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terça-feira, 5 de maio de 2009

540 anos do nascimento de Nicolau Maquiavel





"Ao cair da noite, volto a casa e entro no meu escritório. À entrada, dispo as roupas sujas e enlameadas, ponho as minhas melhores vestes e assim, convenientemente ataviado, entro nos domínios dos antigos, onde sou recebido com amabilidade e me alimento destas iguarias que são só minhas e para as quais nasci. Não me envergonho de falar com eles e perguntar-lhes pelas razões dos seus actos. E eles têm a humanidade de responder-me. Durante quatro horas, não sinto aborrecimento, esqueço todos os problemas, não temo a pobreza nem me amedronta a morte. Torno-me inteiramente um entre eles."

Carta de Nicolau Maquiavel a Francesco Vettori, 10 de Dezembro de 1513

Nota biográfica:

Nicolau Maquiavel, em italiano Niccolò Machiavelli, nasceu em Florença a 3 de Maio de 1469 e morreu a 21 de Junho de 1527.

Foi um historiador, poeta, diplomata e músico italiano do Renascimento.
É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna, pela simples manobra de escrever sobre o Estado e o governo como realmente são e não como deveriam ser. Os recentes estudos do autor e da sua obra admitem que seu pensamento foi mal interpretado historicamente.

Desde as primeiras críticas, feitas postumamente por um cardeal inglês, as opiniões, muitas vezes contraditórias, acumularam-se, de forma que o adjectivo maquiavélico, criado a partir do seu nome, significa esperteza, astúcia.

Niccolò di Bernardo dei Machiavelli viveu a juventude sob o esplendor político de Florença durante o governo de Lourenço de Médici e entrou para a política aos 29 anos de idade no cargo de Secretário da Segunda Chancelaria. Nesse cargo, Maquiavel observou o comportamento de grandes nomes da época e a partir dessa experiência retirou alguns postulados para sua obra. Depois de servir em Florença durante catorze anos foi afastado e escreveu suas principais obras. Conseguiu também algumas missões de pequena importância, mas jamais voltou ao seu antigo posto como desejava.

Como renascentista, Maquiavel utiliza autores e conceitos da Antiguidade Clássica de maneira nova. Um dos principais autores foi Tito Lívio, além de outros lidos através de traduções latinas, e entre os conceitos apropriados por ele, encontram-se o de virtude e o de fortuna.

Fonte: Wikipedia

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