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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Abriu a época da caça a Mário Nogueira


1º de Maio de 1886, Chicago

Não é novidade. Chama-se falácia Ad Hominem. Quando não se quer (ou não se consegue) combater a tese, ataca-se o autor. Quando não se pode refutar a teoria, há que derrubar a personalidade que a defende. Já aconteceu assim na semana passada entre Couto dos Santos que partiu para o ataque pessoal a Paulo Guinote quando percebeu que não conseguia contradizê-lo.

As pessoas não têm a coragem de dizer que os professores (90% dos quais têm feito greves há duas semanas), não têm razão. É muito mais fácil descarregar o ódio em alguém que dá a cara pelas lutas e é reconhecido nos Media como um dos seus líderes. Mata-se e esfola-se vivo, se preciso for, o secretário-geral da Fenprof Mário Nogueira. 

Tenho lido de tudo a tentar denegrir e descredibilizar Mário Nogueira. Até, para meu espanto, um artigo de João Miguel Tavares no "Público", em que revela um anti-comunismo histérico e primário. No Expresso, Daniel Oliveira aborda esta espécie de transferência do ódio aos professores - não assumido - para um ódio - assumido - a Mário Nogueira, que emerge dos mais diversos sectores. 

Assim, as consciências ficam tranquilas por ter encontrado o seu bode expiatório e canalizado a sua revolta para um demónio que até está mesmo ali, à mão de semear. Além disso, é só um, não são 100000. Assim é mais fácil não errar o tiro. Abata-se o Mário Nogueira e todos os problemas que os professores levantam cessarão!

Recomendo a leitura do artigo do Expresso:
"Abriu a caça ao Nogueira", por Daniel OliveiraAqui.

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