segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Shakira - de femme fatale a Embaixadora da UNICEF
Shakira, a doce colombiana que arrasou corações há alguns anos com Laundry Service, esteve hoje presente na Cimeira Ibero-Americana no Estoril para fazer valer a voz da sua Fundação para protecção das crianças entre os 0 e os 6 anos na América Latina.
Shakira, na sua qualidade de Embaixadora da UNICEF e activista pelos direitos das crianças, foi ouvida como parceira por alguns chefes de Estado da América Latina, nomeadamente da Argentina, a quem pediu que, na próxima Cimeira, a realizar naquele país, o tema que defende fosse um dos temas em agenda a ser discutido.
À saída da Cimeira e num português "abrasileirado", a cantora prometeu voltar a actuar em Portugal no ano que vem.
Deixo aqui o primeiro vídeo que vi de Shakira e que me deixou perfeitamente fascinada, não só pelos seus dotes de belly dancer, mas também pela espantosa qualidade cinematográfica desta produção.
Esta é para mim a fase mais irreverente e sedutora de Shakira.
Parabéns ao Umbigo!
O Blogue “A Educação do Meu Umbigo” da autoria de Paulo Guinote faz hoje 4 anos e já teve 10 milhões de visitas. Trata-se de um fenómeno de popularidade e adesão da classe docente, que congregou nas suas páginas muitas pessoas que diariamente manifestam as suas inquietações e trocam ideias, como se de uma grande sala de chat para professores se tratasse.
No livro “A Educação do Meu Umbigo”, de cerca de 400 páginas, editado pela Porto Editora, estão coligidos provavelmente os melhores textos deste professor do 2º ciclo do Ensino Básico desde 1987, agora na Escola Mouzinho da Silveira na Moita, Mestre em História Contemporânea e Doutorado em História da Educação.
A TVI 24 tem no You Tube uma entrevista com Paulo Guinote de 24:27 minutos, (aqui) em que o sucesso do Blogue é de alguma forma explicado pelo seu autor como sendo devido às suas “posições sinceras, individuais e independentes” e onde o mesmo declara "não estar colado a nenhuma força partidária nem sindical".
O “Umbigo” é um dos Blogues convidados do jornal “Público” e uma das referências da blogosfera para a classe docente.
Da única vez que estive numa reunião em que Paulo Guinote era um dos presentes, fiquei com muito boa impressão deste colega e considero o seu trabalho sério e meritório.
domingo, 29 de novembro de 2009
Entrevista a Deus
"Bruno Nogueira entrevista Deus" aqui.
"Se o Senhor está em toda a parte, não costuma ter agenda para entrevistas. Mas a dupla de humoristas Bruno Nogueira e João Quadros chegou à fala com Ele. E muita coisa ficou explicada..."
Bruno Nogueira e João Quadros/ Produções Fictícias
Ilustrações de Hélder Oliveira/ Who
EXPRESSO.PT Domingo, 29 de Novembro de 2009
Entrevista humorística para desanuviar na noite de domingo.
Desaconselha-se a beatas e homofóbicos.
O PSD e a Babel
Sobre a indignação de Santana Castilho, não resisti a publicar este artigo de alguém que, sendo professor do ensino superior, tem vindo a lutar pelos seus colegas de todos os outros graus de ensino, o que, já de si, é uma raridade e atesta uma grande generosidade.
A sua postura activamente solidária contribuiu para dar voz à luta de mais de uma centena de milhar de docentes deste país que, nos últimos anos, viram os seus direitos perfeitamente espezinhados pela tutela e muita da dignidade da sua carreira posta em causa.
Conheci pessoalmente este homem de mente grande e coração aberto, que não tem medo e expõe o peito às balas. Ficou-me a sensação de que tem a alma cheia de autenticidade. Inteligentemente lúcido, mostra aqui a sua compreensível indignação.
"A FALTA DE CLASSE"
Perdoem hoje o estilo. A prosa sairá desarticulada, quais dardos soltos. Este artigo é, conscientemente, feito de frases curtas. Cada leitor, se quiser, desenvolverá as que escolher. Meu objectivo? Manter a sanidade mental. Escorar a coluna vertebral. Resistir. Este artigo é também uma reconfirmação de alistamento na ala dos que não trocam os princípios de uma luta pelo pragmatismo de um lance. Porque amo a verdade e a dignidade profissional como os recém-chegados ao mundo amam o bater do coração das mães. Porque não esqueço os que nenhum lance poderá já compensar. Porque com a partida prematura deles perderam-se pedaços da Escola que defendo. Porque pensar em todos é a melhor forma de pensar em cada um.
A avaliação do desempenho é algo distinto da classificação do desempenho. A avaliação do desempenho visa melhorar o desempenho. A classificação do desempenho visa seriar os profissionais. Burocratas que morreram aos 30 mas só serão enterrados aos 70 tornaram maior uma coisa menor. Quiseram reduzir realidades díspares à unicidade de fichas imbecis. Tiveram a veleidade kafkiana de particularizar em 150.000 interpretações individuais os objectivos de uma organização comum a todos. Convenceram a populaça de que se mede o intangível da mesma forma que se pesam caras de bacalhau. Chefiou-os uma ministra carrancuda, que teve o mérito de unir a classe. Chefia-os agora uma ministra sorridente, que já se pode orgulhar de dividir a classe. Porque, afinal, custa, mas não há classe. Há jogos! De cintura. De bastidores. De vários interesses. Parlamentares, sindicalistas, carreiristas e pragmatistas ajudaram à Babel. Da sua verve jorra a água morna de Laudicéia, a que dá vómitos.
Alçada derreteu o implacável Mário Nogueira que, em socorro da inexperiência da ministra, veio, magnânime, desculpar-lhe as gafes. E, cristãmente, entendeu agora, de jeito caridoso, que não seja suspenso o primeiro ciclo avaliativo. Esqueceu duas coisas: o que reclamou antes e que ciclos avaliativos são falácias de anterior ministra. Ciclos avaliativos, Simplex I, Simplex II e o último expediente (no caso, um comunicado à imprensa, pasme-se) para dizer às escolas que não prossigam com o que a lei estabelece são curiosos comandos administrativos. Uma lei má, iníqua, de resultados pedagogicamente criminosos, devia ter morrido às mãos do Parlamento. Por imperativo da decência, por precaução dos lesados, por imposição das promessas de todos. Quanto à remoção das mágoas, meu caro Mário Nogueira, absolutamente de acordo. Depois de responsabilizar os que magoaram. Depois de perguntar aos magoados se perdoam. Por mim, cuja lei foi sempre estar contra leis injustas, a simples caridade cristã não remove mágoas. Não sei perdoai' assim, certamente por falta de céu.
Agora, porque sou amigo de Platão mas mais amigo da verdade, duas linhas para Aguiar-Branco. Gostei de o ouvir dizer, a meu lado e a seu convite, que a avaliação do desempenho era para suspender. Mas não justifique a capitulação com a semântica. Poupe-me à semântica, porque a semântica não o salva. Enterra-o. Suspender é interromper algo, temporária ou definitivamente. É proibir algo durante algum tempo ou indefinidamente. Substituir é colocar algo em lugar de. Não só não tinha como não terá seja o que for, em 30 dias, para colocar em lugar de. Sabe disso. Bem diferente, semanticamente. Mas ainda mais importante nos resultados. O Bloco Central reanimou-se nas catacumbas e o PS agradeceu ao PSD o salvar da face. Mas os professores voltaram a afastar-se do PSD, apesar do arrependimento patético de Pedro Duarte. E, assim, o PSD falha a vida!
Um olhar aos despojos. Reverbera-se a falta de capacidade de muitos avaliadores para avaliar, mas homologam-se os "Muito Bom" e "Excelente", que significam mais 1 ou 2 pontos em concurso. Os direitos mal adquiridos de alguns valeram mais que os direitos bem adquiridos de muitos (como resolverão, a propósito, os direitos adquiridos dos "titulares" que, dizem, vão extinguir?). Porque toca a todos, muitos "titulares" que não tinham vagas de "titulares" em escolas que preferiam, foram ultrapassados em concurso por outros de menor graduação profissional, que agora lá estão, em almejados lugares de quadro. Ao mérito, há muito cilindrado, junta-se uma palhaçada final, em nome do pragmatismo. Muitos dos que foram calcados recordam agora que negociar é ceder. Mas esquecem que os princípios e a dignidade são inegociáveis, sendo isso que está em jogo. Um modelo de avaliação iníquo, tecnicamente execrável e humanamente desprezível, que não lhes foi aplicado ao longo de um processo, é agora aceite, em nome do pragmatismo, para não humilhar, uma vez, quem os humilhou anos seguidos.
Sócrates, que se disse animal feroz, vai despindo a pele. Mas não nos esqueçamos da resposta de um dos sete sábios da Grécia, quando interrogado sobre o mais perigoso dos animais ferozes. Respondeu assim: dos bravos, o tirano. Dos mansos, o adulador.
Vão seguir-se meses de negociações sobre o estatuto. O défice, que levou à divisão da carreira e às quotas, agravou-se. Se a desilusão for do tamanho da ilusão, tranquilizem-se porque a Fenprof ficará de fora, como convém, e a Fne poderá assinar um acordo com o Ministério da Educação, como não seria a primeira vez. Voltaremos então ao princípio. O que é importante continuará à espera. Mas guardaremos boas recordações de duas marchas nunca vistas."
Santana Castilho, Professor do ensino superior (s.castilho@netcabo.pt)
Público, 25 de Novembro de 2009
A sua postura activamente solidária contribuiu para dar voz à luta de mais de uma centena de milhar de docentes deste país que, nos últimos anos, viram os seus direitos perfeitamente espezinhados pela tutela e muita da dignidade da sua carreira posta em causa.
Conheci pessoalmente este homem de mente grande e coração aberto, que não tem medo e expõe o peito às balas. Ficou-me a sensação de que tem a alma cheia de autenticidade. Inteligentemente lúcido, mostra aqui a sua compreensível indignação.
"A FALTA DE CLASSE"
Perdoem hoje o estilo. A prosa sairá desarticulada, quais dardos soltos. Este artigo é, conscientemente, feito de frases curtas. Cada leitor, se quiser, desenvolverá as que escolher. Meu objectivo? Manter a sanidade mental. Escorar a coluna vertebral. Resistir. Este artigo é também uma reconfirmação de alistamento na ala dos que não trocam os princípios de uma luta pelo pragmatismo de um lance. Porque amo a verdade e a dignidade profissional como os recém-chegados ao mundo amam o bater do coração das mães. Porque não esqueço os que nenhum lance poderá já compensar. Porque com a partida prematura deles perderam-se pedaços da Escola que defendo. Porque pensar em todos é a melhor forma de pensar em cada um.
A avaliação do desempenho é algo distinto da classificação do desempenho. A avaliação do desempenho visa melhorar o desempenho. A classificação do desempenho visa seriar os profissionais. Burocratas que morreram aos 30 mas só serão enterrados aos 70 tornaram maior uma coisa menor. Quiseram reduzir realidades díspares à unicidade de fichas imbecis. Tiveram a veleidade kafkiana de particularizar em 150.000 interpretações individuais os objectivos de uma organização comum a todos. Convenceram a populaça de que se mede o intangível da mesma forma que se pesam caras de bacalhau. Chefiou-os uma ministra carrancuda, que teve o mérito de unir a classe. Chefia-os agora uma ministra sorridente, que já se pode orgulhar de dividir a classe. Porque, afinal, custa, mas não há classe. Há jogos! De cintura. De bastidores. De vários interesses. Parlamentares, sindicalistas, carreiristas e pragmatistas ajudaram à Babel. Da sua verve jorra a água morna de Laudicéia, a que dá vómitos.
Alçada derreteu o implacável Mário Nogueira que, em socorro da inexperiência da ministra, veio, magnânime, desculpar-lhe as gafes. E, cristãmente, entendeu agora, de jeito caridoso, que não seja suspenso o primeiro ciclo avaliativo. Esqueceu duas coisas: o que reclamou antes e que ciclos avaliativos são falácias de anterior ministra. Ciclos avaliativos, Simplex I, Simplex II e o último expediente (no caso, um comunicado à imprensa, pasme-se) para dizer às escolas que não prossigam com o que a lei estabelece são curiosos comandos administrativos. Uma lei má, iníqua, de resultados pedagogicamente criminosos, devia ter morrido às mãos do Parlamento. Por imperativo da decência, por precaução dos lesados, por imposição das promessas de todos. Quanto à remoção das mágoas, meu caro Mário Nogueira, absolutamente de acordo. Depois de responsabilizar os que magoaram. Depois de perguntar aos magoados se perdoam. Por mim, cuja lei foi sempre estar contra leis injustas, a simples caridade cristã não remove mágoas. Não sei perdoai' assim, certamente por falta de céu.
Agora, porque sou amigo de Platão mas mais amigo da verdade, duas linhas para Aguiar-Branco. Gostei de o ouvir dizer, a meu lado e a seu convite, que a avaliação do desempenho era para suspender. Mas não justifique a capitulação com a semântica. Poupe-me à semântica, porque a semântica não o salva. Enterra-o. Suspender é interromper algo, temporária ou definitivamente. É proibir algo durante algum tempo ou indefinidamente. Substituir é colocar algo em lugar de. Não só não tinha como não terá seja o que for, em 30 dias, para colocar em lugar de. Sabe disso. Bem diferente, semanticamente. Mas ainda mais importante nos resultados. O Bloco Central reanimou-se nas catacumbas e o PS agradeceu ao PSD o salvar da face. Mas os professores voltaram a afastar-se do PSD, apesar do arrependimento patético de Pedro Duarte. E, assim, o PSD falha a vida!
Um olhar aos despojos. Reverbera-se a falta de capacidade de muitos avaliadores para avaliar, mas homologam-se os "Muito Bom" e "Excelente", que significam mais 1 ou 2 pontos em concurso. Os direitos mal adquiridos de alguns valeram mais que os direitos bem adquiridos de muitos (como resolverão, a propósito, os direitos adquiridos dos "titulares" que, dizem, vão extinguir?). Porque toca a todos, muitos "titulares" que não tinham vagas de "titulares" em escolas que preferiam, foram ultrapassados em concurso por outros de menor graduação profissional, que agora lá estão, em almejados lugares de quadro. Ao mérito, há muito cilindrado, junta-se uma palhaçada final, em nome do pragmatismo. Muitos dos que foram calcados recordam agora que negociar é ceder. Mas esquecem que os princípios e a dignidade são inegociáveis, sendo isso que está em jogo. Um modelo de avaliação iníquo, tecnicamente execrável e humanamente desprezível, que não lhes foi aplicado ao longo de um processo, é agora aceite, em nome do pragmatismo, para não humilhar, uma vez, quem os humilhou anos seguidos.
Sócrates, que se disse animal feroz, vai despindo a pele. Mas não nos esqueçamos da resposta de um dos sete sábios da Grécia, quando interrogado sobre o mais perigoso dos animais ferozes. Respondeu assim: dos bravos, o tirano. Dos mansos, o adulador.
Vão seguir-se meses de negociações sobre o estatuto. O défice, que levou à divisão da carreira e às quotas, agravou-se. Se a desilusão for do tamanho da ilusão, tranquilizem-se porque a Fenprof ficará de fora, como convém, e a Fne poderá assinar um acordo com o Ministério da Educação, como não seria a primeira vez. Voltaremos então ao princípio. O que é importante continuará à espera. Mas guardaremos boas recordações de duas marchas nunca vistas."
Santana Castilho, Professor do ensino superior (s.castilho@netcabo.pt)
Público, 25 de Novembro de 2009
sábado, 28 de novembro de 2009
Em memória de Freddie Mercury
"Freddie Mercury, nome artístico de Farrokh Bommi Bulsara (Stone Town, 5 de Setembro de 1946 — Londres, 24 de Novembro de 1991), foi o vocalista da banda de rock britânica Queen."
(Wikipédia)
Considero este cantor, que abandonou o mundo com apenas 45 anos de idade, um dos melhores de todos os tempos e uma das vozes mais arrebatadoras que conheci.
A sua música tem sido recordada por muitos artistas, incluindo o coreógrafo Maurice Béjart, cuja companhia apresentou em Portugal um extraoridinário ballet em sua homenagem.
Em sua memória deixo aqui esta canção, que é particularmente emblemática da extraordinária criatividade e sensibilidade deste "animal de palco".
Cinema - 100 anos de Juventude
Week-end Tube
Inicio hoje esta rubrica onde passarei a divulgar aquilo que durante a semana mais me chamou a atenção.
Hoje ficamo-nos pelo feminino. Espero que gostem destas meninas, todas de língua portuguesa.
Homenagem a Ary dos Santos - "Rua da Saudade"
"Rua da Saudade parte de uma ideia de Ary dos Santos em juntar quatro vozes femininas - Viviane, Susana Félix, Mafalda Arnauth e Luanda Cozzeti - para homenagear Ary dos Santos, no ano em que passam 25 primaveras sobre a sua morte."
Ana Moura – “Leva-me aos Fados”
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Hecatombe no Nepal
Por causa de uma cerimónia hindu foram sacrificados no Nepal mais de 200 000 animais, segundo a tradição, em honra das deusas Gadhimai e Kali.
A cerimónia começou na madrugada do dia 24,com orações num templo onde estavam dezenas de milhares de hindus. Em seguida, os fiéis encaminharam-se para um curral próximo, onde começaram a decapitar bois, patos, galinhas, pássaros, porcos, bodes cordeiros, frangos e búfalos!
O evento cruel, com cenas terríveis, atrai muitos devotos e foi exibido na televisão nacional. Só búfalos foram 108 decapitados pela turba em êxtase.
Mesmo perante a mortandade cruel, o governo de Katmandu disse não estar disposto a proibir a cerimónia porque faz parte da tradição religiosa nepalesa e é uma cerimónia praticada há séculos.
Os hindus nepaleses dizem acreditar que sacrificar os animais à deusa porá um fim ao mal e trará prosperidade…
Em 1780, o Nepal proibiu o sacrifício humano. No entanto, os animais não humanos ainda podem ser mortos para satisfazer a vontade das deusas…
Parece-me revoltante. Não é legítimo evocar a tradição ou os costumes culturais ou religiosos para justificar todo o tipo de barbaridades.
Senão ainda teríamos os touros de morte em Portugal e quiçá o circo romano em Roma e os sacrifícios em massa no México, só porque era uma tradição Maya, e por aí adiante.
Sei que muita gente irá discordar do meu ponto de vista, mas se a nossa tolerância for total com tudo aquilo que se justifica porque é da tradição ou da cultura, jamais as mulheres afegãs deixarão de usar a burka, as mulheres do islão jamais poderão usar calças, continuarão a ser apedrejadas até à morte se cometerem adultério, as meninas africanas de algumas etnias jamais deixarão de ver o seu clítoris extirpado e os fundamentalistas nunca deixarão de cometer atentados para assassinar milhares de “infiéis”…
Evidentemente que os ambientalistas e defensores dos animais consideraram este sacrifício no Nepal como uma crueldade e irão continuar a lutar para acabar com esta barbaridade que se realiza de cinco em cinco anos.
Definitivamente e pela minha parte, não considero aceitável!
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Exposição de Alberto Korda
"Uma grande exposição traz a Lisboa imagens de uma revolução e de um povo - tudo o que Alberto Korda viveu na sombra "daquela" fotografia de Che Guevara."
Visão, 26 de Novembro de 2009.
Esta exposição de 200 fotografias de Alberto Korda estará patente em Lisboa na Cordoaria Nacional (Galeria Torreão Nascente) de 2 de Dezembro até 31 de Janeiro de 2010. Acrescento que este fotógrafo privou também com intelectuais franceses ligados ao Maio de 68, tendo fotografado, por exemplo, Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir.
Foto de Alberto Korda: Che Guevara e Fidel Castro à pesca
Valha-me o Dr. Fleming!
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
"O professor é a alma do processo educativo!"
No Brasil como em Portugal, os professores não são tratados com o respeito e o apreço que merecem.
Vale a pena ouvir o testemunho deste Senador do Estado de S. Paulo.
Vale a pena ouvir o testemunho deste Senador do Estado de S. Paulo.
Festa de Babette no Eleven
(Para aumentar clique sobre a imagem)
O Eleven recria um dos jantares mais míticos da história da gastronomia a partir do filme: "O Festim de Babette".
O jantar "A Festa de Babette" está hoje a decorrer no Eleven e baseia-se no filme realizado por Gabriel Axel em 1987 a partir do romance de Karen Blixen.
Babette, ex-cozinheira de um restaurante de luxo em Paris « Le Café Anglais », fugindo da repressão da Comuna de Paris em 1871, encontra refúgio na casa de duas irmãs na Dinamarca e gasta todas as economias ganhas com um bilhete da lotaria num jantar memorável para doze pessoas que reconstitui o requinte da cozinha parisiense surpreendendo toda a gente.
O Eleven leva a cabo mais esta iniciativa integrada nas comemorações dos seus 5 anos de existência. O extravagante Chef Joachim Koerper manifestava-se à TVI muito entusiasmado com esta experiência única em Portugal.
Exigia-se traje a rigor tal como a encenação justifica e 100 euros disponíveis por cabeça, com direito a trufas negras, caviar, grandes vinhos de Champagne e Borgonha…
O menu deste jantar respeita escrupulosamente a ementa do filme, à excepção da sopa de tartaruga, por razões óbvias:
Soupe de tortue géante
Blinis Demidoff (blinis au caviar)
Cailles en Sarcophage avec Sauce Perigourdine
La Salade
Les fromages
Gâteau aux raisins et rhum avec des figues mûrs
Para quem for apreciador de codornizes e não tenha ido ao Eleven, pode sempre tentar na sua própria cozinha compor a principal iguaria deste banquete, as famosas “Codornizes no Sarcófago”.
Aqui fica então a receita para oito pessoas das “Cailles en Sarcophage” tal como Babette as preparou.
Restaurante Eleven
http://www.restauranteleven.com/
Rua Marquês da Fronteira Jardim Amália Rodrigues – Lisboa
Telefone: 21 386 22 11
Com mil demónios!
Como se não bastassem os danos causados pelos vírus e bactérias a que nos sujeitamos no contacto diário com centenas de alunos, ainda temos de aturar a incrível ineficácia do Serviço Nacional de Saúde quando precisamos de justificar as faltas com papéis.
Neste país de faz-de-conta-que-é-moderno, de faz-de-conta-que-tem-um-plano-tecnológico e outras recursos afins, o mais que temos são lendas, porque depois na prática tudo ou muita coisa falha.
Centros de Saúde à beira da ruptura, onde há poucos médicos para milhares de doentes e quando algum falta (porque é humano e também adoece!) não há nenhum para o substituir, onde se espera quatro horas, (se tiver a sorte de o seu médico ainda não ter enlouquecido, arranjado úlceras de stress ou uma hérnia discal e estar de baixa há um ano), ou se tem de ir às 6 da manhã para arranjar uma consulta...
... apetece-me dizer 'Sistema Nacional de Saúde, qual saúde?'
Raios partam tanta ineficácia junta!
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Claro, está no Louvre!
Por onde anda Asclépio?
A Olinda viu-o a cirandar junto àquele que foi outrora o seu templo em Miróbriga, digo, Santiago do Cacém, mas fazia-me jeito aqui mais à mão...
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
domingo, 22 de novembro de 2009
Campanha da União Zoófila
sábado, 21 de novembro de 2009
Resposta de uma professora ao e-mail de Ana Drago
Em resposta ao e-mail que a deputada Ana Drago enviou a muitos professores após a votação da Resolução do PSD na Assembleia da República, deixo aqui a resposta pertinente que uma colega acaba de lhe enviar.
Acrescento que subscrevo uma por uma todas as suas palavras, até porque, sendo da mesma escola, conheço bem os problemas de que fala.
"Cara Deputada:
A divisão da carreira e a da avaliação são questões tão importantes que acabaram por ofuscar outro problema que não é de menos importância: A carga horária. Sou professora do Ensino Secundário e não há semana nenhuma que o meu horário de trabalho não seja muito superior a 40 horas semanais. Na minha componente individual de trabalho, que é considerada de 13 horas, mas feitas as contas pelo horário são 10 semanais eu tenho que elaborar fichas de trabalho e fichas de recuperação e testes. Corrigi-los como é óbvio. Preparar aulas, o que implica escolher a melhor estratégia consoante a turma. Orientar trabalhos de pesquisa. Tudo isto para cerca de 90 alunos. E ainda participar em reuniões de Departamento, Grupo e Conselhos de turma, que não são contempladas no horário no tempo de estabelecimento têm que ser horas retiradas da componente individual de trabalho.
Atenciosamente
J.M."
Acrescento que subscrevo uma por uma todas as suas palavras, até porque, sendo da mesma escola, conheço bem os problemas de que fala.
"Cara Deputada:
A divisão da carreira e a da avaliação são questões tão importantes que acabaram por ofuscar outro problema que não é de menos importância: A carga horária. Sou professora do Ensino Secundário e não há semana nenhuma que o meu horário de trabalho não seja muito superior a 40 horas semanais. Na minha componente individual de trabalho, que é considerada de 13 horas, mas feitas as contas pelo horário são 10 semanais eu tenho que elaborar fichas de trabalho e fichas de recuperação e testes. Corrigi-los como é óbvio. Preparar aulas, o que implica escolher a melhor estratégia consoante a turma. Orientar trabalhos de pesquisa. Tudo isto para cerca de 90 alunos. E ainda participar em reuniões de Departamento, Grupo e Conselhos de turma, que não são contempladas no horário no tempo de estabelecimento têm que ser horas retiradas da componente individual de trabalho.
Atenciosamente
J.M."
Belle de Jour ou a Doutora prostituta
Quem não se lembra do filme «Belle de Jour» de Luis Buñuel, onde Catherine Deneuve incarnava uma bela mulher da alta sociedade que se prostituía às tardes, no anonimato?
Esta história só de longe tem a ver com o filme, embora este possa ter inspirado a sua protagonista.
É esta a verdade: uma cientista vai viver para Londres para desenvolver as suas investigações e concluir o Doutoramento, porém vê-se a braços com dificuldades para pagar o elevado custo de vida naquela cidade e resolve arranjar um trabalho mais bem pago e menos aborrecido do que programadora de informática, actividade que desenvolveu durante algum tempo para pagar os estudos.
Decide contactar uma agência de acompanhantes e oferece-se como call-girl. Chega a ganhar 200 libras por hora.
Acaba por relatar as suas experiências eróticas num Blogue chamado Belle de Jour e conquista muitos leitores e admiradores.
O sucesso leva à realização de uma série de televisão e à publicação de vários livros que se tornam best-sellers.
Até há uma semana ninguém conhecia a verdadeira identidade de Belle de Jour.
A Blogger revelou-se finalmente há poucos dias como sendo Dra.Brooke Magnanti, especialista em Neurotoxicologia e epidemia do cancro e trabalha neste momento na Bristol Initiative for Research of Child Health.
As prostitutas inglesas revoltaram-se com a Dra. Brooke por ela retratar a prostituição como se fosse uma actividade onde só há prazer e glamour, quando essa não é a experiência da esmagadora maioria.
Vidas que só por acaso ou sorte acabam bem...!
Imagens:
1. Catherine Deneuve em Belle de Jour de Luis Buñuel;
2. Doutora Brooke Magnanti, a Blogger Belle de Jour.
Intervenção de Ana Drago na AR colocava os pontos nos ii antes de perder na votação
Ana Drago sintetizou nesta intervenção antes da aprovação da Resolução do PSD, aquilo que é a minha convicção e de muitos outros colegas: no processo de Avaliação de Desempenho Docente que vai cessar, duas condições devem ser respeitadas:
1. Que os professores que se opuseram a este modelo por considerá-lo injusto e desadequado não sejam por qualquer forma prejudicados;
2. Que os professores que foram avaliados com classificações de Muito Bom e Excelente não possam obter quaisquer benefícios sobre os outros, ultrapassando-os nos Concursos ou na progressão na Carreira.
Já que este modelo caiu de podre, então que caiam também os seus efeitos: que não acarrete prejuízos nem benefícios e se faça reset sobre a defunta legislação.
O deputado do PSD Paulo Rangel, uma das pessoas em cuja honestidade acreditei quando assumiu o Compromisso-Educação, e se ainda hoje estivesse no Parlamento, não teria certamente onde enfiar a cara de vergonha.
Vergonha essa que Manuela Ferreira Leite não tem, em fazer da Verdade a sua bandeira eleitoral, para logo a seguir à obtenção dos votos de muitos professores, recuar nos compromissos assumidos, substituindo as reivindicações por esta versão light e conciliadora.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Esclarecimento do Bloco de Esquerda
Sobre os resultados da votação de hoje na Assembleia da República, a deputada Ana Drago esclarece o seguinte:
"O retomar dos trabalhos parlamentares nesta nova legislatura foi feito em torno do debate sobre Educação e Carreira Docente.
Para que o trabalho político do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda na área da educação tenha a qualidade que nos é exigida, e para que esse trabalho seja também participado e avaliado por todos os envolvidos e interessados no debate sobre política educativa, retomamos por este meio o contacto e o diálogo com todos os professores e educadores que a nós se dirigiram na anterior legislatura.
A Assembleia da República votou hoje os projectos apresentados pelos diferentes partidos da oposição relativos ao fim da divisão da carreira e ao actual modelo de avaliação.
O resultado da votação será hoje divulgado pela comunicação social – os projectos apresentados pelo Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, que previam quer o fim da divisão da carreira de professor, quer a suspensão do actual modelo de avaliação (o que implicaria a não penalização de qualquer professor ao abrigo deste modelo, ou a contagem das classificações para os efeitos de concurso ou progressão) foram chumbados.
Os restantes projectos que também previam a suspensão, designadamente do PCP e do CDS, foram também chumbados.
As intervenções do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda no debate dessas propostas, de Francisco Louçã, Ana Drago, José Manuel Pureza e Cecília Honório podem ser visualizadas nas respectivas hiperligações.
Da votação de hoje resultou apenas a aprovação do projecto de resolução do PSD. Porque muita desinformação e confusão se tem instalado sobre o que significa esta iniciativa, e muitas dúvidas se criaram sobre as implicações desta votação, aproveitamos para fazer alguns esclarecimentos.
1. A proposta pelo PSD não define a suspensão do actual modelo de avaliação. Defende sim a substituição no futuro por um outro modelo, mas sem o balizar (ou seja, não acautela a não introdução de quotas, ou dos resultados escolares dos alunos num futuro modelo), e sem acautelar os efeitos das classificações do actual modelo nos futuros concursos ou na progressão na carreira.
O que significa que o modelo de avaliação ainda está em vigor, e que só o Governo pode agora definir o que vai acontecer. Ou seja, o acordo do PS e do PSD vai no sentido de passar um “cheque em branco” ao Governo.
2. A proposta do PSD que foi hoje aprovada é uma recomendação ao Governo. Isto é, não tem carácter vinculativo. O Governo pode ou não cumprir essa recomendação.
Se tivessem sido aprovado projecto de lei do Bloco de Esquerda significaria que a suspensão da avaliação era uma lei da República – logo, imperativa e vinculativa.
3. Deste debate fica, portanto, muito em aberto. Contudo, se algo aprendemos com este debate na AR foi que ele forçou o Governo a recuar e a mostrar disponibilidade negocial. O que significa que a pressão tem que ser mantida, para que essa negociação tenha resultados reais.
Nesse sentido, acompanharemos com atenção o processo negocial que agora decorre entre Ministério da Educação e os representantes sindicais, e tudo faremos para que este tenha resultados positivos que permitam colocar um ponto final neste lastimável processo.
Contamos, para tal, com a sua participação, crítica ou sugestão – para que possamos cumprir o nosso compromisso político: trabalhar para construir e reforçar uma escola pública democrática e de qualidade."
Os professores que não entregaram Objectivos Individuais também serão avaliados
Para que não restem dúvidas, transcreve-se aqui a Comunicação da Ministra da Educação:
"Comunicação sobre o 1º ciclo de avaliação do desempenho docente
1. O 1º ciclo de avaliação do desempenho docente prossegue e conclui-se, nos termos da lei, até 31 de Dezembro de 2009.
2. Todos os docentes serão avaliados no âmbito do 1º ciclo de avaliação desde que se tenham apresentado a avaliação na primeira fase desse processo, tal como identificada na alínea a) do Artigo 15º do Decreto Regulamentar nº 2/2008, de 10 de Janeiro e como tal mantida no chamado procedimento de avaliação simplificado, nos termos da alínea a) do nº 2 do Artigo 2º do Decreto Regulamentar nº 11/2008, de 23 de Maio.
3. Assim, a apresentação do avaliado à primeira fase do processo de avaliação concretiza-se através da entrega da ficha de auto-avaliação, que é legalmente obrigatória (conforme dispõe expressamente o nº 2 do Artigo 16º do Decreto Regulamentar nº 2/2008, de 10 de Janeiro), ainda que não tenham apresentado previamente, no prazo previsto, a respectiva proposta de objectivos individuais.
4. Nos termos da alínea a) do nº 1 do Artigo 8º do Decreto Regulamentar nº 2/2008, de 10 de Janeiro, a avaliação de desempenho tem sempre por referência os objectivos e metas fixados no projecto educativo e no plano anual de actividades para o agrupamento de escolas ou escola não agrupada.
5. Quando estejam fixados objectivos individuais, o grau de cumprimento desses objectivos constitui, nos termos do Artigo 10º do Decreto Regulamentar nº 2/2008, de 10 de Janeiro, referência essencial da classificação atribuída em relação aos parâmetros a que tais objectivos se reportem."
GABINETE DA MINISTRA
Av. 5 de Outubro, 107 1069-018 Lisboa
Telf:21 781 18 00 Fax: 21 781 18 35
E-mail gme@me.gov.pt
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Dia Mundial da Filosofia
Decretado pela UNESCO em 2005, comemora-se hoje o Dia Mundial da Filosofia.
Num tempo em que cada vez mais as Tecnologias se impõem como saberes de importância dominante, mais do que nunca é preciso lutar para que as áreas da cultura humanista não sejam subalternizadas e não caiam no esquecimento.
Depois de várias tentativas para acabar com a disciplina de Filosofia no ensino secundário, há que garantir a sua indispensabilidade na formação geral dos jovens em todas as opções curriculares.
Para isso é preciso motivá-los e envolvê-los em actividades que assegurem a ligação das questões filosóficas com os acontecimentos da vida real presente ou passada, assim como tentar que adquiram competências reflexivas e críticas para projectarem o futuro.
Para assinalar esta data, promovi uma exposição de trabalhos dos meus alunos de Artes sobre os 20 anos da Queda do Muro de Berlim e exibi o filme de Oliver Stone "Alexandre o Grande", como exemplo evocativo do papel de Aristóteles na cultura grega.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Fim do pesadelo?
Parece finalmente haver razões para acreditar que alguma coisa vai mudar na vida dos professores.
Mário Nogueira da Fenprof mostrou-se mais uma vez optimista à saída da reunião das 12horas de hoje com a Ministra da Educação, anunciando que este modelo da Avaliação vai mesmo ser alterado.
Das últimas declarações de Isabel Alçada parece também haver razões para acreditar no fim da divisão da carreira docente em titulares e não titulares.
De qualquer modo, muito há ainda por esclarecer e negociar, como por exemplo, a excessiva carga horária, o fim das reduções, as actividades da componente não-lectiva que deveriam estar na lectiva, etc.
Espera-se que os Sindicatos não embandeirem em arco e não assinem outro memorando do entendimento cheio de armadilhas.
Se, por um lado, gosto de ver Mário Nogueira sorridente à saída das reuniões no Ministério da Educação, o seu entusiasmo causa-me medos no fundo da memória...
Leia a notícia actualizada aqui.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Bloco de Esquerda esclarece que não desistiu de pedir a suspensão da ADD
Ana Drago enviou um e-mail a Paulo Guinote a esclarecer algumas dúvidas surgidas após a comunicação de que o Bloco de Esquerda teria "desistido" de apresentar na Assembleia da República o pedido de suspensão do modelo de Avaliação de Desempenho dos professores, dizendo que; "para 5ª feira mantemos e votaremos o nosso projecto de suspensão do modelo de avaliação e o projecto de resolução para revisão do ECD (fim da divisão da carreira)" e "não desistimos de nada, e não estamos a negociar “um passo atrás e dois à frente”.
Leia aqui o resto do e-mail.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
APEDE põe o dedo nas feridas deixadas pela Avaliação
Sobre o modelo de Avaliação que está para ser mudado, não compreendo como, se vai ser substituído, porque não se anulam os efeitos deste; nomeadamente, alguns colegas questionam a pertinência de manter a validade das classificações de Muito Bom e Excelente.
Porém, embora compreenda a questão levantada, não penso que se deva fazer disto um cavalo de batalha. Se existe quem nas Escolas se tenha aproveitado oportunisticamente do sistema para progredir mais depressa na Carreira ultrapassando os colegas, podem os MB e EXC fazer-lhes muito bom proveito, pois pessoalmente não estou para me incomodar com isso.
Se há que fazer cedências nalguma coisa, não me repugna que seja nisso.
Se a Divisão da Carreira terminar e se deixar de haver titulares, a progressão será reposta no seu lugar e, mais dia menos dia, as pessoas ocuparão (na progressão) os lugares que lhes são devidos; ou estarei eu a ver mal a questão? Talvez esteja...
Assim:
Remeto para uma discussão muito pertinente iniciada pelo colega Ricardo Silva da APEDE, cuja posição é contestada por Paulo Guinote. O primeiro está carregado de razão e pugna pela dignidade de princípios, já que tantos foram violados ao longo do tempo. O segundo é mais tacticista e prefere as cedências para que possamos sair do impasse e tratar de questões que se afiguram neste momento mais importantes, como a divisão da carreira, o modelo de gestão, a carga horária excessiva, o estatuto do aluno, etc.
Acompanhe a discussão aqui e aqui e participe com as suas opiniões.
Imagem: Manifestação de Professores convocada pelos Movimentos Independentes de Professores em 15 de Novembro de 2008 junto à Assembleia da República.
Novo disco de Norah Jones é lançado hoje
Chama-se "The Fall" e marca uma nova fase na vida da cantora, que já se apresentou mais de uma vez em Portugal.
Norah já não quer ser conhecida apenas como a jovem filha do músico indiano Ravi Shankar. Tem 30 anos, vive actualmente em New York, embora tenha sido criada com a sua mãe no Texas.
Fica aqui um apontamento com excelente estereofonia para abrir o apetite.
domingo, 15 de novembro de 2009
Filme "Chéri"
Imagens: 1. e 2. Michelle Pfeiffer e Rupert Friend, Lea e Chéri; 3.Kathy Bates, a Madame Peloux, mãe de Chéri
"Com a Belle Époque parisense como cenário, Lea de Lonval (Pfeiffer) é uma cortesã que se envolve com um homem muito mais novo, Chéri (Rupert Friend), também ele filho de uma cortesã (Kathy Bates). Com o passar dos anos e o evoluir da relação, a mãe de Chéri obriga-o a casar com uma rapariga de boas famílias. É nessa altura que Lea e Chéri percebem finalmente a profundidade da relação que os une..."
Fonte: Cofina Media
Direção: Stephen Frears
Roteiro: Colette (romance), Christopher Hampton (adaptação e roteiro)
Género: Romance
Origem: Reino Unido
Actores e personagens:
Michelle Pfeiffer (Lea de Lonval); Kathy Bates (Madame Peloux); Rupert Friend (Chéri); Felicity Jones (Edmée); Frances Tomelty (Rose)
Duração: 92 minutos
Comentário:
Quase passando despercebido nas salas de cinema, este filme passado na Paris da Belle Époque entre cenários de sumptuosas mansões, baseado nos romances "Chéri" e "La Fin de Chéri" escritos por Colette em 1920 e 1926 respectivamente, é um drama passional que conta com mais uma extraordinária interpretação de Michelle Pfeiffer, uma das minhas actrizes favoritas.
Tirando partido de algumas marcas da idade, ela incarna na perfeição a personagem de uma cortesã reformada que se apaixona por um jovem filho de uma sua "colega", um papel igualmente bem desempenhado por Kathy Bates.
Como é típico dos romances de Colette, a história acaba mal, mas o filme agrada não só pelas interpretações, mas também pela estética e pelo rigor cinematográfico que Stephen Frears coloca nesta obra.
Colette certamente teria gostado desta versão da sua história de Chéri, que foi apresentada no cinema sob o lema: "In a seduction game, never fall in love!"
The dark side of the Moon
"É mesmo verdade: há água no pólo sul da Lua, no lado que fica sempre às escuras.
É a confirmação: no lado escuro da lua, nas crateras permanentemente obscuras do pólo sul, há muita água congelada. O choque do motor de um foguetão Centauro contra a cratera Cabeus, a 9 de Outubro, observado de perto pela sonda LCROSS da NASA, permitiu confirmar o que outros engenhos enviados até ao satélite natural da Terra tinham já sugerido com bastante certeza."
Público, pt. 13.11.2009 - 20:39 Por Clara Barata
Leia a notícia completa aqui, onde se pode perceber o entusiasmo dos cientistas acerca desta descoberta.
Porém, esta descoberta não é assim tão nova como isso, pois já Tintin na sua "Viagem à Lua" de 1954 tinha deslizado sobre uma ravina de gelo enquanto explorava o planeta, acompanhado do Capitão Haddock, em direcção ao Circo Ptolomeu...!
Ah! E ainda: não existe nenhum lado escuro da Lua, tal como os Pink Floyd já chamavam a atenção em 1973!
Imagem de: Hergé, "On a marché sur la Lune", Editions Casterman, pág. 36
A gargalhada
"A gargalhada nem é um raciocínio, nem uma ideia, nem um sentimento, nem uma crítica: nem é o desdém, nem é a indignação; nem julga, nem repele, nem pensa; não cria nada, destrói tudo, não responde por coisa alguma! E no entanto é o único inventário do mundo político em Portugal. Um governo decreta? Gargalhada. Fala? Gargalhada. Reprime? Gargalhada. Cai? Gargalhada. E sempre a política, aqui, ou pensando, ou criando, ou liberal ou opressiva, terá em redor dela, diante dela, sobre ela, envolvendo-a, como a palpitação de asas de uma ave monstruosa, sempre, perpetuamente, vibrante, cruel, implacável – a gargalhada!"
Eça de Queiroz
(Enviado por Carmela)
sábado, 14 de novembro de 2009
Cartas a Deus
Há nos Correios uma pessoa especialmente designada para processar a correspondência cujo destinatário seja ilegível ou fora dos padrões autorizados.
Certo dia apareceu uma carta, cujo destinatário aparecia nessas condições, escrito por uma mão pouco firme, e onde se percebia vagamente a palavra 'Deus' no destinatário.
O homem resolveu então abrir e ler a carta.
Dizia:
'Meu querido Deus,
Tenho 83 anos, sou viúva e vivo com uma pequena pensão mensal que me deixou o meu falecido marido.
Ontem, no autocarro, alguém roubou a minha carteira.
Tinha lá 100 euros que era todo o dinheiro que tinha até que chegue o meu próximo cheque da segurança social.
No próximo domingo é Natal e tinha convidado para jantarem comigo as duas únicas amigas que me restam.
Sem esse dinheiro não me vai ser possível comprar nada para o jantar.
Não tenho família e Tu és a minha última esperança...
Será que me podes ajudar?
Com os melhores cumprimentos e bem hajas
Maria das Dores'
O tipo dos Correios não pôde deixar de se emocionar com o teor da carta e mostrou-a a todos os colegas.
Cada um, com um sorriso embaraçado foi metendo a mão ao bolso e colocando no envelope 2, 3 euros.
No final do dia o homem tinha conseguido juntar 96 euros, que colocou num envelope e enviou de imediato à pobre senhora.
Após o Natal uma segunda carta chegou, nos mesmos moldes e escrita pela mesma mão.
Todos os colaboradores da agência se juntaram quando a carta foi aberta.
Dizia:
'Meu querido Deus,
Jamais poderei agradecer-Te o que fizeste por mim.
Graças à tua generosidade pude cozinhar um jantar belíssimo e apreciá-lo na companhia das minhas duas queridas amigas.
Tivemos as três, uma maravilhosa ceia de Natal, durante a qual lhes pude contar o teu bonito gesto de amor.
Já agora aproveito para te dizer que apenas recebi 96 euros, ou seja faltavam 4...
Devem ter sido aqueles filhos da puta dos Correios que se abotoaram com eles...
Mas não faz mal.
Bem hajas.'
(Enviado por Becas)
Tautologias e Palíndromos
Um palíndromo é uma palavra ou um número que se lê da mesma maneira nos dois sentidos, normalmente, da esquerda para a direita e ao contrário.
Exemplos: OVO, OSSO, RADAR, SOPAPOS. O mesmo se aplica às frases, embora a coincidência seja tanto mais difícil de conseguir quanto maior a frase; seguem-se alguns exemplos:
SOCORRAM-ME, SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS
ANOTARAM A DATA DA MARATONA
ASSIM A AIA IA A MISSA
A DIVA EM ARGEL ALEGRA-ME A VIDA
A DROGA DA GORDA
A MALA NADA NA LAMA
A TORRE DA DERROTA
LUZA ROCELINA, A NAMORADA DO MANUEL, LEU NA MODA DA ROMANA: ANIL É COR AZUL
O CÉU SUECO
O GALO AMA O LAGO
O LOBO AMA O BOLO
O ROMANO ACATA AMORES A DAMAS AMADAS E ROMA ATACA O NAMORO
RIR, O BREVE VERBO RIR
A CARA RAJADA DA JARARACA
SAIRAM O TIO E OITO MARIAS
ZÉ DE LIMA RUA LAURA MIL E DEZ
Tautologia é o termo usado para definir um dos vícios de linguagem. Consiste na repetição de uma ideia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido.
O exemplo clássico é o famoso 'subir para cima' ou o 'descer para baixo'. Mas há outros, como pode ver na lista a seguir:
- elo de ligação
- acabamento final
- certeza absoluta
- quantia exacta
- nos dias 8, 9 e 10, inclusive
- juntamente com
- expressamente proibido
- em duas metades iguais
- sintomas indicativos
- há anos atrás
- vereador da cidade
- outra alternativa
- detalhes minuciosos
- a razão é porque
- anexo junto à carta
- de sua livre escolha
- superávit positivo
- todos foram unânimes
- conviver junto
- facto real
- encarar de frente
- multidão de pessoas
- amanhecer o dia
- criação nova
- retornar de novo
- empréstimo temporário
- surpresa inesperada
- escolha opcional
- planear antecipadamente
- abertura inaugural
- continua a permanecer
- a última versão definitiva
- possivelmente poderá ocorrer
- comparecer em pessoa
- gritar bem alto
- propriedade característica
- demasiadamente excessivo
- a seu critério pessoal
- exceder em muito .
Note que todas essas repetições são dispensáveis.
Por exemplo, 'surpresa inesperada'. Existe alguma surpresa esperada? É óbvio que não.
Devemos evitar o uso das repetições desnecessárias. Fique atento às expressões que utiliza no seu dia-a-dia.
(Enviado por Becas)
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Sexta-feira 13
Superstições e crenças associam desde há muito os gatos pretos à bruxaria. Porém, em algumas culturas, o gato preto era reverenciado, como no Antigo Egipto, como símbolo de boa sorte.
Na Pérsia antiga havia uma crença segundo a qual quando alguém maltratava um gato preto estava na verdade maltratando um espírito amigo, que lhe tinha sido enviado para companhia.
A superstição de que os gatos pretos trazem consigo o azar surgiu na Idade Média, em que a cor negra era associada à noite e à escuridão, pelo que eles passaram a ser considerados seres diabólicos, relacionados com as práticas de bruxaria.
Os gatos pretos foram injustamente acusados no Século XV pelo Papa Inocêncio VIII e foram queimados juntamente com as supostas bruxas, suas donas.
A perseguição a estes animais perdurou até ao Século XVI, quando houve um aumento inexplicável deles pelas ruas. Acreditou-se, logicamente, que isso havia resultado de um acto de feitiçaria.
Até aos nossos dias, há indivíduos que acham que todas as vezes que se avista um gato preto há uma bruxa por perto, podendo até desenvolver medos patológicos, que vão muito para além da simples crendice ou superstição.
Muitas vezes os gatos pretos estão presentes em histórias de terror, como por exemplo o conto clássico de Edgar Allan Poe “O Gato Preto”, uma história de terror escrita em 1843, onde há ingredientes de crime, perversidade e loucura.
Engraçado: o título do post que queria escrever era "Sexta-feira 13".
Reparo agora que me pus à procura de imagens de gatos pretos e não escrevi uma só linha sobre o 13 ou a sexta-feira... azar!
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
"Eu sei fazer"
Na sua primeira entrevista longa à televisão, com Judite de Sousa na RTP1, Isabel Alçada, embora sem nunca criticar as políticas educativas anteriores, quis demarcar-se delas ao dizer: "Eu sei fazer!".
Como para bom entendedor meia palavra basta, fica evidente pela sua relutância em responder não só às questões de Judite de Sousa que remetiam directamente para os erros do passado, como também em relação às implicações que eles tiveram no descontentamento e desagregação das relações entre professores e Ministério da Educação, que ela não subscreve muitos aspectos dos diplomas que regem as escolas nos últimos quatro anos.
Não sei se estou a ser excessivamente optimista, mas parece-me entrever em Isabel Alçada uma vontade efectiva de mudar algumas aberrações legislativas que muito têm vindo a afectar a vida dos docentes e das escolas.
Por exemplo, é curioso que ela diga que os professores ao entrar na sala de aula são capazes de se distanciar dos problemas que os afectam, mas que "também é importante o ambiente na sala dos professores".
(Não estou a ver Maria de Lurdes Rodrigues a conseguir proferir uma frase destas...)
Assim o primeiro-ministro José Sócrates lhe dê efectivamente a autonomia e a liberdade que ela diz possuir - "não sei trabalhar de outra maneira" - e talvez realmente algumas coisas terríveis com que hoje nos debatemos, desde logo os horários sobrecarregados, uma avaliação desadequada e uma divisão da carreira injusta, comecem realmente a cair como um castelo de cartas!
Veja a entrevista aqui.
Encontro pela Paz e pela Não-Violência
O "Encontro pela Paz e pela Não-Violência" decorrerá na 6ª feira, dia 13 de Novembro, às 18.30, no Anf. IV da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Metro Cidade Universitária), com a presença de representantes de várias entidades (Associação Agostinho da Silva, Brahma Kumaris, Comunidade Baha'i, Comunidade Islâmica, Federação Portuguesa de Yoga, Igreja Católica, Movimento Humanista, Partido Pelos Animais e União Budista Portuguesa).
Organização: Projecto "Filosofia e Religião" e Movimento Humanista.
Moderador: Paulo Borges
O Encontro integra-se na Marcha Mundial pela Paz e a Não-Violência, que terá lugar em Lisboa no dia 14, Sábado, com concentração na Av. da Liberdade, pelas 15 h, e desfile até ao Rossio, onde haverá uma Festa multicultural.
Pode saber mais aqui.
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