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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

A Política Adequada da Educação


Sou Professora em Portugal desde 1986 numa vivência muito existencial. Sou de um tempo em que havia estrados, modos respeitosos de lidar com os outros, cumplicidade e um contexto colaborativo. Sou de um tempo em que o estrado dividia o meu espaço pessoal, me dava uma amplitude de visão. Sou de um tempo em que os alunos e os professores se relacionavam respeitosamente. Sou de um tempo em que os colegas partilhavam as suas experiências num contexto colaborativo.
Penso, muitas vezes, numa política adequada da Educação. Penso que deve ser aquela em que os conhecimentos acerca do mundo e das ciências ajudem as crianças e os jovens a aprenderem. Mas, também, lhes permitam saber do mundo dos sentimentos, pensamentos e projetos de vida. Quanto melhor os indivíduos conseguirem lidar com o seu mundo interno, mais capazes estarão de se envolver em atividades produtivas e adaptadas às exigências da sociedade.
Os Professores são, portanto, os agentes únicos e fundamentais que sabem resgatar as crianças e os jovens, resgatar a infância perdida, retribuindo-lhes a magia, a oportunidade de conhecer e gerir o seu mundo  interno.
Talvez com essa política pudéssemos dar novamente valor aos professores.
Afinal, sem eles não existiriam advogados, médicos, enfermeiros, ministros e tudo mais.
Becas

1 comentário:

  1. Sou de tempo anterior ao falado no texto e embora de outro lado do "estrado", encontro semelhanças com as quais concordo inteiramente. O respeito, o relacionamento, a preocupação dos pais,faziam-se sentir. Os professores não eram jamais culpados pelo insucesso dos filhos. Pelo contrário os pais colaboravam e exigiam que estudássemos,já que o sacrifício que a maioria fazia para proporcionar mais estudos do que os que eles próprios tinham era muitas vezes superior às suas próprias forças. Aprendi muito com os meus professores, que sempre respeitei, não só o imediato, mas em todo o meu percurso de vida, com as ferramentas que me foram proporcionadas. Bem hajam!

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