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quinta-feira, 9 de junho de 2011

"Querem-me casado, vil, quotidiano..."


A coisa parece que surge num manual de Estudo do Meio: pede-se aos alunos que realizem uma espécie de cronograma da sua vida e dos seus antecedentes, para o qual se pede não só a data do casamento dos seus pais, como para adicionar uma foto do casamento.
As crianças cujos pais vivam em união de facto ou sejam filhas de mãe solteira, ou de famílias monoparentais, podem ver-se numa situação no mínimo embaraçosa e no máximo discriminatória. Serão os modelos do Estado Novo a voltar aos manuais escolares?

Ler aqui o artigo do Rerum Natura sobre este assunto.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Parolos e maus educadores


A caixa de comentários deste Blogue está sujeita a moderação por causa de pessoas destas que gostam de aparecer pelos Blogues e deixar ofensas.

O Paulo Guinote também apanhou uma dose da mesma proveniência aqui e ainda se deu ao trabalho de responder a esta criatura, tratando-a por senhora.

Leiam esta pérola, que eu recebi no meu e-mail, com a devida identificação, e que transcrevo tal e qual, com os erros de português e tudo; destinava-se à caixa de comentários, mas, pelo seu teor, merece honras de homepage.

Se acharem que vale a pena, dêem a resposta à altura, que eu, francamente, não tenho paciência!


"os parolos são sempre os mesmos. Durante 30 anos destruiram 29 ministros e a unica que conseguiu acabar o mandato foi a ilustre lurdes rodrigues, por isso eu hoje vou á escola do meu neto e a diferença de comportamento e disciplina é enorme apesar de tentarem sabotar tudo. Abaixo os maus educadores"

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sexta-feira 13






Superstições e crenças associam desde há muito os gatos pretos à bruxaria. Porém, em algumas culturas, o gato preto era reverenciado, como no Antigo Egipto, como símbolo de boa sorte.

Na Pérsia antiga havia uma crença segundo a qual quando alguém maltratava um gato preto estava na verdade maltratando um espírito amigo, que lhe tinha sido enviado para companhia.

A superstição de que os gatos pretos trazem consigo o azar surgiu na Idade Média, em que a cor negra era associada à noite e à escuridão, pelo que eles passaram a ser considerados seres diabólicos, relacionados com as práticas de bruxaria.

Os gatos pretos foram injustamente acusados no Século XV pelo Papa Inocêncio VIII e foram queimados juntamente com as supostas bruxas, suas donas.

A perseguição a estes animais perdurou até ao Século XVI, quando houve um aumento inexplicável deles pelas ruas. Acreditou-se, logicamente, que isso havia resultado de um acto de feitiçaria.

Até aos nossos dias, há indivíduos que acham que todas as vezes que se avista um gato preto há uma bruxa por perto, podendo até desenvolver medos patológicos, que vão muito para além da simples crendice ou superstição.

Muitas vezes os gatos pretos estão presentes em histórias de terror, como por exemplo o conto clássico de Edgar Allan Poe “O Gato Preto”, uma história de terror escrita em 1843, onde há ingredientes de crime, perversidade e loucura.

Engraçado: o título do post que queria escrever era "Sexta-feira 13".
Reparo agora que me pus à procura de imagens de gatos pretos e não escrevi uma só linha sobre o 13 ou a sexta-feira... azar!

domingo, 1 de novembro de 2009

Entre bruxas e finados...




...espero que esta noite tenha um fim, entre o barulho ensurdecedor das crianças, umas mais novas que outras a cultivar a irreverência que toca as raias da má educação e falta de civilidade.

Encapuçadas convenientemente para a festa das bruxas, made in USA e, como tudo o que é ruim, rapidamente importada para os lusos costumes, podem os diabinhos esmurrar portas e janelas, gritar como condenados nas ruas e nos prédios, a horas impróprias, sem que os respectivos progenitores façam disso caso algum.

Porém, ao raiar da aurora será a manhã do dia de finados, em que vamos chamar os mortos do seu descanso para, aliviando as nossas culpas, nos apegarmos às tantas vezes fingidas saudades daqueles que já partiram.

Terrível fim-de-semana este, onde o desassossego das almas oscila entre o corrupio aos cemitérios e o consumismo da festa profana do Halloween!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Maitê Proença e o Bando das Parvas


Conheci a Maitê Proença em Lisboa há alguns anos por altura do lançamento do seu livro "Entre Ossos e a Escrita". Trocámos algumas impressões sobre Teatro e Literatura. Não me pareceu estúpida. Nem a leitura do referido livro me fez achar que fosse leviana. Já tinha visto novelas, séries e uma peça com ela. Admirei-a, gostei de a conhecer e de conversar com ela.

Passados anos comecei a ficar preocupada quando soube do seu coup-de-foudre com Miguel Sousa Tavares, mas pensei "coitada, ainda não percebeu com quem anda metida".

Agora, esta triste figura de cuspir na fonte dos Jerónimos, troçar de Portugal e dos portugueses, como se fôssemos todos atrasados, sem Cultura, sem História e analfabetos, desculpe lá, Maitê, perfaz o estereótipo da loira-burra que eu julgava não lhe assentar.

Ainda por cima, no programa da GNT "Saia Justa" está rodeada de um grupo daquilo que no Brasil se chamaria "peruas inúteis" de riso alarve e fútil que não tem explicação!

Para muitos brasileiros, inexplicavelmente, parece que ainda é assim: em Portugal todas as mulheres se chamam Marias e têm um buço preto e todos os homens se chamam Manuéis e são donos de padarias. É o preconceito e a ignorância, mesmo onde não seria de supor!

Ao menos Miguel Sousa Tavares é filho de gente que lhe deixou um património cultural sólido, o advogado Sousa Tavares e a poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen. Agora, a Maitê, nem os avós Proenças ou Gallos parecem ter servido de grande coisa.

Actualização a 18 de Outubro pelas 01:40:

Afinal, estão mesmo bem um para o outro - após a exigência de que Maitê pedisse desculpas aos portugueses, o valete Sousa Tavares saíu logo em defesa da honra da sua dama
:


«Isto é uma reacção provinciana e saloia dos portugueses. Somos um povo sem capacidade de humor e autocrítica. Há algum português que vá ao Brasil e não goze?», protesta o escritor, acrescentando: «Só um povo com complexos é que se sente melindrado com uma coisa destas. Não temos de estar sempre a ser elogiados como se fossemos um povo exemplar».

Ao Correio da Manhã, Miguel Sousa Tavares frisa ainda que Maitê: «é uma grande actriz e uma grande escritora e vai continuar a ser».


Correio da Manhã, 14 de Outubro de 2009

Quem quiser ver a delícia do vídeo, ei-lo com a merecida resposta:

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A vingança serve-se fria









Depois de se ter referido várias vezes sarcasticamente e em público a Michelle e Barack Obama como "o casal bronzeado", Berlusconi ficou a chuchar no dedo quando se preparava para abraçar e beijar gulosamente Michelle Obama num jantar que juntou os líderes do G20 em S. Pertersburgo.

A primeira dama norte americana cumprimentou afectuosamente com beijos vários dos líderes europeus, como Sarkozy e a sua mulher Carla Bruni, Angela Merkel, Gordon Brown, etc, mas quando chegou a vez de Berlusconi, deixou-o de braços estendidos e com aquele esgar de lubricidade que lhe é tão característico. Limitou-se a estender-lhe a mão de longe, apesar das duas tentetivas de Berlusconi para a beijar e abraçar.

É assim mesmo: cá se fazem, cá se pagam. O racista não perdeu pela demora. Michelle é uma senhora preta que deu uma bofetada de luva branca!


(Fotos gentilmente enviadas por Miguel Loureiro)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O erro de Joana



Esmiuçada ontem por Ricardo Araújo Pereira no programa do Gato Fedorento, Joana Amaral Dias, muito pouco à altura do seu interlocutor, acabou por dizer quase no fim do programa que iria votar em Francisco Louçã, mas que nas presidenciais votou em Mário Soares. E bem, diz ela, pois “se fosse ele o Presidente da República estaríamos agora muito melhor!”… Seria mesmo, Joana?

Mas as tiradas infelizes na televisão não se ficaram por aqui: Nuno Melo, do CDS, admira-se da subsistência do PCP e do Bloco de Esquerda, dizendo que “ainda há em Portugal trotskismo, leninismo e estalinismo, tantos anos após a queda do muro de Berlim!”


Cartoon de Henrique Monteiro

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

"Prefiro fazer batota do que perder", diz a mandatária!



"Profundo, este depoimento! E inteligente. E bonito.
Indispensável para quem gosta de cerejas sem caroços e de uvas sem grainha, essencial para os iniciados na "batota", para os que gostam de ganhar a qualquer preço, para os do culto da imagem e do vazio mental.
Por mim, prefiro que me retirem as pevides do melão, que foi com que fiquei, depois de ouvir isto. Ou os fiozinhos da banana, para não me encontrar, depois, abananado, se os desígnios da nação lhes forem entregues".


E-mail enviado pela Carmela

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Mulher na Malásia condenada por ter bebido cerveja


Uma jovem mulher, manequim e mãe de dois filhos, foi condenada em Kuala Lumpur por ter bebido uma cerveja em público.

A pena consiste em seis açoites de chicote, castigo que a mulher exige que seja aplicado em público, para que o mundo veja a justiça dos homens que a estão a punir.
O castigo foi adiado em virtude de ter começado o Ramadão.

Os mais elementares direitos das mulheres no mundo islâmico continuam a ser flagrantemente ignorados e violados nalguns países, que as obrigam a viver isoladas e a sofrer autênticas torturas medievais (no pior sentido da palavra), como é o caso do uso da burka no Afeganistão.


Eis a notícia do Público:

Mulher na Malásia condenada a seis bengaladas por ter bebido álcool no Ramadão - Sentença foi confirmada por autoridades islâmicas do país

"As autoridades religiosas da Malásia confirmaram hoje que uma mulher de 32 anos vai ser castigada com seis bengaladas por ter bebido álcool durante o Ramadão.

Kartika Sari Dewi Sukarno foi detida e depois libertada e conduzida a sua casa esta madrugada, levantando a esperança de que a sentença, relativa a acontecimentos que se verificaram em 2007, tivesse sido revogada. Mas as autoridades religiosas da Malásia, um país maioritariamente muçulmano do Sudeste asiático, com 27 milhões de habitantes, vieram esclarecer que o castigo fora apenas adiado para depois do Ramadão.

O caso está a levantar receios de um endurecimento deste Estado, onde nenhuma mulher tinha sido condenada até hoje a um castigo desta severidade. Existe também a preocupação de que um sistema legal islâmico paralelo esteja a crescer neste país multiétnico.

A sentença foi adiada na sequência de um pedido do procurador-geral da Malásia, disse Mohamad Sahfri Abdul Aziz, um responsável religioso do estado de Pahang, acrescentando que aquela não tinha sido cancelada.

Ao regressar a casa, Kartika Sari Dewi Sukarno recusou-se inicialmente a sair da carrinha em que fora transportada sem que fosse esclarecido se a sentença fora ou não anulada. A mulher de 32 anos, mãe de dois filhos, exige que a sentença seja executada em público."


Público.Pt/Reuters, 24.08.2009 - 09h15

A AMNISTIA INTERNACIONAL requereu já ao governo da Malásia a revogação da sentença por considerar que "dar chicotadas é uma forma cruel, desumana e degradante de castigo e está proibido pelas leis internacionais dos direitos humanos".

Kartika foi ainda condenada a pagar uma multa de cerca de 1000 Euros por este "delito", embora viva há mais de 15 anos em Singapura e estivesse na discoteca de um Hotel quando tomou a cerveja.

Os cerca de 50 vizinhos da sua aldeia natal manifestaram já a sua solidariedade para com a modelo e a sua vontade de defendê-la desta pena demasiado pesada e sem precedentes.


Oi, senhores do Islão, estamos no século XXI - remember?

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Em memória de Eduardo Prado Coelho


Eduardo Prado Coelho, antes de falecer (25/08/2007), teve a lucidez de nos deixar esta reflexão, sobre nós todos, por isso façam uma leitura atenta.

Precisa-se de matéria-prima para construir um País

"A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres.

Agora dizemos que Sócrates não serve.

E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.

Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.

O problema está em nós. Nós como povo.

Nós como matéria-prima de um país.

Porque pertenço a um país onde a esperteza é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.

Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.

Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal e se tira um só jornal, deixando-se os demais onde estão.

Pertenço ao país onde as empresas privadas são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.

Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.

Pertenço a um país:

-Onde a falta de pontualidade é um hábito;

-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.

-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos.

-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.

-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.

-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.

Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.

-Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar.

-Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.

-Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.

Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.

Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.

Não. Não. Não. Já basta.

Como 'matéria-prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.

Esses defeitos, essa 'chico-espertice' portuguesa congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS . Nascidos aqui, não noutra parte...

Fico triste.

Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.

E não poderá fazer nada...

Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.

Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.

Qual é a alternativa ?

Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror ?

Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados... igualmente abusados !

É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...

Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.

Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.

Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.

Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:

Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, somos tolerantes com o fracasso.

É a indústria da desculpa e da estupidez."


Eduardo Prado Coelho - in Público

(Texto enviado por e-mail por Becas)

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Narcisismo exacerbado

"Digam o que disserem, mas ainda está para nascer um primeiro-ministro que tenha feito melhor no déficit!"


Pintura de John William Waterhouse: Narciso, mirando-se nas águas do lago, apaixona-se pela sua própria imagem

domingo, 5 de julho de 2009

Miguel Sousa Tavares odeia os Blogues


“Não vejo nem blogues nem redes sociais. Odeio o Facebook, odeio o Twitter. A única coisa que faço na Internet é, para além dos mails, para além de instrumentos de trabalho, wikipedias, etc., uso o Skype em telefonemas para o estrangeiro, mais nada. Não faço mais nada. Ah, jogo bridge. Agora, a ideia de rede social, e de blogues, tudo em comunicação, a falar… acho insuportável. Os blogues são uma série de gente que se acha importantíssima, que tem uma espécie de capelinhas, quase religiões, com os seus fiéis atrás. Há excesso de informação. (…)
No Facebook e no Twitter tudo tem umas teses extraordinárias. São todos cultíssimos, leves, frescos, trendy, sei lá...”


Diário de Notícias, Entrevista com Miguel Sousa Tavares, 5 de Julho de 2009

Olhe, pecébe, eu também não vou lá muito com a sua cara, sei lá...
E que os Blogues o incomodem, é naturalíssimo.
É preferível que o menino fique mesmo a jogar o seu bridge, do que perder tempo a ler esta gente insuportável e cheia de teses.
Deixe-nos lá a trocar informações irrelevantes nas nossas teias de laboriosas aranhas, não se incomode por sermos assim cultíssimos e trendy, ora por quem é!
Passamos bem sem si, rico, believe me..!

sábado, 23 de maio de 2009

Manias de novo-rico


Criadores de cão de água português já têm reservas pagas para 2010

O cão de água português, antigo companheiro de pescadores, ganhou popularidade inesperada ao tornar-se o eleito de Barack Obama, uma moda que faz os apaixonados pela raça temer pela sua pureza.

"Tem sido uma loucura, já tenho reservas pagas para o próximo ano", disse à Lusa Carlos Moreira, de Santo Tirso, que vende cada exemplar a mil euros, se for para ficar no país. Para fora é quase o dobro. "No dia em que saiu a notícia, à hora de almoço tinha uma ninhada completa, antes do jantar já não tinha nada", contou, recordando o momento em que o cão de água português ganhou destaque nos EUA.

(...)"Há estrangeiros que me dizem que têm um Ferrari, um iate e um cão de água. É muito conhecido lá fora", diz, sublinhando tratar-se de "um cão soberbo".(...)

Mas há quem já tenha assistido a modas idênticas e maus resultados.

Maria João Pulido, coordenadora de bem-estar animal, diz que já aconteceu com os cocker, os huskie e os labrador, que acabaram por perder qualidades devido a cruzamentos menos escrupulosos para alimentar a procura, chegando-se ao ponto de cruzar animais da mesma família. Diz ainda que muitas pessoas compram um cão sem saber o que estão a fazer e adverte que, apesar da aparência, o cão de água "não é um peluche". É por tradição um cão de trabalho, precisa de exercício e companhia."

Público/Lusa, 23.05.2009

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Conflito de gerações dura há mais de 4000 anos


Falando sobre conflitos de gerações, o médico inglês Ronald Gibson começou uma conferência citando quatro frases:

1. "A nossa juventude adora o luxo, é mal-educada, despreza a autoridade e não tem o menor respeito pelos mais velhos. Os nossos filhos hoje são verdadeiros tiranos. Eles não se levantam quando uma pessoa idosa entra, respondem aos pais e são simplesmente maus."

2. "Não tenho mais nenhuma esperança no futuro do nosso país se a juventude de hoje tomar o poder amanhã, porque esta juventude é insuportável, desenfreada, simplesmente horrível."

3. "O nosso mundo atingiu o seu ponto crítico. Os filhos não ouvem mais os pais. O fim do mundo não pode estar muito longe."

4. "Esta juventude está estragada até ao fundo do coração. Os jovens são maus e preguiçosos. Eles nunca serão como a juventude de antigamente... A juventude de hoje não será capaz de manter a nossa cultura."

Após ter lido as quatro citações, ficou muito satisfeito com a aprovação que os espectadores davam às frases.

Então, revelou a origem delas:

- a primeira é de Sócrates (470-399 a.C.)

- a segunda é de Hesíodo (720 a.C.)

- a terceira é de um sacerdote do ano 2000 a.C.

- a quarta estava escrita em um vaso de argila descoberto nas ruínas da Babilónia e tem mais de 4000 anos de existência.

(recebido por e-mail)

Imagem: Sócrates - escultura

domingo, 10 de maio de 2009

Novo-riquismo metrossexual?


A loja americana que veste Sócrates

"José Sócrates é um dos clientes da mais exclusiva (e cara) loja de Beverly Hills onde só entra um cliente de cada vez, com hora marcada e todo o staff de empregados à sua disposição.

Além do primeiro-ministro português, esta loja conta na exclusiva lista de clientes com nomes como Vladimir Putin, Bill Clinton, Steven Spielberg, Larry King, Sir Elton John, Al Pacino ou Robert de Niro.

Talvez isto explique o porquê de José Sócrates ter sido considerado um dos homens mais elegantes do Mundo."

Publicado em i.informação, 05 de Maio de 2009

terça-feira, 14 de abril de 2009

Mini saias e decotes proibidos em Faro


"Funcionárias da Loja do Cidadão de Faro proibidas de usar saias curtas e decotes

Instruções dadas em acção de formação antes da abertura da loja

As funcionárias da Loja do Cidadão de Faro, inaugurada a 3 de Abril, foram proibidas de usar saias curtas, decotes, saltos altos, roupa interior escura, gangas e perfumes agressivos. As instruções foram dadas numa acção de formação antes da abertura da loja, denunciou uma funcionária.

Segundo conta hoje o “Correio da Manhã”, as instruções foram apresentadas durante uma acção de formação promovida pela Agência de Modernização Administrativa.

“Esta acção incide sobre várias matérias e, em particular, sobre o que deve constituir um atendimento de qualidade, que ajuda ou prejudica o relacionamento com os cidadãos”, justificou Maria Pulquéria Lúcio, vogal do Conselho Directivo da agência, ao jornal.

Os “aspectos de postura pessoal foram abordados como importantes para uma imagem cuidada” das funcionárias, acrescentou.

Pulquéria Lúcio confirmou a proibição do uso de decotes exagerados, perfumes agressivos e gangas, mas negou a referência a saltos altos e a roupa interior escura."

PÚBLICO, 10.04.2009 - 08h36

MEU COMENTÁRIO:
Aquilo que se oferece dizer é que, definitivamente, vivemos uma época de obscurantismo e estupidez. Só em nome de falsos puritanismos bacocos é que se pode entender uma medida como esta. E cabe perguntar: por este andar, onde é que isto vai parar?

Como em toda e qualquer situação, o que deve prevalecer é o bom senso. É evidente que uma pessoa, homem ou mulher, não pode ir nua para o local de trabalho, nem deverá assumir qualquer atitude provocatória, que possa incomodar de forma óbvia os sujeitos sociais com os quais vai interagir. Isto é válido tanto para funcionários de loja, quer ela seja do cidadão ou não, como para qualquer repartição, banco, hospital ou escola.

Para exibição dos atributos de cariz sexual ou quaisquer atitudes de indução ao acasalamento, há locais e circunstâncias mais adequadas e eficazes do que o local de trabalho.

Mas não exageremos. Chegar ao ponto de proibir perfumes, definir tamanhos de saia ou de decote, faz-me lembrar outros tempos, em que, aluna de um dos Liceus mais vanguardistas de Lisboa, ainda assim, fui chamada ao gabinete da Sra. Vice-Reitora e compelida a baixar a bainha da bata, sob pena de procedimento disciplinar!

Não imagino o que faria se um chefe meu me viesse falar na cor da minha roupa interior, mas acho que teríamos um problema. Suponho que estas exigências não devem ter sido colocadas aos funcionários homens, que devem poder usar à vontade os ténis velhos, o cabelo seboso ou as calças a cair pelo traseiro abaixo, porque isso não deve fazer mal nenhum.

Por este andar, o senhor chefe da tal Loja terá de começar por traçar os centímetros acima do joelho a partir dos quais uma saia é “mini” e elaborar uma lista dos perfumes considerados “agressivos”. Para esta última medida, supostamente deverá mandar vir de França especialistas em perfumes, ou os seus criadores, pois não se conhecem aos chefes das repartições competências estéticas nem químicas para o definir…!

Se querem cuidar da imagem dos funcionários, seria mais interessante começar por mandá-los fazer check-up estomatológico ou odontológico, para não exibirem cáries ou mau hálito ao público, evitar o cheiro de “chulé” ou de “sovaco”, esses sim “perfumes agressivos” muito mais difíceis de suportar do que um decote ou uma mini-saia!

Não estamos em tempo de permitir a descriminação entre homens e mulheres nos locais de trabalho e muito menos atitudes misóginas de pequenos ditadores que gostam de abusar do poder. Definitivamente, não é pelo tamanho da saia, do cabelo ou da cor do baton que se afere as qualidades de trabalho de uma funcionária, nem o atendimento será necessariamente de maior qualidade se esta tiver aspecto de rata de sacristia.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Excomunhão de equipa médica


D. José Cardoso Sobrinho, o bispo responsável pela excomunhão da equipa médica que realizou um aborto numa menina brasileira de 9 anos que tinha sido violada pelo padrasto e se encontrava grávida...
Como fiel seguidor de Josef Ratzinger, este bispo deve estar mais preocupado em mandar para o inferno os médicos que provavelmente salvaram a vida a esta pobre menina do que o esbirro que a engravidou!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Bispo de Viseu – uma voz discordante


D. Ilídio Leandro, bispo de Viseu, que nasceu em S. Pedro do Sul em 1950 e foi ordenado padre aos 23 anos, tem mostrado grande sensibilidade nas questões que dizem respeito aos problemas concretos da vida dos cidadãos.
Já em 2004 teve um papel de mediação relevante entre a população de Canas de Senhorim e o Presidente da República Jorge Sampaio, colocando-se ao lado dos cidadãos por causa de a povoação não ter passado a concelho.
Em 2007 o bispo de Viseu disse que votaria “sim” no referendo ao aborto se em causa estivesse a despenalização da mulher, posição que não foi bem aceite no seio da Igreja.
Há dias tomou posição acerca do uso do preservativo dizendo que era “um dever ético” que os seropositivos o usassem nas relações sexuais, contrariando assim a posição assumida pelo Papa.
Mais recentemente o Bispo assumiu numa conferência sobre a violência doméstica que o divórcio pode ser a solução quando há violência no casamento: “se o casal não consegue viver o amor, o casamento já não existe”, disse, tendo já assinado seis anulações de casamentos católicos.
Tratado com grande carinho pelos seus paroquianos, D. Ilídio, que parece saber gerir conflitos e demonstrar bastante humanidade, referiu que tudo fará para que a Igreja se mantenha actualizada à medida do século XXI.
Este Bispo parece não recear a Excomunhão por parte do Vaticano. Mas, se ela vier a ocorrer, talvez o distrito de Viseu possa ganhar um futuro autarca, dada a sua crescente popularidade.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Revista "Lancet" quer que Papa se retracte das declarações sobre o uso do preservativo


"A revista "Lancet", uma das mais conceituadas publicações médicas do mundo, acusou o Papa de ter distorcido as provas científicas sobre o uso dos preservativos, exigindo mesmo que Bento XVI se retracte das polémicas declarações proferidas durante a visita que fez a África na semana passada.

Ao iniciar o périplo pelo continente africano, Bento XVI sustentara que a “tragédia [da sida] não pode ser vencida apenas com dinheiro, nem pode ser vencida com a distribuição de preservativos que podem até aumentar o problema”. Na edição de hoje, a revista "The Lancet", em editorial, denuncia que o Papa “distorceu publicamente os dados científicos com o propósito de promover a doutrina da Igreja sobre este assunto”.

“Não é claro se o erro do Papa se deveu à ignorância ou a uma tentativa deliberada de manipular a ciência”, avaliava a publicação, acusando ainda o Vaticano de “tentar dar a volta às palavras do Papa, alterando ainda mais a verdade”.

Por isso, a revista médica quer de Bento XVI uma correcção pública da polémica afirmação: “Quando uma pessoa com tal influência, seja uma figura religiosa ou política, faz uma declaração científica falsa que pode ter consequências devastadoras, deve retractar-se ou corrigir publicamente aquilo que foi dito. Menos do que isso vindo do Papa seria um péssimo serviço ao público".

Público.Pt, 27.03.2009 - 09h36 AFP

quarta-feira, 18 de março de 2009

Bento XVI: Preservativos «podem aumentar» o problema da Sida


A «tragédia da sida não pode ser resolvida só com dinheiro, nem pode ser resolvida com a distribuição de preservativos, que pode até aumentar o problema», afirmou ontem, no avião que o levava à capital dos Camarões, Yaoundé, o Papa Bento XVI.

Fonte: Reuters - 18.03.2009

Meu Comentário:
Parece-me que este senhor não está a ver bem a coisa: desde há muito que o Vaticano está a partir de um pressuposto errado: o de que a epidemia da SIDA deve ser controlada por meio da castidade. Nada mais fora da realidade.
Em África ou fora dela, as pessoas têm relações sexuais na proporção inversa das suas condições para sobreviver e criar filhos. Quanto mais fome, miséria e falta de meios as pessoas têm, por paradoxal que isto seja, mais filhos produzem. E onde a SIDA existe, as crianças muitas vezes nascem já com ela.
Está estatística e sociologicamente demonstrado que não é apelando à castidade que a epidemia se combate, mas sim fornecendo os meios eficazes para o seu controle; o mais fácil e menos dispendioso de todos eles é o preservativo.
Mas enquanto o Vaticano insistir em tapar o sol com a peneira, não há modo de contar com a Sede da Igreja Católica para este terrível combate a uma situação que está afectar seriamente a maior parte das populações do continente africano.
Deus lhes perdoe, porque não sabem o que dizem!