quarta-feira, 6 de junho de 2012
O azar do 13?
Depois de tentar digerir isto devo precisar de entrar em retiro para recuperação dos neurónios. Se o Blogue encerrar entretanto terá sido por danos cerebrais na administração central.
Não há dúvida que me sinto como peixe fora de água com a gramática fria dos números; essa parece ser única linguagem possível neste modelo de governação, no qual, decididamente, não me revejo. Não são de todo as pessoas mas as fórmulas aquilo que mais importa.
Não me refiro somente às condições de trabalho dos professores, importam-me também as condições de aprendizagem dos alunos e a satisfação das suas famílias com a qualidade da escola.
Os alunos em turmas que mais irão parecer palettes de enlatados não têm condições de aprender e a indisciplina, que o ministro Nuno Crato tanto quer combater, terá melhor campo para grassar.
O caudal de resoluções inadequadas a uma melhoria do ensino vai-se tornando cada mais inequívoca para quem trabalha nas escolas.
Primeiro o aumento do número de alunos por turma, depois os mega-agrupamentos e agora uma complicadíssima teia aritmética para a organização curricular, a originar diminuição do número de professores, tudo concorre para uma crescente dificuldade de tornar as escolas locais onde trabalhar possa dar algo mais do que exaustão ou frustração.
Isto não é só o proverbial azar do nº 13, é um tsunami que vem aí para as escolas públicas. E não me parece que tenhamos escafandros e salva-vidas à altura para evitar o pior. Como em todos os naufrágios, vai ser o salve-se quem puder e cada um por si.
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Completamente de acordo, abaixo-assino.
ResponderEliminarHá que se ter estômago!!!
Bjos,
Calu