A arte de ensinar não se aprende. Para se ensinar tem que existir uma, diria, vocação inata.
É muito mais importante ter-se conhecimentos medianos e conseguir transmiti-los na sua maioria do que ser, o que se chama um génio, mas nada, ou quase nada, passar para os seus discentes.
A relação que se cria entre o tutor e o aprendiz também é essencial.
Estamos em tempos de mudanças sociais, sejam elas quais forem, e
consequentemente os paradigmas pedagógicos estão a alterar-se. Por muito
difícil que seja, cabe ao professor a sua adaptação a esta nova realidade.
Muitos dizem que “o ensino já não é o que era” e têm razão. Eu, em vez de
conotar negativamente esta frase, prefiro reflectir e dar passos que
motivem os alunos para se empenharem e investirem na sua peça mais
preciosa, o cérebro.
Diria que a mudança é inversamente proporcional à
idade do indivíduo, no entanto, já vi "séniores" mais actualizados do que
alguns jovens. Esta afirmação é pessoal e meramente percepcional, sem
qualquer tipo de estudo para a confirmar e é afirmada com base de uma
experiência de vida.
É certo que todos nós temos de mudar e cabe-nos dar
esse passo.
Olho à minha volta e vejo muitos docentes que se recusam a
mudar e não conseguem ver que estão fora de tempo porque, “sempre foi
assim” e os malandros d’"os alunos é que não me compreendem".
Felizmente
que a maioria não é assim. Neste tempo de mudança estão a aparecer muitas formas diferentes de ensinar, especialmente relacionadas com o uso das novas tecnologias da informação e comunicação (TIC).
Se, por um lado, nunca houve tanta mudança em tão pouco tempo, por outro, nunca houve tantas formas possíveis de divergirmos as nossas estratégias de ensino.
Será que ainda existem professores que se recusem a utilizá-las?
Repito,
temos o dever de alterar as nossas formas de ensinar, em prol de
contrariar a tendência da desactualização dos padrões de ensino.
Só assim
se é um verdadeiro professor.
O que não sabe pensar