1º de Maio de 1886, Chicago
As pessoas não têm a coragem de dizer que os professores (90% dos quais têm feito greves há duas semanas), não têm razão. É muito mais fácil descarregar o ódio em alguém que dá a cara pelas lutas e é reconhecido nos Media como um dos seus líderes. Mata-se e esfola-se vivo, se preciso for, o secretário-geral da Fenprof Mário Nogueira.
Tenho lido de tudo a tentar denegrir e descredibilizar Mário Nogueira. Até, para meu espanto, um artigo de João Miguel Tavares no "Público", em que revela um anti-comunismo histérico e primário. No Expresso, Daniel Oliveira aborda esta espécie de transferência do ódio aos professores - não assumido - para um ódio - assumido - a Mário Nogueira, que emerge dos mais diversos sectores.
Assim, as consciências ficam tranquilas por ter encontrado o seu bode expiatório e canalizado a sua revolta para um demónio que até está mesmo ali, à mão de semear. Além disso, é só um, não são 100000. Assim é mais fácil não errar o tiro. Abata-se o Mário Nogueira e todos os problemas que os professores levantam cessarão!
Recomendo a leitura do artigo do Expresso:
"Abriu a caça ao Nogueira", por Daniel Oliveira. Aqui.
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