terça-feira, 17 de março de 2009
50 mil processos disciplinares? Não acredito!
A Ministra da Educação coloca, como sempre, na mão dos Conselhos Executivos a responsabilidade de decidir aquilo que ela não quer, ou não pode, fazer.
Insistindo na tecla da impossibilidade de os professores que não entregaram os seus Objectivos individuais não poderem se avaliados, e, por via disso, não lhes ser contado o tempo para a progressão na carreira, conforme disse ontem na entrevista que está publicada abaixo, remete para os PCEs a decisão de agir disciplinarmente.
Só que, por algumas reacções já auscultadas, os Professores que exercem os cargos de Presidente de Conselho Executivo em muitas Escolas não querem e nem o irão fazer.
Nomeadamente, sabe-se que os 212 PCEs em cujas escolas foi assumido que a entrega dos OI não é necessária, não se tenciona punir nenhum professor por não entregá-los.
Proceder disciplinarmente contra os seus colegas por causa de algo que nem sequer está consignado no Estatuto da Carreira Docente como um dever do professor, acabaria de destruir o ambiente das relações humanas nas escolas, que já de si anda bastante perturbado e colocaria irremediavelmente em risco o normal funcionamento do ano lectivo, a um terço do fim.
Podem mais uma vez chamar-me ingénua, mas não acredito que isto vá acontecer e sim que o bom senso prevaleça.
«O Ministério da Educação quer passar para as escolas a responsabilidade de punir os professores que não entreguem os Objectivos Individuais porque também não encontra respostas», reagiu ao Diário de Notícias Rosário Gama, presidente da Escola Infanta Dona Maria, em Coimbra.
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