“A maior paixão da humanidade é iludir a realidade”
Sigmund Freud, 1856-1939
Quem ganhou as aleições presidenciais foi a abstenção, superior a 50%. Mais exactamente 53, 37%, o que corresponde a 5.139.483 de portugueses.
Só se pode concluir que a participação dos cidadãos é cada vez menor na vida da pólis.
A Democracia está doente, a Cidadania deficiente, ou simplesmente, devemos conjecturar a falência de um modelo de representatividade?
Aníbal Cavaco Silva foi eleito por pouco mais de dois milhões de portugueses; de entre os dez milhões que compõem o país, mesmo excluindo os menores que não votam, assim como os doentes e idosos acamados, não se pode dizer que este número seja muito expressivo, pelo que a real representatividade de Cavaco Silva é mesmo de uma minoria.
Se a maioria do povo não quer eleger um presidente da República, talvez seja altura de reflectir nas suas razões.
Desde que a participação dos cidadãos na Democracia e as liberdades fundamentais sejam garantidas, não abomino a ideia de uma monarquia parlamentar como as da Escandinávia. Assim neste marasmo suicida é que não!
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