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Algumas deputadas católicas eleitas pelo Partido Socialista, como é caso da independente Teresa Venda e também Maria do Rosário Carneiro, dizem que suprimir as pontes poderá resultar num acréscimo de 1% do PIB, isto é, algo como 1,64 mil milhões de Euros.
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A supressão de feriados seria, ou será, caso o governo venha a adoptar esta medida, em número de quatro, dois civis e dois religiosos: o 1º de Dezembro e o 5 de Outubro; e o Corpo de Deus e o dia de Todos os Santos, a 1 de Novembro.
Da supressão de feriados como o 1º de Dezembro, dia da Restauração da Independência e pior ainda, o 5 de Outubro, dia da Implementação da República, discordo frontalmente.
Discordo igualmente da deslocação dos feriados como o 25 de Abril ou 1º de Maio para outros dias, no caso de calharem a uma terça-feira ou quinta-feira, justamente com o objectivo de evitar as pontes. Datas como essas devem ser comemoradas no próprio dia, sob pena de ficarem desvirtuadas de sentido.
25 de Abril é 25 de Abril, com toda a carga histórica e emocional que isso acarreta. Comemorá-lo a 24 é um absurdo! O mesmo se aplica ao 1º de Maio, dia com uma importância histórica de grande proporção e comemorada em todo o mundo em simultâneo. Não faz qualquer sentido a sua alteração.
Já há quem se pergunte se terá havido uma súbita influência do sector monárquico, incomodado com a aproximação das comemorações do Centenário da República, para decapitar as mesmas à nascença, desde logo acabando com o feriado do 5 de Outubro...
Na mesma ordem de incongruências, não faz qualquer sentido acabar com o feriado do Corpo de Deus (feriado móvel de Junho), ou o dia de Todos os Santos, mas manter o dia da Nossa Senhora da Conceição, dia 8 de Dezembro. Então é importante a Nossa Senhora, mas não o seu Filho? Ou o Pai? (já que Deus é o Pai, mas o corpo é o seu Filho!)
E o dia de Todos os Santos? Desaparece o conjunto dos Santos, mas um ou dois santinhos independentes, como o Santo António ou o São João, continuam a ser feriados em Lisboa e Porto? Logo as duas cidades mais populosas, logo aquelas onde mais gente pára de trabalhar? Porquê?
Faz algum sentido suprimir feriados religiosos num país de tradição católica e depois paralizar todo o país só por causa da visita de um Papa? Ainda por cima, evocando a mesma razão: Portugal é um país de tradição católica, pois claro! Então o argumento é válido para uns efeitos, mas não para outros?
Em "compensação", há a proposta de criação de mais um feriado, a 26 de Dezembro, consignado como o Dia da Família! Então o Dia de Natal já não é isso mesmo? E já não há a tolerância de ponto no dia 24? Ou as donas de casa, ocupadíssimas que estão com os preparativos da missa do galo, no dia 26 têm a casinha toda em desalinho, cheia de papéis de embrulho e fitas pelo chão, com montes de sobras na mesa, e dá-lhes imenso jeito ter a família por lá no dia seguinte a comer os restos e a ajudar a suprimir os vestígios da festança?
Não seria preferível comprar menos prendas, menos comida e conter os excessos do Natal (que o digam os números de afluência aos Hospitais no dia seguinte), do que alargar uma das épocas mais estupidamente consumistas do ano?
Desculpem lá, mas este governo é campeão da falta de coerência e dono da mais falha argumentação, já que a sua retórica é de pacotilha e se desmonta em dois tempos!
Veja a simulação no calendário interactivo da Visão.
I do agree with you! This will solve no problem, only make negative waves and frustrations among the people!
ResponderEliminarWishing you a wonderful weekend :-)
Thanks Renny!
ResponderEliminarThe same for you :-)
Mais uma falácia. Muitas das pessoas que fazem ponte, provavelmente a esmagadora maioria, para gozar esse diazinho suplementar de descanso é à custas dos seus dias de férias, que gozando agora não vão gozar mais tarde. Pelo menos cá em casa é assim. Se as pessoas têm o direito a um determinado número de férias por ano, que raio tem a ver com o PIB gozarem uma 6ª feira num dia qualquer do ano? E quantos milhões custou ao PIB a sui generis tolerância de ponto dada à função pública pela visita do Papa?
ResponderEliminarOra bem, essa parte ninguém refere... pois!
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