A política não é dos políticos, é nossa. É monopólio dos que vivem da política, para os seus negócios, os seus favorecimentos, as suas aldrabices, porque deixamos.
Fazer greve é muito mais que um direito. Não é um acto de preguiça, quem faz greve (e todos, sindicalizados ou não, a podem fazer) prescinde de um dia de salário para falar. Para dizer que chega, que estamos fartos dos roubos, dos bancos que mandam na economia e aumentam os seus lucros, das grandes empresas que fogem dos impostos, dos que à custa do trabalho alheio acumulam fortunas.
Quando fazemos greve ao menos eles reparam numa coisa: fazemos falta. É com o nosso trabalho que eles ganham a vida. Vamos deixá-los engarrafados, sem almoço, sem as ruas limpas, sem o “muito obrigado senhor doutor” com que lhes alimentamos a vaidade. Vamos fazer-lhes a vida negra, nem que seja só num dia. É pouco, mas é melhor que nada."
Publicado em 23-11-2010 por João José Cardoso em AVENTAR
Sem comentários:
Enviar um comentário