domingo, 31 de outubro de 2010
Aurora boreal, uma maravilha escandinava
"No pencil can draw it, no colours can paint it, and no words can describe it in all its magnificence."
Julius Von Payer, explorador do polo norte.
CCAP - The Wall
Pouco a pouco, tijolo a tijolo, como se da construção de um grande muro de pedra se tratasse, estas estruturas do ME vão acabando com a Escola pública, ou o que dela resta, pela excessiva e a todos os títulos irracional burocratização com que a vida dos professores tem vindo a ser cada vez mais infernizada.
Leia este artigo sobre os procedimentos do CCAP.
A última vez que vi Paris
"Last time I saw Paris" recria a vida de um escritor em Paris, a partir de uma história de Scott Fitzgerald, dirigida por Richard Brooks em 1954. Nada melhor para uma noite fria e chuvosa do que enroscar no sofá e saborear o rigor da direcção de quem sabe de facto fazer cinema, com actores magníficos, em cenários maravilhosos, com uma fotografia e uma iluminação espectaculares e, last but not least, um guarda-roupa sumptuoso.
Não são demais os adjectivos para este filme espantosamente belo e interpelador: um drama realista, passional até às entranhas, e tão profundamente humano que sentimos a dor e até o frio dos personagens.
Elizabeth Taylor, linda e convincente, como sempre, chegaria só por si para encher o écran, mas a beleza de Paris torna-a ainda melhor. Actores pricipais: Elizabeth Taylor, Van Johnson, Donna Reed, Eva Gabor e Roger Moore.
Para quem não teve a sorte de ver este filme na RTP2, o DVD existe disponível na Amazon.
Um verdadeiro presente para os apreciadores de clássicos da 7ª arte.
sábado, 30 de outubro de 2010
Happy Halloween
A pedido de uma amiga americana, lá acedi a entrar no jogo e arranjei este fatinho para sair por aí a desafiar as bruxas.
Faço-me acompanhar deste meu corvo maricas, que mais parece um cachorro daqueles tipo lulu, pois assusta-se com uma simples teia de aranha a passar-lhe pelo bico, ou o piar de uma inofensiva coruja...
Se se portar mal, ponho-o dentro da abóbora a cuidar das velas acesas!
Faço-me acompanhar deste meu corvo maricas, que mais parece um cachorro daqueles tipo lulu, pois assusta-se com uma simples teia de aranha a passar-lhe pelo bico, ou o piar de uma inofensiva coruja...
Se se portar mal, ponho-o dentro da abóbora a cuidar das velas acesas!
Manuel Maria Carrilho: o fim da colaboração com o governo PS
Desde há muito em rota de colisão com as cúpulas do seu partido, hoje em entrevista à TVI24, Manuel Maria Carrilho assumiu mais uma vez as suas discordâncias com as políticas deste governo, nomeadamente em matéria de Educação e Cultura.
Concretamente na Educação, Carrilho criticou o programa "Magalhães", assim como o programa das "Novas Oportunidades", que considera no essencial "operações de propaganda".
Nos últimos anos a desempenhar o cargo de embaixador na UNESCO em Paris, Manuel Maria Carrilho retoma agora o seu cargo de Professor de Filosofia na Universidade Nova de Lisboa, interrompido há 15 anos para o desempenho de cargos políticos, nomeadamente o de ministro da Cultura no governo de António Guterres.
Já professor universitário de Filosofia e eu ainda caloira, conheci-o nos corredores da Faculdade e nesse tempo era a Filosofia Analítica o principal tema das conversas. Hoje gostei de o ouvir, sobretudo quando disse que são os valores do Humanismo aquilo que deve nortear os procedimentos de um político, o que não se verifica nos dias de hoje, dominados pela propaganda e pelos planos tecnológicos.
Para Carrilho, a introdução "sem justificação" do Magalhães nas escolas foi um erro, de carácter propangandístico, que custou milhões de euros e não se traduziu em nenhuma mais valia de carácter pedagógico, bem antes pelo contrário. Carrilho defende que só ao professor competiria introduzir o computador numa sala de aula e nunca a um político.
Fiquei a saber algo de que já suspeitava e que se confirmou: dentro do Partido Socialista não existe debate político desde 2004. Já me perguntei várias vezes, e também a respeito de Manuel Alegre: porque é que estas pessoas, que na prática são dissidentes, e se demarcam das políticas do governo, continuam a ser militantes deste PS, que de Socialista já nada tem?
Últimas sobre a ADD ou o prenúncio do abismo
Alguém colocou aqui fragmentos do comunicado de Sua Exa. o Secretário de Estado Alexandre Ventura, sobre as decisões do ME, presente na reunião plenária do Conselho de Escolas do dia 27 de Outubro.
Reproduzo-os tal e qual os encontrei:
"BREVE RESUMO DOS PRINCIPAIS ASSUNTOS TRATADOS NO PLENÁRIO DO CONSELHO DAS ESCOLAS REALIZADO HOJE, DIA 27 DE OUTUBRO DE 2010
“Coordenadores de Departamento Curricular + Relatores: Para ter Excelente ou Muito Bom têm que ter aulas observadas. A observação será feita em todas as dimensões, excepto na dimensão científica específica.”
“Avaliação de Professores Bibliotecários: Se quiserem ter aulas observadas para acederem às menções de excelência, devem articular com a direcção da escola/agrupamento a possibilidade de terem aulas observadas. Para o efeito, o Professor Bibliotecário lecciona duas aulas na Biblioteca que tenham a ver com a didáctica específica do seu grupo de recrutamento e a sua prática de biblioteca relativa à pesquisa e organização da informação.
Um outro docente leva a sua turma à Biblioteca, onde serão ministradas as aulas pelo Professor Bibliotecário. Obter uma solução de “compromisso”. O Professor Bibliotecário terá um Relator que o avalia. No próximo ano prevê-se uma situação diferente, uma vez que o Professor Bibliotecário já terá uma turma atribuída.”
Avaliação do Desempenho Docente dos Docentes Contratados: Por decisão do Governo, não alteração à anterior abordagem à avaliação do desempenho docente dos docentes contratados, ou seja, a ADD é um dos elementos a ponderar na graduação profissional.”
Secretário de Estado da Administração Educativa – Alexandre Ventura
Nem sequer valeria muito a pena dizer muito sobre isto, mas não resisto a comentar algumas coisas que me parecem evidentes asneiras. Um regime de Avaliação cheio de buracos e falho de coerência, só pode ser coisa pouco séria. Para tapar os ditos buracos arranjam-se soluções a martelo, nada justas e nada transparentes.
Desde logo, uma questão que para mim é básica: como se avalia um professor de outra área curricular?
Como se pode dissociar a componente pedagógica da científica?
Não está a pedagogia intrinsecamente ligada à didáctica? E esta não é específica?
Não terão os procedimentos pedagógicos de ser sempre adequados à área científica em questão, e, consequentemente, dependentes dela?
Pode a "dimensão discursiva do trabalho filosófico" ser abordada do mesmo modo que as "derivadas" em Matemática ou o "photoshop" nas disciplinas ligadas ao domínio das Artes?
Pode uma aula ser avaliada independentemente do vocabulário específico em que é dada? Como?
Haverá algum director que seja capaz de se abstrair daquilo que é, pela sua natureza, inseparável e separar a forma do conteúdo? Eu não acredito nisto. Se não se avalia a dimensão científica para os relatores e para os coordenadores, porque não é assim também para todos os outros que vão ser observados? Porque estes são apenas "zecos" sem cargos? Ou porque os primeiros podem dizer coisas erradas e ainda assim sair com um MB ou EXC, enquanto os segundos não podem?
E sujeitar o Bibliotecário a dar aulas a turmas que não são suas? Alguma vez se viu tal coisa? Mas aqui, tendo em conta "a didáctica específica do seu grupo", diz-se. E assim, avalia-se o conteúdo ou a forma? Se for só a forma, para quê situar as ditas aulas na didáctica específica? Nada disto tem pés nem cabeça. Mas mesmo assim, há pessoas que não vão abdicar da sua corrida às menções de excelência.
Está mesmo tudo doido, ou esta avaliação é só para cumprir os desideratos do legado da Maria de Lurdes de má memória? Ao que se vislumbra, a equipa que lhe sucedeu é ainda mais escorregadia, já que retira da cartola coisas que nem sequer foram colocadas na letra da lei.
Ainda nem começou a festa e já a barraca se anuncia e as injustiças gritantes também. Mas isto ainda não é nada. À medida que a coisa se for operacionalizando, o que de pior houver nalgumas pessoas e instituições irá paulatinamente vindo ao de cima e será um salve-se quem puder.
A falta de objectividade e de isenção de que se prenuncia neste ciclo de avaliação, mais uma vez, não me deixa minimamente confiante. Não há objectividade nem seriedade nestes governantes, o que é igual a dizer que não têm competência. Só pessoas que não sabem do que estão a falar podem para mandar fazer algo de um modo tão atabalhoado e cheio de erros. Estamos realmente a bater no fundo e não é só economicamente.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Dona Nobis Pacem
Dona Nobis Pacem! Grant us Peace! Concedam-nos a Paz!
Esta mensagem é uma iniciativa de um grupo de bloggers, (este ano conta já com cerca de 80, nos quais me incluo) que fazem da Paz um dos seus objectivos.
4 de Novembro foi o dia escolhido em 2010 para espalhar esta mensagem que é simultaneamente um apelo às consciências.
Será enviada para os cinco continentes através da blogosfera e para o espaço através da NASA.
Os colegas bloggers que desejarem participar nesta campanha podem inscrever-se aqui.
(Design gráfico (c) Luís Diferr)
A moda do Halloween
A origem do Halloween remonta às tradições dos povos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C., embora com marcadas diferenças em relação às actuais abóboras ou da famosa frase "Gostosuras ou travessuras", exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração. Originalmente, o Halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de outubro e 2 de novembro e marcava o fim do verão (samhain significa literalmente "fim do verão").
A celebração do Halloween tem duas origens que no decurso da História se foram misturando: origem Pagã e origem Católica.
A primeira tem a ver com a celebração celta chamada Samhain, que tinha como objetivo prestar culto aos mortos. A invasão das Ilhas Britânicas pelos Romanos (46 A.C.) acabou por misturar a cultura latina com a celta, sendo que esta última se desvaneceu com o tempo. Em fins do século II, com a evangelização desses territórios, a religião dos Celtas, chamada druidismo, já tinha desaparecido na maioria das comunidades. Sabe-se que as festividades do Samhain eram celebradas muito possivelmente entre os dias 5 e 7 de Novembro (a meio caminho entre o equinócio de verão e o solstício de inverno). Eram precedidas por uma série de festejos que duravam uma semana, e davam origem ao ano novo celta. A "festa dos mortos" era uma das suas datas mais importantes, pois celebrava o que para nós seriam "o céu e a terra" (conceitos que só chegaram com o cristianismo). Para os celtas, o lugar dos mortos era um lugar de felicidade perfeita, onde não haveria fome nem dor. A festa era celebrada com ritos presididos pelos sacerdotes druidas, que actuavam como "médiuns" entre as pessoas e os seus antepassados. Dizia-se também que os espíritos dos mortos voltavam nessa data para visitar os seus antigos lares e guiar os seus familiares rumo ao outro mundo.
A origem Católica prende-se com o facto de, desde o século IV, a Igreja da Síria consagrar um dia para festejar "Todos os Mártires". Três séculos mais tarde o Papa Bonifácio IV (615) transformou um templo romano dedicado a todos os deuses num templo cristão que é hoje o Panteão de Roma, dedicando-o a "Todos os Santos".
A festa em honra de Todos os Santos, inicialmente era celebrada no dia 13 de Maio, mas o Papa Gregório III (741) mudou a data para 1º de Novembro, que era o dia da dedicação da capela de Todos os Santos na Basílica de São Pedro, em Roma. Mais tarde, no ano de 840, o Papa Gregório IV ordenou que a festa de Todos os Santos fosse celebrada universalmente. Como festa grande, esta também ganhou a sua celebração vespertina ou vigília, que prepara a festa no dia anterior (31 de Outubro).
Na tradução para o inglês, essa vigília era chamada All Hallow’s Eve (Vigília de Todos os Santos), passando depois pelas formas All Hallowed Eve e "All Hallow Een" até chegar à palavra actual "Halloween".
(Fonte: Wikipédia)
Por aqui não há comemorações do Halloween, já que as bruxas nos visitam ao longo de todo o ano.
Em todo o caso, e como em Gaia e noutras terras, os festejos começam hoje, dia 29, sobretudo para a criançada, desejamos Happy Halloween.
Como a noite de sexta-feira é a mais aprazível para as bruxas, e para quem gostar do folclore, aqui fica a sugestão: arranjem uma abóbora grande, esvaziem-na do seu conteúdo, escavem uma boca e uns olhos, coloquem-lhe uma ou mais velas acesas por dentro e ponham-na à porta de casa. Pode ser que isso afaste os ditos seres e as respectivas vassouras de pôr a mão na vossa vida e nas vossas coisas...
Dia mundial da psoríase
"A psoríase afecta cerca de 250 mil doentes em Portugal e mais de 125 milhões no mundo inteiro. É uma doença crónica, não contagiosa, que está ainda sujeita a muito preconceito."
Ver mais informação no Portal da Saúde
Ver mais informação no Portal da Saúde
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
O que me faz correr? Não é seguramente a ADD
Ao aproximar-se o termo da data calendarizada para a entrega do Requerimento a pedir aulas assistidas, impõe-se esclarecer o seguinte:
Se me arranjassem uma máquina do tempo, não me importava de transplantar-me para o Lyceu de Aristóteles e adoptar o seu modelo de aulas ao ar livre. O modelo περιπατητικός seria para mim, não só interessante como adequado: dar aulas caminhando, lendo em voz alta por entre as árvores ou colunas, citando os grandes mestres do passado, colhendo da Natureza os exemplares que ela oferece à nossa reflexão e depois fazer com os discípulos a recolha das observações, registo escrito das conclusões e teorização das mesmas. Misto de empirista e especulativa me confesso.
Por estas paragens, hoje sombrias, de um outro tempo e lugar, de um outro e bem diferente Sócrates, continuo, na herança daquele mais antigo, a privilegiar a verdade e a transparência nos procedimentos, tanto profissionais, como pessoais.
Por isso mesmo continuo a não me identificar com uma ADD que de verdadeira a transparente nada tem. Vou portanto passar ao lado dos requerimentos para a avaliação através de aulas assistidas. Não tendo truques na cartola, dou muitas vezes aulas de porta escancarada, pelo que não faço delas segredo. Se preciso for, vou de bom grado com os jovens para os jardins ou para a escadaria da Escola, para facilitar a tarefa a quem se deseja avaliador.
Sei que é muito moderno e fica bem usar muitas e boas TIC, mas não sou dependente delas para dar uma boa aula: as minhas ferramentas fundamentais continuam a ser a voz, o olhar, a expressão de convicção naquilo que digo e a coerência das palavras com as atitudes.
Os frutos da "excelência", se alguma vez a houver, acabam por aparecer nos anos subsequentes, na boca dos jovens a quem o meu empenhamento e a minha autenticidade como professora porventura marcam.
Ecos de alunos como a Mini, a Filipa, o P.D. e tantos outros, são exemplo disso mesmo; e é por causa de gente como esta que continuarei a trabalhar, sem correr atrás de menções de Muito Bom ou Excelente.
Vou pois manter-me como espectadora lateral de alguns requisitos do processo de avaliação cujos moldes para mim, não são sérios nem desejáveis; infelizmente eles constituem um imperativo para alguns colegas que se vêem compelidos a adoptar o pacote completo. Desejo-lhes sorte, mas não os invejo.
Ridículo: até o impensável vai acontecer
(Clique sobre a imagem para aumentar)
Continua a farsa do modelo de avaliação docente, herdado do tempo de Maria de Lurdes Rodrigues, desta feita com ingredientes que roçam a quase demência irresponsável dos nossos governantes, com directores a assistirem a aulas de coordenadores, e os coordenadores a assistirem a aulas de relatores.
As especialidades de cada um parece que não importam!
É como canastras de peixe, tudo à molhada e fé na Santa Isabel!
Há-de haver engenheiros a avaliar ginastas, filósofos a avaliar professores de francês e quem sabe, informáticos a avaliar filósofos!
Ninguém aparentemente está muito preocupado em legislar sobre a efectiva formação ou real competência dos avaliadores, o que só por si seria suficiente para descredibilzar todo este processo.
Há-de ser bonita a palhaçada a que vamos chegar, com intrigas e jogos de bastidores do piorio, em que os mais ambiciosos se hão-de esgatanhar pelos Muito Bons e Excelentes, e há-de até valer "arrancar olhos", por esse país fora!
Vade retro, que eu quero demarcar-me desse processo inquinado, sem um mínimo de seriedade, as far as possible...
Que embarquem nesta viagem maldita os corajosos (ou suicidas, quem sabe, só o tempo o dirá)!
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Soneto quase inédito
Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.
Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.
E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,
Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.
JOSÉ RÉGIO Soneto escrito em 1969.
(Recebido por e-mail)
"Um dia a maioria de nós irá separar-se"
"Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas atiradas fora,
das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhámos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia,
das vésperas dos fins-de-semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje já não tenho tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado,
seja pelo destino ou por algum desentendimento,
segue a sua vida.
Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe...
nas cartas que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses... anos...
até este contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo...
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:
Quem são aquelas pessoas?
Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!
- Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus a um amigo.
E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos.
Então, faremos promessas de nos encontrarmos mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver
a sua vida isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo:
não deixes que a vida passe em branco,
e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...
Eu poderia suportar, embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os meus amores,
mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"
Fernando Pessoa
(Enviado pela Gabi)
Sentiremos saudades de todas as conversas atiradas fora,
das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhámos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia,
das vésperas dos fins-de-semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje já não tenho tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado,
seja pelo destino ou por algum desentendimento,
segue a sua vida.
Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe...
nas cartas que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses... anos...
até este contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo...
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:
Quem são aquelas pessoas?
Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!
- Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus a um amigo.
E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos.
Então, faremos promessas de nos encontrarmos mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver
a sua vida isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo:
não deixes que a vida passe em branco,
e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...
Eu poderia suportar, embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os meus amores,
mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"
Fernando Pessoa
(Enviado pela Gabi)
'Há alternativa à austeridade?'
terça-feira, 26 de outubro de 2010
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Síndrome de Burnout
É um Distúrbio Psíquico de carácter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso, definido por Herbert J. Freudenberger como "(…) um estado de esgotamento físico e mental cuja causa está intimamente ligada à vida profissional".
A síndrome de Burnout (do inglês: to burn out, queimar por completo), também chamado de síndrome do esgotamento profissional, foi assim denominado pelo psicanalista Freudenberger, após constatá-lo em si mesmo, no início dos anos 1970.
Dedicação exagerada à actividade profissional é uma característica marcante de Burnout, mas não a única.
O desejo de ser o melhor e sempre demonstrar um alto grau de desempenho é outra fase importante da síndrome: o portador de Burnout mede a auto-estima pela capacidade de realização e sucesso profissional.
O que tem início com satisfação e prazer, termina quando esse desempenho não é reconhecido. Nesse estádio, a necessidade de se afirmar, o desejo de realização profissional transforma-se em obstinação e compulsão.
Síndrome associada a um tipo de stress ocupacional e institucional relacionado com profissões que mantêm uma relação constante e directa com outras pessoas, principalmente quando esta actividade é considerada de ajuda (médicos, enfermeiros, professores).
Becas
domingo, 24 de outubro de 2010
Sessão de autógrafos de Luís Diferr no FIBDA
Fãs dos 5 anos até à 3ª idade, obtiveram desenhos originais com dedicatórias personalizadas nos três álbuns "O Homem de Neandertal", "Os Deuses de Altair" e "Portugal" na sessão de autógrafos de Luís Diferr, que decorreu no Forum Luís de Camões entre as 16 e as 19:30, no 21º Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, em colaboração com as Edições ASA.
Fotos (c)Pérola de Cultura
sábado, 23 de outubro de 2010
Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora - alguns flashes da inauguração
(Busto de Artur Bual e fotografia ampliada de Luís Diferr)
Deixo-vos aqui testemunho dos momentos iniciais deste Festival; ambos valeram a pena, pela mostra do trabalho dos dois autores nacionais em destaque este ano: Luís Diferr na Galeria Artur Bual (Câmara Municipal da Amadora) e Richard Câmara no Forum Luís de Camões.
(Entrevista de Luís Diferr à Comissão das Comemorações do Centenário da República)
(Nelson Dona, director do FIBDA, o vereador da Cultura da Câmara Municipal da Amadora, Luís Diferr e Richard Câmara)
A primeira cerimónia incidiu sobre a obra "Portugal" (publicada pelas Éditions Casterman na Bélgica e depois pelas Edições ASA em Portugal) com desenho e texto de Luís Diferr, da série "As Viagens de Loïs" criada por Jacques Martin.
Nesta exposição pode ver-se o processo criativo com as diversas fases da construção do desenho, calculado sob perspectiva geométrica rigorosa e também os testes de coloração até à obtenção do resultado final das ilustrações. Mostram-se também algumas das fontes documentais que serviram de base à investigação histórica necessária para recriar os monumentos e edifícios do Portugal antes do terramoto.
(Capas das três últimas obras de Luís Diferr, publicadas em português)
(O desenhador José Ruy e Maria José Pereira)
A editora de Luís Diferr em Portugal, Dra. Maria José Pereira das Edições ASA, que ajudou a promover a exposição, dizia "esperar que fossem até à Galeria Artur Bual muitas turmas de alunos das escolas todas"...
(Três gerações de artistas na Banda Desenhada portuguesa: Luís Diferr, Nuno Saraiva e José Ruy)
No Forum Luís de Camões (na Brandoa junto à Escola Secundária Fernando Namora), podem ver-se os originais de Richard Câmara, autor em destaque numa das principais secções, com desenhos muito frescos e agradáveis, cujo tema principal é a República. É deste artista a autoria do cartaz do Festival deste ano.
(A ilustração para o cartaz do Festival deste ano, da autoria de Richard Câmara)
Ainda neste Forum vale a pena ver com atenção a galeria das caricaturas dos presidentes da República e políticos portugueses, com destaque para os homens da 1ª República - são verdadeiramente imperdíveis!
(Caricaturas de Ricardo Galvão e Carlos Laranjeira).
Nos próximos dias, a começar já hoje, sábado, anunciam-se, entre outras actividades, sessões de autógrafos com Luís Diferr, Richard Câmara, José Ruy, François Schuiten e Benoît Peeters, autores francófonos de excelência, que estiveram presentes na inauguração.
(Luís Diferr explica aos seus colegas nas Éditions Casterman, o argumentista Benoît Peeters e o desenhador François Schuiten, detalhes da produção de "Portugal")
(Luís Diferr com o seu colega, mestre e amigo José Ruy)
Aqui pode ver o vídeo com a reportagem da inauguração.
Fotos: (c)Pérola de Cultura
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora
Inicia-se hoje, dia 22 de Outubro, o 21º Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, desta vez subordinado ao tema "A 1ª República".
Portugal e a banda desenhada portuguesa estão em grande força na edição deste ano, que se realiza entre 22 de Outubro e 7 de Novembro no Forum Luís de Camões, na Casa Roque Gameiro, nos Recreios da Amadora e na Galeria Artur Bual.
A exposição deste ano incidirá sobretudo nos artistas da 1ª República, como Stuart de Carvalhais e também contemporâneos como Richard Câmara.
Haverá uma edição da obra integral "Quim e Manecas" de Stuart Carvalhais, a editar em 2011, com a colaboração da Comissão Nacional para as Comemorações para o Centenário da República, com cujo apoio financeiro a FIBDA pode contar. Ainda neste espírito haverá a edição especial comemorativa de um livro de David Soares, em que se ficciona a 1ª República, com textos e desenhos.
A destacar, no âmbito deste Festival, dois interessantes eventos:
- Encontro da Lusofonia, que vai juntar artistas de Banda Desenhada dos países de língua portuguesa e mostrar o seu trabalho;
- Exposição individual e temática de Luís Diferr, dedicada à sua obra "Portugal" recentemente publicada (na Bélgica nas Éditions Casterman e em Portugal pelas Edições ASA). Nesta exposição, que decorrerá na Galeria Artur Bual (edifício da Câmara Municipal da Amadora), aproveita-se para evocar a memória de Jacques Martin, criador de diversas séries, de Alix a "Loïs". Jacques Martin foi um dos mestres de Luís Diferr, com quem, aliás, colaborou.
O horário desta exposição na Galeria Artur Bual será:
- de 3ª a 6ª das 10 às 12:30 e das 14 às 18 horas;
- sábados, domingos e feriados das 15 às 18 horas.
O telefone é 214369059.
Pode ver o vídeo da conferência de imprensa para apresentação do Festival deste ano aqui.
Pode ler mais notícias aqui.
Consulte toda a programação e actividades do Festival no site oficial aqui.
Mariana Rey Monteiro (1922-2010)
"Nascida em 1922, em Lisboa, filha de Amélia Rey Colaço e Robles Monteiro, Mariana Rey Monteiro desde cedo se sentiu atraída pelo teatro. Depois de alguns recitais de poesia feitos em Sevilha e em Lisboa, estreou-se no Teatro Nacional D. Maria, em 1946, na peça Antígona, de Sófocles. A peça foi montada pela Companhia Robles Monteiro, que era propriedade dos seus pais."
Ler mais aqui.
Esta grande senhora do Teatro marcou o panorama português. Representou quase tudo, desde Sófocles até Ibsen, passando por Shakespeare. Como ela, temos ainda entre nós Eunice Muñoz e Rui de Carvalho.
Aniversário de Dizzy Gillespie
"John Birks Gillespie, conhecido como Dizzy Gillespie, (21 de Outubro de 1917 — 6 de Janeiro de 1993) foi um trompetista, líder de orquestra, cantor e compositor de jazz, sendo, a par de Charlie Parker, uma das maiores figuras no desenvolvimento do movimento bebop no jazz moderno."
(In Wikipédia)
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
"Damned, she's hot!"
O que fariam perante um aluno do secundário, apostado em impor-se pela negativa, que declina toda e qualquer tarefa (em sala de aula ou fora dela), e que, armado em galã, se vira para todos os lados a rir e a fazer gestos?
Quando chego perto dele com a intenção de ver o texto sobre o qual era suposto estar a trabalhar, deparo com uma folha de papel apoiada sobre o estojo dos lápis e visível para as carteiras de trás, que diz assim:
"Damned, she's hot!"
Por favor comentem isto, porque eu já não devo estar a ver bem...
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