quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Mulher na Malásia condenada por ter bebido cerveja
Uma jovem mulher, manequim e mãe de dois filhos, foi condenada em Kuala Lumpur por ter bebido uma cerveja em público.
A pena consiste em seis açoites de chicote, castigo que a mulher exige que seja aplicado em público, para que o mundo veja a justiça dos homens que a estão a punir.
O castigo foi adiado em virtude de ter começado o Ramadão.
Os mais elementares direitos das mulheres no mundo islâmico continuam a ser flagrantemente ignorados e violados nalguns países, que as obrigam a viver isoladas e a sofrer autênticas torturas medievais (no pior sentido da palavra), como é o caso do uso da burka no Afeganistão.
Eis a notícia do Público:
Mulher na Malásia condenada a seis bengaladas por ter bebido álcool no Ramadão - Sentença foi confirmada por autoridades islâmicas do país
"As autoridades religiosas da Malásia confirmaram hoje que uma mulher de 32 anos vai ser castigada com seis bengaladas por ter bebido álcool durante o Ramadão.
Kartika Sari Dewi Sukarno foi detida e depois libertada e conduzida a sua casa esta madrugada, levantando a esperança de que a sentença, relativa a acontecimentos que se verificaram em 2007, tivesse sido revogada. Mas as autoridades religiosas da Malásia, um país maioritariamente muçulmano do Sudeste asiático, com 27 milhões de habitantes, vieram esclarecer que o castigo fora apenas adiado para depois do Ramadão.
O caso está a levantar receios de um endurecimento deste Estado, onde nenhuma mulher tinha sido condenada até hoje a um castigo desta severidade. Existe também a preocupação de que um sistema legal islâmico paralelo esteja a crescer neste país multiétnico.
A sentença foi adiada na sequência de um pedido do procurador-geral da Malásia, disse Mohamad Sahfri Abdul Aziz, um responsável religioso do estado de Pahang, acrescentando que aquela não tinha sido cancelada.
Ao regressar a casa, Kartika Sari Dewi Sukarno recusou-se inicialmente a sair da carrinha em que fora transportada sem que fosse esclarecido se a sentença fora ou não anulada. A mulher de 32 anos, mãe de dois filhos, exige que a sentença seja executada em público."
Público.Pt/Reuters, 24.08.2009 - 09h15
A AMNISTIA INTERNACIONAL requereu já ao governo da Malásia a revogação da sentença por considerar que "dar chicotadas é uma forma cruel, desumana e degradante de castigo e está proibido pelas leis internacionais dos direitos humanos".
Kartika foi ainda condenada a pagar uma multa de cerca de 1000 Euros por este "delito", embora viva há mais de 15 anos em Singapura e estivesse na discoteca de um Hotel quando tomou a cerveja.
Os cerca de 50 vizinhos da sua aldeia natal manifestaram já a sua solidariedade para com a modelo e a sua vontade de defendê-la desta pena demasiado pesada e sem precedentes.
Oi, senhores do Islão, estamos no século XXI - remember?
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Sem graça, dado o sofrimento da "ré", se eu fosse mulher na Malásia, teria o corpo bem marcado, não por ser alcoólico, mas por gostar muito de cerveja, que para quem não sabe, diz quem sabe, que é o elixir da juventude.
ResponderEliminarGraças a Deus que sou homem e vivo num país "decente".
ResponderEliminarOlá Miguel!
ResponderEliminarEu gosto só pontualmente e de poucas (mas boas) marcas de cerveja.
Bebo raramente alcool, só para festejar alguma coisa especial.
Mas posso fazê-lo, embora sendo mulher, graças a Deus vivo num país onde somos mais consideradas respeitadas do que em alguns outros deste mundo, ainda tão cheio de injustiças e desigualdades.
E vá uma cervejinha à nossa saúde!