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terça-feira, 13 de março de 2012

Memória de Anne Frank

 Há exatos 72 anos, em 12 de março de 1945, aos 15 anos, Anne Frank morreu de tifo e inanição no campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha. Ela ficou conhecida pela publicação póstuma de seu diário, no qual escrevia as experiências do período em que sua família se escondeu da perseguição nazista no Holocausto. Em um mundo aonde cada vez mais tentam negar a existencia desse genocidio, façamos o possivel para honrar aqueles que fizeram de tudo para que este nunca seja esquecido.
"Cerca de dez anos depois do fim da guerra, vai parecer esquisito quando se disser como nós judeus vivemos, comemos e conversamos aqui. (...) Não quero ter vivido inutilmente, como a maioria das pessoas. Quero ser de utilidade e alegria para as pessoas que vivem à minha volta e para as que não me conhecem" (trecho do diário).

sexta-feira, 9 de março de 2012

Solidariedade com o Tibete


"No dia 10 de Março comemora-se o levantamento nacional tibetano contra a ocupação chinesa, em 1959, que foi violentamente reprimido. Desde então o povo tibetano sofre, no seu território e perante a passividade da comunidade internacional, um genocídio étnico e cultural, que ameaça de extinção uma das culturas mais antigas e ricas do planeta. O desespero dos tibetanos tem levado nos últimos dias a várias imolações de monges pelo fogo, numa tentativa de despertar as nossas consciências adormecidas e a solidariedade internacional. No Sábado, 10 de Março, terão lugar mais de 80 iniciativas de solidariedade em 30 países. (...) todas as formas de violência, opressão e exploração, sobre os homens, os animais e a Terra, configuram uma mesma injustiça e devem ser denunciadas e combatidas não-violentamente. É fundamental que a sociedade portuguesa se torne mais consciente e activa no que respeita ao exercício de uma cidadania solidária com todas as formas de vida e com o planeta.
(Daqui)  
 A concentração a favor dos direitos humanos no Tibete é promovida pelo Grupo de Apoio ao Tibete. Tem lugar no sábado, dia 10 de março, às 18h, no Chiado. Uma causa a apoiar.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O muro de Berlim e os outros



O muro de Berlim começou a ser derrubado há 22 anos a 9 de Novembro. Desde então o mundo mudou no que se refere à tolerância às ditaduras e todas as formas de opressão e segregação de seres humanos.
Porém, e por incrível que pareça, ainda há muros deste tipo no mundo. Há que derrubá-los a todos. E para isso há que trabalhar para alertar as consciências e dar ânimo aos povos oprimidos para que não desistam de continuar a sua luta pela liberdade. 
Há organizações no terreno com essa vocação, como a Amnistia Internacional, mas cabe também a cada um de nós, levar por diante, à sua maneira e com os meios de que dispõe, essa cruzada. 
Há dois anos promovi uma exposição na minha escola em que os alunos de Artes recriaram, com o seu sentimento e através de técnicas mistas, a vida dos cidadãos antes da queda e as repercussões deste acontecimento no mundo após a mesma.


Aqui um artigo sobre o significado do derrube do muro de Berlim

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Angola e a nova oligarquia



A onda de repressão que se abateu em Angola sobre uma manifestação contra o regime de José Eduardo dos Santos não é coisa que me surpreenda.
A polícia carregou sobre os manifestantes, à boa maneira das ditaduras e fez presos e feridos em número indeterminado, pois nestas coisas nunca se sabe ao certo os números verdadeiros, mas foram dezenas. Noticia-se aqui que vão ser objecto de um julgamento sumário e calcula-se qual a pena. Não sei se existe pena de morte em Angola, como quando à maneira estalinista se eliminava fisicamente os opositores ao regime para dissuadir futuras dissidências.


Pouco sei de Angola, mas o pouco que sei atemoriza-me. Por isso mesmo, espero o pior destes julgamentos sumários contra opositores ao regime. Se for como em Cuba, poderão acabar presos durante anos. Se for como na China poderão nunca mais ver a luz do dia.


O regime de Eduardo dos Santos, sua família e núcleos adjacentes formaram uma nova oligarquia de poder e privilégios aberrantes, com recursos e fortunas incalculáveis. Surgem informações em certa imprensa credível de que as festas dessa nova burguesia instalada chegam a custar centenas  de milhares de euros, enquanto a população pobre anda descalça pelas ruas e procura comida nos caixotes do lixo.


A mesma população que sofre de SIDA e outras doenças contagiosas e se abastece de comprimidos avulsos que são objecto de especulação no mercado negro. Isto ao mesmo tempo que as famílias abastadas se empanturram de Möet & Chandon nas festas, e de lagostas nos restaurantes de luxo.


As "misses" deste novo modelo de oligarquia angolana, lindíssimas e sofisticadas morenas, chegam a vir a Lisboa de avião só para vir ao cabeleireiro ou gastar pequenas fortunas em vestidos de luxo nas Amoreiras. Outras madames há, que vêm à capital portuguesa fazer um aborto ou comprar jóias e voltam à tardinha para casa. Os misteres com pretensões a sheiks das Arábias preferem vir cá adquirir uns Rolexes reluzentes ou um carro de super-luxo e mandá-lo de avião para casa!


É escandaloso e aberrante num país onde a maioria é paupérrima; e sobretudo, porque isto tudo é praticado à sombra de um sistema que se instalou há 30 anos como democrático e socialista!


Luanda, neste momento a cidade mais cara do mundo, tem mansões a custar rendas astronómicas e a alimentação chega a ser mais cara do que em Tókio. Não admira pois que o povo ande esfomeado e se revolte.


Sabe-se que entre os manifestantes presos havia estudantes e outros jovens cujas famílias desconhecem para onde eles foram levados.  Neste momento um movimento de intelectuais e professores, alguns deles da universidade, denunciam este abuso de autoridade e temem pela sorte dos prisioneiros. E eu acho que não é para menos.