Historicamente
é considerado 776 a.C., como o ano de início dos “Jogos Olímpicos da
Antiguidade”. Contudo, jogos e concursos em honra de divindades já eram prática
dos gregos desde há milénios a.C, em Olímpia, na região de Élis, a oeste do Poloponeso,
no bosque sagrado do Altis.
No
Séc. III a.C., o local tornou-se monumental com novos templos, palácios e
edifícios desportivos.
Entre outros, existia um templo, em honra à
deusa Hera, onde
eram celebrados, só para mulheres, os Heraia ou Jogos Heranos.
O
Templo de Zeus, a divindade suprema, construído cerca de 460 anos a.C., era o maior
templo da Grécia e um dos mais famosos,
e a imagem de culto, uma estátua colossal em ouro e marfim do próprio Deus,
contava-se entre as sete maravilhas do mundo antigo. Os jogos
Olímpicos, em sua honra eram a mais importante festa do mundo grego.
Patrocinados pelas cidades, eram festas
cívicas e ao mesmo tempo religiosas. Além dos concursos atléticos, que incluíam provas de diversas modalidades, havia competições artísticas (dança,
teatro, música). Competir, vencer, ser aplaudido e tornar-se vivo na memória da
comunidade era uma forma de obter glória e também homenagear o deus celebrado,
componentes essenciais da visão de mundo dos gregos antigos.
Interrompidos durante algum tempo, coube, a Héracles, semideus, filho de Zeus, o mais célebre de todos os heróis e paladino
da ordem
olímpica, reativá-los.
Os
jogos olímpicos da Grécia antiga, obrigavam a uma trégua olímpica sagrada, de
quatro em quatro anos e porque as diferentes cidades estados adoravam o mesmo
Deus, os jogos eram um elemento pacificador e tinham como principal função a consciencialização do
povo da sua unidade nacional.
Sempre em pleno verão, na 2ª quinzena (lua cheia)
do mês de agosto e primeira de setembro do nosso calendário, eram supervisionados por juízes, que enviavam
arautos a todos os pontos do mundo grego a anunciar a data do início das
tréguas, e a convidar à participação nos jogos.
Um mês antes do início das provas, os
atletas, acompanhados de seus familiares e amigos, participavam de uma
procissão solene que ia de Élis até Olímpia (58 quilómetros), pela Via Sagrada.
Os jogos duravam sete dias. No
primeiro acontecia o sacrifício no altar de Zeus. Depois, todos seguiam para o
estádio e os arautos declaravam a abertura oficial dos jogos. No dia do
encerramento, organizava-se outra procissão e um banquete.
Os
vencedores recebiam uma coroa de folhas de oliveira, poderiam ter estátuas erguidas em sua honra, serem
cantados pelos poetas, verem o seu nome inscrito no catálogo oficial dos olimpiónicos e a sua fama espalhada por toda a Grécia.
Celebrados regularmente a partir de 776 a.C.,
data do primeiro registo dos vencedores, os gregos adotaram os Jogos Olímpicos ou
Olimpíadas, como referência cronológica, chamando "olimpíada" ao
período de quatro anos entre um festival e outro. A era das Olimpíadas
estendeu-se por aproximadamente 12 séculos, até 393 d.C., quando foram abolidos
pelo imperador romano Teodósio, que, convertido ao cristianismo, proibiu todos os
cultos pagãos.
Em 426, Teodósio II, mandou queimar o Templo
de Zeus para se certificar que não se realizariam mais estes jogos, pelo que se
pensa que foi este, na verdade, o último ano dos J.O. da Antiguidade.
O
Sítio Arqueológico de Olímpia, é “Património Mundial da Unesco”.
Porta de entrada dos atletas em Olímpia, Grécia
FONTES:
-Os Jogos Olímpicos na Grécia Antiga - http://olimpia 776.warj.med.br
-Wikipédia
-Olimpíadas.com.sapo.pt( Jogos Olímpicos da Antiguidade)
-Enciclopédia Internacional Focus-Vol III
Gostei muito do arranjo gráfico. Uma maravilha! Bj
ResponderEliminarTínhamos boa matéria-prima... ;-)
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