeida Garrett e, projectando para trás, efectivamente o país é pequeno (...), mas o que está em causa não é o tamanho físico do país mas a dimensão espiritual e mental dos seus habitantes. José Saramago, in 'Uma Longa Viagem com José Saramago (2009)

sábado, 21 de abril de 2012

Os Jogos Olímpicos da Antiguidade


Historicamente é considerado 776 a.C., como o ano de início dos “Jogos Olímpicos da Antiguidade”. Contudo, jogos e concursos em honra de divindades já eram prática dos gregos desde há milénios a.C, em Olímpia, na região de Élis, a oeste do Poloponeso, no bosque sagrado do Altis.
No Séc. III a.C., o local tornou-se monumental com novos templos, palácios e edifícios desportivos.

 Entre outros, existia um templo, em honra à deusa Hera, onde eram celebrados, só para mulheres, os Heraia ou Jogos Heranos.

O Templo de Zeus, a divindade suprema, construído cerca de 460 anos a.C., era o maior templo da Grécia e um dos mais famosos, e a imagem de culto, uma estátua colossal em ouro e marfim do próprio Deus, contava-se entre as sete maravilhas do mundo antigo. Os jogos Olímpicos, em sua honra eram a mais importante festa do mundo grego.



Patrocinados pelas cidades, eram festas cívicas e ao mesmo tempo religiosas. Além dos concursos atléticos, que incluíam provas de diversas modalidades, havia competições artísticas (dança, teatro, música). Competir, vencer, ser aplaudido e tornar-se vivo na memória da comunidade era uma forma de obter glória e também homenagear o deus celebrado, componentes essenciais da visão de mundo dos gregos antigos.

Interrompidos durante algum tempo, coube, a Héracles, semideus, filho de Zeus, o mais célebre de todos os heróis e paladino da ordem olímpica, reativá-los.
Os jogos olímpicos da Grécia antiga, obrigavam a uma trégua olímpica sagrada, de quatro em quatro anos e porque as diferentes cidades estados adoravam o mesmo Deus, os jogos eram um elemento pacificador e tinham como principal função a consciencialização do povo da sua unidade nacional.


Sempre em pleno verão, na 2ª quinzena (lua cheia) do mês de agosto e primeira de setembro do nosso calendário, eram supervisionados por juízes, que enviavam arautos a todos os pontos do mundo grego a anunciar a data do início das tréguas, e a convidar à participação nos jogos.
Um mês antes do início das provas, os atletas, acompanhados de seus familiares e amigos, participavam de uma procissão solene que ia de Élis até Olímpia (58 quilómetros), pela Via Sagrada.
Os jogos duravam sete dias. No primeiro acontecia o sacrifício no altar de Zeus. Depois, todos seguiam para o estádio e os arautos declaravam a abertura oficial dos jogos. No dia do encerramento, organizava-se outra procissão e um banquete.

Os vencedores recebiam uma coroa de folhas de oliveira, poderiam ter estátuas erguidas em sua honra, serem cantados pelos poetas, verem o seu nome inscrito no catálogo oficial dos olimpiónicos e a sua fama espalhada por toda a Grécia.

Celebrados regularmente a partir de 776 a.C., data do primeiro registo dos vencedores, os gregos adotaram os Jogos Olímpicos ou Olimpíadas, como referência cronológica, chamando "olimpíada" ao período de quatro anos entre um festival e outro. A era das Olimpíadas estendeu-se por aproximadamente 12 séculos, até 393 d.C., quando foram abolidos pelo imperador romano Teodósio, que, convertido ao cristianismo, proibiu todos os cultos pagãos.
Em 426, Teodósio II, mandou queimar o Templo de Zeus para se certificar que não se realizariam mais estes jogos, pelo que se pensa que foi este, na verdade, o último ano dos J.O. da Antiguidade.
O Sítio Arqueológico de Olímpia, é “Património Mundial da Unesco”.

Porta de entrada dos atletas em Olímpia, Grécia
FONTES:
-Os Jogos Olímpicos na Grécia Antiga - http://olimpia 776.warj.med.br
-Wikipédia
-Olimpíadas.com.sapo.pt( Jogos Olímpicos da Antiguidade)
-Enciclopédia Internacional Focus-Vol III

Tita Fan

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Petição para redução do nº de alunos por turma


Para assinar urgentemente aqui.

Recordar Rosa Lobato de Faria



Em tempos antigos era assim
"Na Infância as escolas ainda não tinham fechado.
Ensinavam-nos coisas inúteis como as regras da sintaxe e da ortografia, coisas traumáticas como sujeitos, predicados e complementos directos, coisas imbecis como verbos e tabuadas.
Tinham a infeliz ideia de nos ensinar a pensar e a surpreendente mania de acreditar que isso era bom.
Não batíamos na professora, levávamos-lhe flores."
Rosa Lobato Faria

Texto enviado pela Becas


(Republicado como homenagem ao aniversário da escritora. 1ª edição a 22/02/2010.)