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domingo, 6 de março de 2011

O Partido Comunista Português faz 90 anos

Álvaro Cunhal, retratado por Henrique Matos

«Após o fim da Primeira Guerra Mundial em 1918, Portugal caiu numa grave crise económica, em parte devido à intervenção militar na guerra. A classe dos trabalhadores respondeu ao deteriorar do seu nível de vida com uma onda de greves. Com o apoio da União Operária, cresceram as movimentações reivindicativas e, no fogo dessas lutas, a classe operária conquistou, finalmente, a histórica vitória da jornada de 8 horas de trabalho.
Em Setembro de 1919, o movimento da classe dos trabalhadores fundou a Confederação Geral do Trabalho, ou CGT. Contudo, a falta de poder político devido, por sua vez, à falta de uma estratégia política coerente entre os trabalhadores, levou à fundação da Federação Maximalista Portuguesa (FMP) em 1919. O seu principal objectivo era promover ideias revolucionárias e socialistas, e organizar e desenvolver um movimento dos trabalhadores.
Após algum tempo os membros da FMP sentiram a necessidade de uma vanguarda revolucionária entre os trabalhadores Portugueses. Depois de várias reuniões em várias sedes dos sindicatos, e com a ajuda da Comintern, foi fundado o Partido Comunista Português, ou PCP, como a secção Portuguesa do Internacional Comunista (Comintern), no dia 6 de Março de 1921.»
(Wikipédia)

Simpatize-se ou bem antes pelo contrário, em Portugal não se pode ignorar o papel histórico dos comunistas nas lutas operárias ao longo do século XX. 
Do mesmo modo o PCP, liderado durante muitos anos por Álvaro Cunhal teve um papel determinante na resistência ao Estado Novo e ao regime de Salazar e Marcelo Caetano.
Os seus militantes eram bem conhecidos da PIDE e passavam a vida a mudar de casa, de aspecto e de nome para iludirem a vigilância e a censura dos meios de comunicação.
Ainda hoje há quem defenda que as movimentações sindicais vão buscar, para o bem e para o mal, o seu principal apoio à ideologia e às estratégias adoptadas pelo movimento comunista internacional. 

1 comentário:

  1. Concordo, plenamente, que o papel que o PC representou para a nossa história, em muitos dos seus anos de existência, foi de enorme relevância e de modo algum pode deixar de ser considerado. Álvaro Cunhal, para não falar de outros, é uma figura respeitada por todos os quadrantes políticos. A maioria dos seus militantes que se entregaram, voluntariamente e penso que honestamente, a uma vida de sacrifícios, também não pode ser ignorada. Agora, se os objetivos finais deles foram ao encontro dos da maioria dos portugueses, tem sido provado que não. O ótimo é e será sempre inimigo do bom.....Tita Fan

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