Alguém dizia
que a vida está cheia de contrastes e matizes e nos fascina por todas as partes
que encerra.
A mim
fascina-me a beleza destes dias de final de verão, a luz e a claridade que se
desprende de um dia de sol como este, dando-me uma alegria de viver que é por
vezes contagiante.
À noite a
escuridão aprisiona-me e fecha-me. Mas hoje, vi uma estrada de luz no lago,
azul profundo, iluminado pela lua, e a sua magia encheu-me de felicidade.
A atmosfera
única do pôr-do-sol, carregado de tons violeta e rosa, cedeu lugar ao brilho
leitoso da lua que desprendia poalhas de cristal sobre as águas do lago, manso
e tranquilo.
Esta minha
atração pelos opostos, o sol e a lua, o dia e a noite, o calor e a frescura, a agitação
e a tranquilidade, fazem de mim uma espécie de animal de instintos, quase
selvagens, ao mesmo tempo pueris.
Suspiro e
sinto-me bem. Vivo ao sabor dos ritmos da natureza e fico feliz.
Dá-me uma tranquilidade
enorme adormecer com a lua, acordar com o cantar dos galos, mergulhar nas
águas, respirar com a brisa.
Penso,
respiro, leio e escrevo. E amo.
Dentro em breve começarei também a falar, falar…
Para ti,
vinte e cinco anos depois, sempre a minha palavra, a minha lembrança, o meu
afeto.
Sempre tu. E ela. E poucos mais. Muito poucos.
Porque a amizade não
trai, não morre, não passa.
Como tudo o que é genuíno e puro.
Lelé Batita
Lelé Batita
07/09/2003
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