"La liberté guidant le peuple" - Eugène Delacroix - Louvre
Aos valores da Revolução Francesa - Liberdade, Igualdade e Fraternidade - o vencedor das eleições em França, François Hollande, veio hoje no seu discurso afirmar ainda outras bandeiras que, esperemos, sejam para para pôr em prática: Solidariedade, Dignidade, Igualdade de Género, Justiça e Educação, afirmando ainda que os problemas da Juventude são uma das suas prioridades.
O Partido rosa teve quase 52% dos votos, apenas mais (cerca de) 4% do que Sarkozy e afirma-se presidente de todos os franceses. A "unidade na diversidade" é uma das suas palavras de ordem, fazendo lembrar alguns dos chavões utilizados por Mário Soares, ao afirmar o pluralismo.
Este ex-assessor de François Miterrand e ex-marido de Segolène Royale, é formado em Direito e Ciência Política e traz de novo o socialismo democrático para a França, 17 anos depois. Espero que Hollande não me desiluda muito, como fizeram Sócrates e Zapatero abaixo dos Pirinéus. E, já agora, que não ajude a França a tornar-se uma nova Grécia e a mandar ao fundo a Europa toda.
Daqui a algum tempo começaremos a perceber a nova correlação de forças na Europa, depois desta eleição e do novo mosaico parlamentar - complicadíssimo - da Grécia, onde vão sentar-se deputados de extrema-direita pró-nazi, o que é francamente assustador, e, para mim, inédito. Felizmente Marine Le Pen não conseguiu passar à segunda volta nas presidenciais francesas...
A melhor notícia da noite foi a impossibilidade de continuar a perpetuar-se a "santa aliança" Merkel-Sarkozy. Oxalá este novo presidente não venha a tornar-se um novo lacaio da "Frau-Chancelerina". Sempre lhe achei um aspeto de dona-de-casa da RDA, com a mania de mandar cortar rente a relva daquilo que ela pensa ser o perímetro do seu quintal.
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