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terça-feira, 3 de julho de 2012

Tumbuktu em risco de destruição


Não é caso inédito; a destruição de relíquias arquitetónicas que são património mundial já ocorreu em várias partes do mundo, como por exemplo no Afeganistão. Os Budas gigantes, esculpidos em nichos escavados na rocha, foram objeto de cargas explosivas por parte dos talibans. Estes fanáticos consideraram que os Budas de Bamyan eram símbolos pagãos, logo, atentados contra o Islão, a destruir pela base. Lá ficaram portanto feitos em destroços. 
Agora, a cidade de Tombuktu, património da Humanidade, está em risco de ser destruída, pelas fações islâmicas extremistas. O grupo que destruiu já seis dos dezasseis mausoléus classificados pela UNESCO, tem ligações à Al-Qaeda e prometeu destruir todos os símbolos, incluindo cemitérios, mesquitas e outros monumentos. Quem consegue pôr cobro a esta barbárie? 


“Eles [combatentes islamistas] arrombaram a porta de entrada de uma das mesquitas classificadas (a de Sidi Yahia) e prometem destruir todos os lugares considerados sagrados, incluindo os cemitérios e os locais com símbolos artísticos”, contou Lassana Cissé, explicando que os islamistas “querem destruir todo o património significativo ligado a um Santo ou uma tradição ancestral (crença em fenómenos sobrenaturais e lendas)”. “A única razão é o extremismo religioso, o fanatismo e o obscurantismo cultural.”  
(...) Situada às portas do deserto do Sara, Tombuctu fica a mil quilómetros da capital, e tem 30 mil habitantes. É património da humanidade desde 1988 e deve a sua fundação aos tuaregues. Graças à prosperidade que atingiu, sobretudo nos séculos XV e XVI devido ao comércio das grandes caravanas, transformou-se no centro cultural e espiritual de África, pólo a partir do qual o islão se alargou a grande parte do continente."
Notícia aqui

domingo, 11 de setembro de 2011

A queda do colosso



Muitas são as dúvidas que se levantam sobre como é que as duas torres do World Trade Center, estruturas fenomenais de aço, betão e vidro se puderam "pulverizar" de modo a cair em apenas 10 segundos. Testemunhos de sobreviventes falam em explosões nos andares de baixo, coisa que nenhuma investigação conseguiu apurar.
Sou por princípio contra todas as teorias que tentam culpar os próprios EUA pelos atentados, por achá-las absurdas; mas que a incompreensível pressa de a cidade se desfazer do todos os destroços, enviando-os para o exterior dá que pensar, dá...

11 de Setembro, dia de luto


Para que a memória do mundo ocidental não se apague, convém recordar que houve cerca de 3000 pessoas mortas em poucas horas nos EUA a 11 de Setembro de 2001.

Matar pessoas só porque sim? Em nome de uma qualquer jihad, porque eram do ocidente, "infiéis", habitantes de um país inimigo de um certo islão fundamentalista. Daí o terror, a afirmação de força perante o poder, outrora tido por invulnerável, do gigante americano.

Hoje, passados 10 anos revivo as imagens daquele dia com um nó na garganta e lembro-me da angústia que senti, misturada com incredulidade, perante aquele crime hediondo, que foi afinal, contra toda a  humanidade.  

Se o respeito pela vida não for um valor fundamental na construção da cidadania, todos os outros se tornarão vazios de significado, venham de onde vierem.

Este Blogue faz hoje um dia de luto pelas vítimas dos brutais atentados terroristas sobre o World Trade Center de NY e o Pentágono, que fizeram ainda despenhar um avião na Pensylvania cheio de cidadãos inocentes.

Ler notícia e ver fotos aqui.
Grafismo de Mimi Lenox

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

10 anos sobre o 11 de Setembro de 2001


O horror que os americanos viveram e o que o mundo presenciou naquele dia não se pode varrer da memória. Aquele atentado à humanidade ficou conhecido no mundo de língua inglesa como 9/11, que eles dizem "nine-eleven".

Vi incrédula e em directo o ataque do segundo avião às torres do World Trade Center em New York e não queria acreditar que fosse real. Paulo Camacho na SIC estava igualmente estupefacto e dos canais de televisão norte-americanos confirmava-se a notícia "trata-se de um atentado e não de um acidente"! Pudera, um acidente não teria uma réplica idêntica minutos após o embate do primeiro avião.

Aquilo que parecia inacreditável desfilou diante dos meus olhos nos minutos e horas seguintes como um dos maiores horrores da história: pessoas a atirar-se de arranha-céus para o vazio e duas torres de aço, vidro e betão a despenhar-se como castelos de cartas! Centenas de bombeiros e socorristas pouco puderam fazer perante a magnitude do ataque. Quando a poeira finalmente começou a assentar e permitiu que se contassem os corpos carbonizados, entre mortos e desaparecidos, as vítimas foram quase 3000 pessoas, o que é inédito num atentado urbano.

A Al Qaeda de má memória reuniu durante meses ou anos o capital e os meios necessários para a preparação dos pilotos e, increditavelmente, as comunicações a respeito destes meticulosos planos, escaparam aos serviços secretos norte-americanos. O mundo aprendia com estupor que afinal o gigante era vulnerável e a inteligenzia do país mais poderoso do mundo não estava suficientemente atenta.

Se o perigo soviético, inimigo tradicional dos EUA havia passado depois do desanuviamento introduzido pela perestroyka de Mikhail Gorbachov, a partir de agora seriam as organizações fundamentalistas islâmicas a concentrar as atenções da prevenção contra o terrorismo urbano.

Eu costumava ter medo da ETA e do IRA; a partir dos atentados ao World Trade Center em NY, ao comboio de Madrid e ao Metro de Londres, as bombas daqueles movimentos parecem coisa pouca.

Voltei a sentir um frio no estômago há pouco mais de um mês com o atentado de Oslo e cheguei a escrever neste Blogue que a mortandade devia ser coisa da Al Qaeda. Mas o terrorismo ali tinha outro rosto, o de um jovem com cara de anjo, pseudo-neo-templário de extrema-direita, que queria "limpar" a Europa do multiculturalismo...  E dessa história ainda nos faltam muitos dados; mas é certo que a Noruega ainda não se refez, não só do choque, como da impreparação que se evidencou na falta de resposta atempada da polícia aos movimentos do assassino, que acabou por liquidar cerca de 80 pessoas em poucas horas. 

Uma coisa sinto como certa: depois do 11 de Setembro o mundo nunca mais foi o mesmo. Passaram 10 anos. A Mimi Lenox convida-nos aqui a recordar este 10º aniversário de um dos maiores ataques à humanidade. A Pérola de Cultura associa-se ao assinalar deste momento.

Grafismo: (c) Luís Diferr a partir de template de Mimi Lenox

domingo, 24 de julho de 2011

Anders Behring Breivik, cavaleiro templário 2083


Ainda não estou em mim de incredulidade a respeito do que aconteceu em Oslo e na ilha de Utoya. Já aqui o afirmei: a Noruega é dos países que conheço provavelmente aquele onde o sentido de cidadania é mais elevado. Mas não só: é tembém o país onde melhor se exerce aquilo a que eu chamo a democracia directa, ou seja, os cidadãos têm uma enorme proximidade dos seus governantes e as suas opiniões são efectivamente consideradas.

Há um cerca de um ano, por ocasião do Oslo Blog Gathering ainda se respirava em Oslo um clima de paz, segurança e tranquilidade. O grupo internacional de bloggers, que integrei com Luís Diferr, foi recebido pelo Mayor de Oslo na sala nobre da Câmara Municipal, sem quaisquer medidas de segurança. Seria pois o país onde menos eu esperaria ver aparecer uma acção terrorista. 

Nessa altura, certamente, este fundamentalista já estaria a preparar estes actos terroristas, na medida em que elaborou um manifesto de 1518 páginas! Usa uma cruz semelhante à dos Templários e é iniciado de uma tal "Loja Azul" pertencente à Maçonaria. É ultranacionalista de extrema-direita e membro activo de um forum sueco de tendência neo-nazi. É contra o multiculturalismo e contra o islão. Há dias citou John Stuart Mill no twitter e parece ter feito uma interpretação muito peculiar da sua citação "Uma pessoa com uma crença equivale à força de 100 mil que só têm interesses".

De vez em quando aparece no mundo um paranóico capaz de espalhar o terror e praticar inqualificáveis genocídios. Este passou à história por ter morto centenas de pessoas num só dia.

Como se já não bastassem criminosos com Hitler, Sadam Hussein, Kadafhi e outros mais, agora aparece na Noruega, o país do Prémio Nobel da Paz, alguém que em tudo se assemelha a uma besta nazi, não fosse o facto de agir, ao que parece sozinho. Os nazis tinham um fortíssimo sentimento de grupo e Hitler apoiava-se muito na máquina de propaganda do partido para arregimentar os jovens e moldá-los ideologicamente.

Este parece que não precisou muito de uma máquina partidária atrás de si, pois segundo disse à polícia, agiu sozinho. Mas, tal como os nazis, Breivik deve por certo achar-se investido de uma missão divina de salvar a Europa dos males do multiculturalismo.



Os princípios onde baseia a sua ideologia "de esperança" são: Força, Honra, Sacrifício e Martírio! Os seus heróis: Charles Martel, El Cid, Richard The Lionheart, Jacques de Molay (o último dos Templários), Vlad Tepes (conhecido como o empalador por lutar contra o Califado Otomano na Roménia), John III Sobiesky (rei lutador contra o Califado Otomano-Islâmico na Polónia e Lituânia), e o Czar Nicolau I (imperador da Rússia)!
Lindo, não é?

O auto-denominado "Cavaleiro Templário 2083" identifica (preconiza?) uma Guerra Civil Europeia entre 1999 e 2083, ano em que deverá estar erradicado o multiculturalismo e a diversidade, que, segundo ele, estão a destruir a cultura dos países europeus. E o manifesto termina com um apelo: "Needless to say, my brothers; we, the conservatives of Europe, have a lot of work to do. Before we can star our Crusade, we must do our duty by decimating cultural marxism".

Estou atónita! Tenho a sensção de ter acabado de ler o Mein Kampf!

Pode ver aqui (de preferência sentado!) os vídeos com o perfil de Breivk e a visita de solidariedade da família real norueguesa às vítimas e às suas famílias.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Bin-Laden, a morte por encomenda

(Imagem cujo autor não foi possível identificar)

Agora que finalmente está cumprido o desígnio da morte do leader da Al-Qaeda, Osama Bin-Laden, não posso deixar de temer um recrudescimento de atentados terroristas por parte daquela organização.

Matar o leader não significa mais do que eliminar um símbolo. Não se aniquila o monstro decapitando-lhe a cabeça. Ele terá certamente deixado bem preparados outros chefes, talvez até ainda mais perigosos e capazes de organizar outros atentados, como o nº 2 da organização Ayman Al-Zawahri, médico egípcio e braço direito de Bin-Laden, considerado um estratega por excelência.

Bin-Laden já era mais um leader ideológico-religioso do que propriamente um operacional. Ele foi o terrorista mais procurado do mundo até hoje e liderou a Al-Qaeda durante vinte anos! Durante os dez em que foi objecto de uma caça sistemática por parte das forças norte-americanas, Bin-Laden teve muito tempo para espalhar as suas sementes e fazê-las germinar. Haverá muitos discípulos seus espalhados por aí, até eventualmente, na Europa.

Apesar de achar que pessoas deste calibre não fazem falta nenhuma no mundo, não posso concordar com manifestações públicas de regozijo perante uma execução encomendada.

Também não me parece que se possa respirar de alívio a ainda menos baixar a guarda. Pelo contrário. A atitude sensata, do meu ponto de vista, seria o silêncio prudencial e uma atenção redobrada à hipótese de retaliações muito em breve contra alvos americanos e não-só.

Só espero e desejo que não se aplique o provérbio "Atrás de mim virá quem de mim bom fará"!