ABC, Marcha da Indignação dos Professores, Lisboa, 8-3-2008
Foi finalmente suspenso, em 25-3-2011, com os votos de todos os deputados menos os socialistas e o social-democrata Dr. Pacheco Pereira, o sistema de avaliação de professores do ensino básico e secundário que os governos socialistas tinham criado e teimado.
Ninguém na classe dos professores contesta a avaliação, que até já acontecia, ainda que fosse displicente. Contestava-se o modelo de avaliação que o Governo impôs. Um sistema que o Governo criou, e manteve, apesar do protesto generalizado, e que teve consequências terríveis nas escolas, devido às opções erradas de critérios subjectivos e de avaliação interna por colegas da mesma escola, até de áreas científicas diversas... A missão do professor passou a ser sujeita à necessidade de agradar ao chefe directo que podia punir o ex-colega com uma avaliação tendenciosa. A harmonia das escolas foi rompida pela zangas da avaliação, pela desconfiança da estratificação, pelas quotas de promoção.
Creio que é agora possível conceber, com paz, com os professores um sistema justo de avaliação, que valorize o mérito. Um novo modelo de avaliação que seja baseado em critérios objectivos e executado por uma agência externa com a colaboração de professores de outras escolas (nunca da mesma).
Publicado por António Balbino Caldeira em Do Portugal Profundo
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