tag:blogger.com,1999:blog-9207903381587099244.post6561091827949772732..comments2024-03-02T22:02:04.964+00:00Comments on Pérola de Cultura: Para o período de reflexãoAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/03859549882205960302noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-9207903381587099244.post-21091707446653949982009-09-26T15:52:01.040+01:002009-09-26T15:52:01.040+01:00Obrigada, Oli!
Um beijinho para vós.Obrigada, Oli!<br />Um beijinho para vós.Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/03859549882205960302noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9207903381587099244.post-90768783973169038702009-09-26T15:51:32.947+01:002009-09-26T15:51:32.947+01:00Obrigada, Miguel!
O poema para Galileu é lindíssim...Obrigada, Miguel!<br />O poema para Galileu é lindíssimo! <br />Costumava dá-lo aos meus alunos quando Galileu fazia parte dos programas. <br />Antes, em outras eras da Educação...<br />Um abraço.Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/03859549882205960302noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9207903381587099244.post-54915686164331045432009-09-26T15:37:02.854+01:002009-09-26T15:37:02.854+01:00Obrigada Lelé
Vou colocar esta semana o post acerc...Obrigada Lelé<br />Vou colocar esta semana o post acerca do festival de BD que me enviaste.<br />Beijinhos aos dois.Olindahttps://www.blogger.com/profile/04320975786398539934noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9207903381587099244.post-88410823597498904392009-09-26T15:36:32.163+01:002009-09-26T15:36:32.163+01:00"oferecendo""oferecendo"Contra.facçãohttps://www.blogger.com/profile/00947711340627742289noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-9207903381587099244.post-74567827431471695142009-09-26T15:35:28.074+01:002009-09-26T15:35:28.074+01:00Lelé Batita
Pela parte que me toca, um simples obr...Lelé Batita<br />Pela parte que me toca, um simples obrigado, só por te lembrares de mim, oferendo a lembrança do sonho (amo Gedeão), antes da realidade, porque a realidade talvez esteja no:<br /><br />Poema para Galileu<br /><br />Estou olhando o teu retrato, meu velho paisano,<br />aquele teu retrato que toda a gente conhece,<br />em que a tua bela cabeça desabrocha e floresce<br />sobre um modesto cabeção de pano.<br />Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da tua velha Florença.<br />(Não, não, Galileu! Eu não disse Santo Ofício.<br />Disse Galeria dos Ofícios.)<br />Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da requintada Florença.<br /> <br />Lembras-te? A Ponte Vecchio, a Loggia, a Piazza della Signoria…<br />Eu sei… eu sei…<br />As margens doces do Arno às horas pardas da melancolia.<br />Ai que saudade, Galileu Galilei!<br /> <br />Olha. Sabes? Lá em Florença<br />está guardado um dedo da tua mão direita num relicário.<br />Palavra de honra que está!<br />As voltas que o mundo dá!<br />Se calhar até há gente que pensa<br />que entraste no calendário.<br /> <br />Eu queria agradecer-te, Galileu,<br />a inteligência das coisas que me deste.<br />Eu,<br />e quantos milhões de homens como eu<br />a quem tu esclareceste,<br />ia jurar- que disparate, Galileu!<br />- e jurava a pés juntos e apostava a cabeça<br />sem a menor hesitação-<br />que os corpos caem tanto mais depressa<br />quanto mais pesados são.<br /> <br />Pois não é evidente, Galileu?<br />Quem acredita que um penedo caia<br />com a mesma rapidez que um botão de camisa ou que um seixo da praia?<br />Esta era a inteligência que Deus nos deu.<br /> <br />Estava agora a lembrar-me, Galileu,<br />daquela cena em que tu estavas sentado num escabelo<br />e tinhas à tua frente<br />um friso de homens doutos, hirtos, de toga e de capelo<br />a olharem-te severamente.<br />Estavam todos a ralhar contigo,<br />que parecia impossível que um homem da tua idade<br />e da tua condição,<br />se tivesse tornado num perigo<br />para a Humanidade<br />e para a Civilização.<br />Tu, embaraçado e comprometido, em silêncio mordiscavas os lábios,<br />e percorrias, cheio de piedade,<br />os rostos impenetráveis daquela fila de sábios.<br /> <br />Teus olhos habituados à observação dos satélites e das estrelas,<br />desceram lá das suas alturas<br />e poisaram, como aves aturdidas- parece-me que estou a vê-las -,<br />nas faces grávidas daquelas reverendíssimas criaturas.<br />E tu foste dizendo a tudo que sim, que sim senhor, que era tudo tal qual<br />conforme suas eminências desejavam,<br />e dirias que o Sol era quadrado e a Lua pentagonal<br />e que os astros bailavam e entoavam<br />à meia-noite louvores à harmonia universal.<br />E juraste que nunca mais repetirias<br />nem a ti mesmo, na própria intimidade do teu pensamento, livre e calma,<br />aquelas abomináveis heresias<br />que ensinavas e descrevias<br />para eterna perdição da tua alma.<br />Ai Galileu!<br />Mal sabem os teus doutos juizes, grandes senhores deste pequeno mundo<br />que assim mesmo, empertigados nos seus cadeirões de braços,<br />andavam a correr e a rolar pelos espaços<br />à razão de trinta quilómetros por segundo.<br />Tu é que sabias, Galileu Galilei.<br /> <br />Por isso eram teus olhos misericordiosos,<br />por isso era teu coração cheio de piedade,<br />piedade pelos homens que não precisam de sofrer, homens ditosos<br />a quem Deus dispensou de buscar a verdade.<br />Por isso estoicamente, mansamente,<br />resististe a todas as torturas,<br />a todas as angústias, a todos os contratempos,<br />enquanto eles, do alto inacessível das suas alturas,<br />foram caindo,<br />caindo,<br />caindo,<br />caindo,<br />caindo sempre,<br />e sempre,<br />ininterruptamente,<br />na razão directa do quadrado dos tempos.<br /><br />António GedeãoContra.facçãohttps://www.blogger.com/profile/00947711340627742289noreply@blogger.com