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sábado, 20 de novembro de 2010

Bento XVI fez uma pirueta com o preservativo

(Cartoon de António)

Ratzinger finalmente acordou? É inacreditável!
Estava eu a tentar digerir as últimas sobre a Cimeira da NATO, eis que sou surpreendida com a notícia (confirmada em dois canais e mais num jornal) de que o Papa Bento XVI aceitou finalmente o uso do preservativo.
Contrariamente a tudo o que tinha vindo a afirmar até agora, assim como os antecessores da sua Igreja, para quem o único método contraceptivo admitido até hoje era a abstinência, Bento XVI declara a um jornalista alemão que "se for para controlar a propagação da infecção pelo virus da SIDA, sim", é legítimo usar o preservativo. Mas vai mais longe ao referir que "esse pode ser um passo em frente para se viver uma sexualidade mais humana"!
Por este andar, ainda vai acabar por reconhecer a necessidade de acabar com a obrigatoriedade do celibato dos padres.
É caso para até eu dizer: haja Deus! Antes tarde do que nunca...
O que não se sabe é qual irá ser a reacção dos sectores mais conservadores do Vaticano (o ex-Cardeal Joseph Ratzinger, hoje Papa, pertencia à ala mais retrógrada), a estas declarações, ainda por cima no dia de hoje, em que foram entronizados 24 novos cardeais...
Não será isto bom demais para ser verdade?
O Vaticano esclarece as possíveis dúvidas quanto ao sentido das afirmações do Papa aqui.
D. Januário Torgal Ferreira, bispo das Forças Armadas disse à Lusa que "rejubilou" com esta notícia e que os católicos há muito tomaram esta medida por uma questão de responsabilidade ética.

2 comentários:

  1. Apesar de ser um agnóstico (quase ateu, diga-se de passagem) só me lembro de uma coisa que possa dizer neste momento: Graças a Deus!
    Sempre fui contra este papa. Após um pontificado liberal e moderno, como foi o de João Paulo II, parecia que tínhamos entrado de novo na Idade Média... Agora, pela primeira vez, sinto que a Igreja está finalmente a sair da escuridão e da ignorância no que toca a este asunto... Ainda há um longo caminho a percorrer, mas sejamos optimistas!

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  2. Olá
    A fronteira entre o agnosticismo e o ateísmo é suficientemente ténue para às vezes se poder até confundir.
    Mas o que interessa neste caso é que a Igreja ultrapasse a mentalidade retrógrada que a domina. O que é difícil, se as Encíclicas Papais, que assentam em dogmas de séculos, não forem revistas e alteradas.
    Já se excomungaram teólogos por defender o direito à sexualidade sem fins procriativos...

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