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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Cansaço

Lady Blitz (c) Luís Diferr, 1988

Cansaço

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por suposto em alguém,
Essas coisas todas —
Essas e o que falta nelas eternamente —;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada —
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah, com que felicidade, infecundo cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimno, íssimo, íssimo,
Cansaço...

Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa

(Enviado por Becas)

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Metade dos professores sofre de exaustão


Metade dos professores portugueses sofre de stress, ansiedade e exaustão

11.06.2012 - 08:28 Por João d´Espiney 
"Investigadoras do ISPA inquiriram mais de oitocentos docentes de todo o país. A indisciplina e o desinteresse dos alunos, o excesso de carga lectiva e a extrema burocracia nas escolas são os principais motivos apontados."
Notícia no Público 

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Estou mais ou menos assim


Anestesiada...
Chegada de férias encontro o país a arder em fogo lento, com pesadas medidas e agravamento do desemprego entre os professores, além de um clima que ameaça conflitualidade neste início de ano lectivo (perdão, letivo)!
O que se pode fazer senão dormir, desejar até mesmo hibernar, já que para voltar para as férias seria preciso fazer mais um ano de poupanças trabalhando muito...
Deixem-me dormir o fim de semana todo e por favor não me peçam que não feche o Blogue.
Se acordar, logo vejo se consigo aguentar o tranco, levantar a cabeça e voltar a escrever o que me vai na alma, e que, por certo, não será bom.

(Pintura: Flaming June by Fredrick Lord Leighton, 1830-1896)