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sábado, 8 de janeiro de 2011

Sucesso dos alunos depende pouco de quem são os pais?


Carro de Bois (c)Oscar Pereira da Silva

O sucesso dos alunos na escola parece não depender muito do grau académico dos pais, segundo um estudo do ISEG relatado aqui. O relatório é alicerçado sobre os resulatdos dos exames nacionais e o posterior cruzamento de dados com a profissão e grau académico dos pais. Enfim, as estatísticas têm o seu valor, mas não em termos absolutos.

A minha experiência dos últimos 20 anos com alunos de zona periférica com cursos de Novas Oportunidades e Tecnológicos e a posterior mudança para uma escola urbana onde chega a haver 90% de pais licenciados ou de grau académico superior, atesta exactamente o contrário desta teoria.

As condições socio-económicas, nunca foram independentes dos resultados obtidos pelos alunos, na medida em que os meios culturais a que têm fácil acesso os predispõem de forma mais evidente à aquisição e produção de conhecimentos. Diz-me a experiência que os alunos mais motivados a trabalhar e obter bons resultados dispõem, em geral, de um ambiente familiar onde a tradição académica se faz mais fortemente sentir. O que não quer dizer, evidentemente, que não haja excepções, porque elas sempre existiram e existirão.

Há casos em que os alunos, à partida, disporiam de todas as condições para o sucesso, mas nem que a Escola e os professores façam malabarismos pedagógico-didácticos os conseguem motivar a um maior empenhamento no trabalho. Porque não há dúvida: para o sucesso é preciso haver bom trabalho por parte dos professores, mas ele não chega se não houver resposta e esforço por parte dos alunos. Afinal ninguém consegue puxar o carro sozinho...!

Leiam o artigo e comentem com as vossas experiências.

2 comentários:

  1. Este estudo é meramente académico e centrado EXCLUSIVAMENTE em alunos que terminam o 12º ano E que realizam exames (ie, nem profissionais, nem NO, nada...). A amostra está, à partida viciada. E chega a conclusões, obviamente distorcidas. Mas para isso contribui a jornalista com aquele título fantástico que põe tudo no mesmo saco. Atenção que este foi um estudo pago pelo ME da MLR...É o nível de estudos que temos. É o jornalismo que temos...

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  2. Claro que as conclusões estão viciadas. Como todos os estudos "encomendados" o estarão sempre.
    Peca-se por falta de isenção, e logo, de objectividade.
    Percebendo um pouco de Sociologia, sabe-se que é perfeitamente possível manipular estatísticas e encaminhar as conclusões para onde convém, pois há diversas formas de trabalhar os dados...

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