O renascimento do espírito
olímpico, deveu-se ao francês Pierre de Frédy, barão de Coubertin, que, entusiasmado com as escavações efetuadas no
antigo Santuário de Olímpia entre 1875 a 1881 (houve outras de 1936 a 1939), lançou,
em 1894, a ideia de reviver a antiga tradição grega, “Unir os Povos e Fazer
Tréguas às Guerras”. Apoiado pelo norte-americano William Sloane e
pelo inglês Charles Herbert e na presença de representantes de 15 países, o
barão de Coubertin fundou na Sorbonne, em França, o órgão precursor do Comitê
Olímpico Internacional. Até hoje, esse organismo controla todo o mundo
olímpico.
Após longas negociações, ajuda de outros países e
doações em dinheiro da população grega, o governo da Grécia aceitou a ideia do retorno
dos Jogos Olímpicos a Atenas. O príncipe Constantino assumiu entusiasticamente
a presidência da comissão organizadora.
Em
6 de abril de 1896 (25 de Março de acordo com o calendário juliano, então em
uso na Grécia), os jogos da Primeira Olimpíada da Era Moderna foram
oficialmente abertos, no antigo estádio Panathinaiko, todo reconstruído
em mármore, para o evento. Estiveram presentes cerca de oitenta
mil espetadores, incluindo o Rei e família.
A frase do Rei George 1º da Grécia "Declaro
abertos os primeiros Jogos Olímpicos Internacionais em Atenas. Vida longa à nação.
Vida longa ao povo grego”, tornou-se marca registada para todas as cerimónias
de abertura seguintes.
Um ano depois, foi realizado um congresso para decidir
sobre o futuro dos jogos. A maioria dos presentes preferia mantê-los
permanentemente em Atenas, mas Coubertin fez prevalecer sua ideia de variar o
país-sede.
Seguiram-se Paris e Londres. A partir daqui o
Comité conseguiu impor a sua disciplina, que passou a
ser aceite por todos, nas Olimpíadas seguintes, que passaram a ser realizadas
de quatro em quatro anos. A escolha da cidade onde se realizam os Jogos
é decidida numa reunião do C.O.I. sete anos antes da prova.
Os
Jogos Olímpicos são realizados de Verão, impossibilitando assim os desportos
que necessitam de neve e gelo. Neste contexto o C.O.I., em 1924, criou os Jogos
Olímpicos de Inverno. Assim realizam-se alternadamente, de 2 em 2 anos, estes
dois grande eventos.
No sentido de continuar a abrir a todos, as portas dos jogos olímpicos, o C.O.I. criou em 1952 os Jogos Para-olímpicos, para os atletas que sofrem de alguma deficiência, realizando-se ao mesmo tempo e na mesma cidade que os Jogos Olímpicos convencionais.
Em 2010 foram
iniciados os Jogos Olímpicos da Juventude. São disputados por atletas com
idades entre catorze e dezoito anos, mas com um número reduzido de disciplinas
e eventos.
O grande objetivo do Barão de Coubertin de promover a
amizade e paz entre os povos, muitas vezes não se tem concretizado, e a introdução
do profissionalismo desde as Olimpíadas de Munique de 1972 bem como da noção de
espetáculo, que passou a ser julgado indispensável, contribuíram para alterar
por completo esses ideais utópicos.
A sua frase célebre “Não importa ganhar, importa é competir”, talvez não tenha, também, já, o mesmo sentido que Coubertin lhe pretendeu dar.
A sua frase célebre “Não importa ganhar, importa é competir”, talvez não tenha, também, já, o mesmo sentido que Coubertin lhe pretendeu dar.
Por outro
lado, a democratização, contrariando a ideia de Coubertin, levou a que a
participação feminina se fosse acentuando jogos após jogos.
Fontes:
-Olimpíadas.com.sapo.pt (Jogos Olímpicos da
era moderna)
-1896: Jogos Olímpicos da era
moderna/Calendário Histórico/DW
-História- O Mundo da Corrida
-Enciclopédia Internacional Focus-Vol III
Tita Fan
Parabéns de novo pelo grafismo. Conseguiu transformar o texto, numa acessível leitura.
ResponderEliminarFoi só um cuidadoso trabalho de edição, pois a matéria-prima já era de qualidade. ;-)
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