Dos resultados das eleições europeias duas coisas saltam à vista: na França a subida, da extrema-direita, pela mão da família Le Pen; na Grécia, a vitória da Syriza, cujo líder é Alexis Tsipras.
Se o fenómeno francês já era algo esperado, pelo contrário, a subida da esquerda dita radical na Grécia é surpreendente.
Se por um lado a sociedade francesa há muito que se debate com conflitos de natureza racista e xenófoba, o que pode explicar esta subida, os gregos estão cansados dos partidos ligados aos habituais governos, que sistematicamente têm imposto ao povo uma austeridade crescente e sacrifícios nunca antes vividos.
Interessante será ver como a Syriza vai encarar a Front National no Parlamento Europeu, depois de o seu patriarca ainda há pouco ter declarado à imprensa que "o problema do excesso de emigrantes se resolveria facilmente com o vírus ébola"!
Se não se conseguir dominar em breve estes aspirantes a Hitler, podemos vir a enfrentar na Europa um déjà-vu de seríssimas consequências, como se as memórias do holocausto nazi já se tivessem dissipado das nossas mentes...
Para este combate é fundamental a presença da Syriza no Parlamento Europeu.
Pena é que Portugal tenha tido uma expressão tão fraca de deputados eleitos pela esquerda e uma abstenção tão elevada. Pensava eu que o pessoal já estava mentalizado que não é não votando que os problemas se resolvem...
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