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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

10 anos sobre o 11 de Setembro de 2001


O horror que os americanos viveram e o que o mundo presenciou naquele dia não se pode varrer da memória. Aquele atentado à humanidade ficou conhecido no mundo de língua inglesa como 9/11, que eles dizem "nine-eleven".

Vi incrédula e em directo o ataque do segundo avião às torres do World Trade Center em New York e não queria acreditar que fosse real. Paulo Camacho na SIC estava igualmente estupefacto e dos canais de televisão norte-americanos confirmava-se a notícia "trata-se de um atentado e não de um acidente"! Pudera, um acidente não teria uma réplica idêntica minutos após o embate do primeiro avião.

Aquilo que parecia inacreditável desfilou diante dos meus olhos nos minutos e horas seguintes como um dos maiores horrores da história: pessoas a atirar-se de arranha-céus para o vazio e duas torres de aço, vidro e betão a despenhar-se como castelos de cartas! Centenas de bombeiros e socorristas pouco puderam fazer perante a magnitude do ataque. Quando a poeira finalmente começou a assentar e permitiu que se contassem os corpos carbonizados, entre mortos e desaparecidos, as vítimas foram quase 3000 pessoas, o que é inédito num atentado urbano.

A Al Qaeda de má memória reuniu durante meses ou anos o capital e os meios necessários para a preparação dos pilotos e, increditavelmente, as comunicações a respeito destes meticulosos planos, escaparam aos serviços secretos norte-americanos. O mundo aprendia com estupor que afinal o gigante era vulnerável e a inteligenzia do país mais poderoso do mundo não estava suficientemente atenta.

Se o perigo soviético, inimigo tradicional dos EUA havia passado depois do desanuviamento introduzido pela perestroyka de Mikhail Gorbachov, a partir de agora seriam as organizações fundamentalistas islâmicas a concentrar as atenções da prevenção contra o terrorismo urbano.

Eu costumava ter medo da ETA e do IRA; a partir dos atentados ao World Trade Center em NY, ao comboio de Madrid e ao Metro de Londres, as bombas daqueles movimentos parecem coisa pouca.

Voltei a sentir um frio no estômago há pouco mais de um mês com o atentado de Oslo e cheguei a escrever neste Blogue que a mortandade devia ser coisa da Al Qaeda. Mas o terrorismo ali tinha outro rosto, o de um jovem com cara de anjo, pseudo-neo-templário de extrema-direita, que queria "limpar" a Europa do multiculturalismo...  E dessa história ainda nos faltam muitos dados; mas é certo que a Noruega ainda não se refez, não só do choque, como da impreparação que se evidencou na falta de resposta atempada da polícia aos movimentos do assassino, que acabou por liquidar cerca de 80 pessoas em poucas horas. 

Uma coisa sinto como certa: depois do 11 de Setembro o mundo nunca mais foi o mesmo. Passaram 10 anos. A Mimi Lenox convida-nos aqui a recordar este 10º aniversário de um dos maiores ataques à humanidade. A Pérola de Cultura associa-se ao assinalar deste momento.

Grafismo: (c) Luís Diferr a partir de template de Mimi Lenox

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