Tâmega ameaça a saúde pública
O rio Tâmega, que passa em Amarante está contaminado com algas tóxicas e bactérias nocivas que podem lesar o fígado e a pele.
O programa da SIC "Nós por cá" foi fazer a reportagem que pode ser vista aqui e abre espaço a comentários.
Este Blogue já noticiou aqui e aqui este desastre ambiental que urge resolver. Fotografia de Anabela Magalhães
ENTRE OS NEGÓCIOS DA ÁGUA E O MONSTRO DAS BARRAGENS NO TÂMEGA
ResponderEliminarO Ministério do Ambiente e o seu Instituto da Água, I.P./Autoridade Nacional da Água estão obrigados perante o Estado a promover a utilização «eficiente» dos recursos hídricos nacionais, visando «uma nova abordagem aos temas da água em Portugal, no quadro do conceito de desenvolvimento sustentável».
Então, onde pára o Ministério deste Ambiente?...
E por onde vai o Instituto daquela Água?...
Sabe-se apenas que, depois de 2007, passaram a estar mais empenhados e envolvidos em concessionar barragens para a bacia do Tâmega do que em monitorizar a qualidade das águas, coordenar, cumprir e fazer cumprir o quadro legal em vigor. Tanto que o ano de 2008 – em plena década mundial «WATER FOR LIFE» (2005-2015) – ficou marcado pelo negócio dos rios e dos recursos da Água.
Os resultados da acção mercenária e garimpeira no Tâmega – iniciada na segunda metade dos anos de 1980 com a construção da Barragem do Torrão, contra toda a ordem de valores ambientais e de desenvolvimento civilizacional –, estão patentes em Amarante no estado de putrefacção que as águas do rio reflectem.
No passado assim como no presente, o mesmo protagonista carrasco do rio Tâmega, da paisagem, do Vale e de Amarante: Francisco Nunes Correia.
Antes, encostado ao PSD, enquanto Director-Geral dos Recursos Naturais/Autoridade Nacional da Água, quando a Barragem do Torrão foi construída sem ponderação ambiental do Estado nem respeito pelos superiores interesses das populações.
Presentemente, assumido actor político enfileirado no PS, enquanto Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional do XVII Governo Constitucional. Definitivamente comprometido com o impulso barragista e a adjudicação bilionária de mais seis(!) «grandes barragens» a montante de Amarante, ignorando o respeito ao Ambiente – presente nos valores multigeracionais da Água, da paisagem, dos ecossistemas classificados e da segurança da cidade de Amarante – no quadro da «gestão sustentável das águas», consagrado na Lei da Comunidade e do Estado.
Onde pára o Ministério deste Ambiente?...
E por onde vai o Instituto daquela Água?...
José Emanuel Queirós
Muito obrigada pelo esclarecimento.
ResponderEliminarContribuiu para que se perceba melhor os meandros que originaram este estado de coisas.
Espero e desejo que seja reversível.
Muito obrigada pelo teu apoio, Lelé! Tens sido de uma generosidade comovente na defesa do "meu" Tâmega!
ResponderEliminarBeijinhos