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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Eis a explicação



Diálogo entre Colbert e Mazarino durante o reinado de Luís XIV, na peça teatral Le Diable Rouge, de Antoine Rault:


Colbert: - 
Para arranjar dinheiro, há um momento em que enganar o contribuinte já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é possível continuar a gastar quando já se está endividado até o pescoço...
Mazarino: - 
Um simples mortal, claro, quando está coberto de dívidas, vai parar à prisão. Mas o Estado... é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se... Todos os Estados o fazem!
Colbert: - 
Ah, sim? Mas como faremos isso, se já criámos todos os impostos imagináveis?
Mazarino: - 
Criando outros.
Colbert: - 
Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
Mazarino: - 
Sim, é impossível.
Colbert: - 
E sobre os ricos?
Mazarino: - 
Os ricos também não. Eles parariam de gastar. E um rico que gasta faz viver centenas de pobres.
Colbert: - 
Então como faremos?
Mazarino: - 
Colbert! Tu pensas como um queijo, um penico de doente! Há uma quantidade enorme de pessoas entre os ricos e os pobres: as que trabalham sonhando enriquecer, e temendo empobrecer. É sobre essas que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Quanto mais lhes tirarmos, mais elas trabalharão para compensar o que lhes tiramos. Formam um reservatório inesgotável. É a classe média!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

É assim que vamos ficar em 2013

(Pintura cujo autor não foi possível identificar)

Amigas professoras, mesmo aquelas que ainda têm emprego: não tenham ilusões - não seremos mais classe média; se dependermos apenas da situação que temos na função pública, seremos apenas pobres, como uma grande parte da população portuguesa, espanhola e grega. 
Fomos escolhidas para boi do sacrifício. O futuro não é apenas incerto, é negro. Andaremos à míngua,  a pagar para trabalhar. 
Apesar da falência dos modelos já demonstrada noutros sítios, temos mais do mesmo, com tendência para pior...

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Isto é muito grave!


(imagem do jornal Sol)

O mais grave de tudo é que não se trata de uma medida pontual, mas algo para durar anos, quem sabe, para sempre. Mas ninguém do governo parece muito preocupado com o empobrecimento real das pessoas. A bem dizer, ninguém está preocupado com as pessoas. Só com os números.
Isto é um roubo legal. É o roubo institucionalizado. O Estado rouba àqueles a quem pode roubar e que não lhe podem roubar a ele; os funcionários públicos são aqueles que justamente não fogem ao fisco, têm sempre os seus impostos em dia, retidos a tempo e horas, quase sempre a mais. 
Os funcionários públicos não têm participações nos lucros, não entram nas empresas por cunhas, sujeitaram-se a concursos, em muitos casos têm décadas de tempo de serviço prestado ao Estado, que agora se torna um rigoroso e castigador padrasto.
Foi apresentada uma queixa sobre estes cortes ao Provedor de Justiça, que entretanto já revelou que a análise pode demorar muito tempo...
Sorry, mas hoje estou mesmo muito amarga!

terça-feira, 15 de maio de 2012

O fenómeno de Fátima



No tempo de Salazar, havia a célebre sigla dos 3 'f': futebol, fado e Fátima. Afinal, parece que não mudámos assim tanto. O fado tem vindo a ganhar novos valores e roupagens de uma estética mais moderna, o futebol tornou-se numa indústria milionária e o fenómeno de Fátima parece estar a recrudescer, se é que alguma vez esmoreceu. Segundo rezam as notícias, este ano, a 13 de maio, compareceram cerca de 300.000 peregrinos ao santuário, uma das maiores enchentes de sempre.


Não certamente por acaso, isto acontece numa altura de agudização da pobreza, do aumento crescente do desemprego e da impossibilidade de muitas famílias continuarem a honrar os seus compromissos com a Banca. Não obstante, queimaram 19 toneladas de velas de cera, incluindo promessas, pedidos e iluminação de uma das maiores procissões das velas de que há memória.  Mas, não ficando por aqui, há quem diga que os donativos em dinheiro ao santuário foram muito avultados e até houve oferendas em ouro.


Dá que pensar. Não tenho nada contra a fé, mas o recrudescimento deste excessivo fervor religioso não deixa de ser preocupante, dado que muitas das pessoas que fizeram donativos, talvez nem para si tenham; e o santuário nunca devia aproveitar, por um lado a devoção dos fiéis, e por outro, a sua situação de fragilidade para incentivar doações de quem é infinitamente mais pobre do que a estrutura da Igreja!

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O caso do Pingo Doce em visões divergentes


O Pingo Doce e o pingo amargo por Santana Castilho, Público, 8 de maio de 2012 


Humilhação por José Pacheco Pereira, Público, 5 de maio de 2012 e SIC Notícias


Ou como a realidade tem tantas facetas quantos os olhos que a observam...